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Acho que esse é o maior capítulo até agora, e aumentará cada vez mais. Bem... se vocês quiserem.

Comentem o que acham e ajudem a divulgar a fic. Boa leitura 👉💓

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Para mim era super normal me esbarrar nas pessoas, cair, ou qualquer coisa do tipo. Anormal seria não acontecer nada disso.

Sinuhe vivia reclamando por eu acidentalmente quebrar seus vasos favoritos, copos e quadros. Papai também reclamava quando percebia alguns arranhões no seu carro, mas eu não podia controlar isso, era natural.

Era por isso que eles evitavam de deixar essas coisas ao meu alcance, sinto causar isso neles, mas não era de propósito, de jeito nenhum. Também acontecia com Hailee, ela já estava acostumada, mas nem sempre fora assim, as vezes as pessoas não entendiam e eram super grossas ou até me afastavam delas, o que era quase nulo agora, já que eu não convivia com muitos, e eu não sentia medo que as pessoas mais importantes em minha vida o fizessem, até porque, se não aconteceu até hoje, não aconteceria mais.

Assim espero.

Mas com uma certa pessoa, que eu estava conhecendo recentemente, poderia muito bem se afastar dessa bagunça chamada Camila Cabello.

Era a terceira vez que nos víamos, e também era a terceira vez que eu e ela íamos para o chão.

Impressionante, só um pouco.

Eu queria saber mais sobre Michelle, mas o jeito que nossa suposta amizade andava, não saberia dizer se ela queria o mesmo. Se eu era pessimista? Um pouco, mas era natural ser assim para alguém como eu, ninguém nunca queria ficar, ninguém queria saber mais, ninguém se dispôs a tentar permanecer.

Todos que se aproximavam não levava muito tempo para se afastar, mas de um certo modo, eu agradecia por isso. De pessoas incompreensíveis eu corria, agradeço por Hailee ser diferente. Mas agora era outra história, eu quem estava disposta a conhecer Michelle, o pouco que eu sabia sobre ela, me impulsionou a querer mais.

Ela foi diferente desde o início, a compreensão dela foi de surpreender qualquer pessoa que não acredita mais em tolerância na atualidade, talvez foi este o motivo de eu ter uma pitada de medo de ela se afastar.

Eu cai de costas sobre Michelle, era para eu estar sentindo dor mas ela havia amortecido a minha queda. A cena seria motivo de risada, pelo menos para mim, eu sendo jogada para trás e Michelle tentando me segurar, mas nós duas fomos para o chão.

Espalmei minhas mãos na grama e me virei de frente para ela, lembrando-me do nosso primeiro tombo. Sorri com isso, mas logo fiz uma careta de preocupação, Michelle tinha uma expressão de dor, levei minhas ao seu rosto, tentando tirar seus cabelos negros dele e grama também, havia cabelo até nos seus lábios, eu riria disso em outra situação.

"Perdoe-me, por favor!" pedi acariciando seu rosto desesperadamente. Ela levou as mãos à cabeça, como se ali doesse, fiz uma carícia ali e senti um pouco inchado. Agora eu passei dos limites.

"Não foi nada, Camila." ela tentou sorrir mas o que saiu foi uma careta. Me senti mais culpada ainda. Me levantei e tentei ajudá-la a fazer o mesmo. Nós ficamos de pé, lhe guiei para a minha casa e quando a coloquei sentada no sofá, ela me pediu para fechar o carro dela, aproveitei e peguei minha bolsa toda arrebentada no chão... eu tinha ela há tanto tempo, e agora teria que comprar outra. Depois entrei correndo em casa e fui direto para a cozinha, pegar um saco de ervilhas congeladas. Voltei para a sala vendo Michelle olhando com curiosidade ao redor, sorte que a casa estava em perfeitas condições. Ultimamente isto estava sendo frequente.

Reasons to StayOnde histórias criam vida. Descubra agora