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quem ainda lê isso?

to bem desanimada de escrever, vocês nem mesmo dizem se ta legal ou não.

...

A princípio cogitei ligar para Michelle. Porém não queria incomodá-la, pois não fazia a mínima ideia de que horas eram, e a julgar pelo céu escuro, não era cedo. Mesmo amedrontada e quase desesperada para chegar em casa, eu não queria atormentar, mas confesso que internamente eu não queria que ela me achasse irresponsável umas vez que eu nem sabia as horas, e mais insensato: em uma festa, a mulher sabe assim como eu o quanto Sinu repulsa festividade. 

Não tendo qualquer outra alternativa tive que retornar à casa de Hayley. Inteiramente desanimada, por voltar em um lugar que em menos de uma hora atrás eu queria me livrar. Entrei discreta novamente naquela grande casa, não queria que a dona me visse, posso imaginar a sua insistência em me fazer mudar de ideia, que era ir embora o quanto antes.

A algazarra ainda persistia, posso afirmar que quando estiver amanhecendo, todos eles ainda estarão com essa mesma animação. Perguntas martelavam a minha cabeça, como podiam ter tanta disposição. Acredito que muitos ali estavam sob efeito de drogas, digo pois vi alguns garotos eufóricos gritando em direção ao nada, como se estivessem tendo alucinações. Franzi o cenho, surpresa e indignada.

A dificuldade de andar naquela multidão não me favorecia  a encontrar a garota de mais cedo. Me enfiei com dificuldade no meio dos jovens suados provocando uma careta em meu rosto. Seria cômico se não fosse trágico.

Voltar ali era um tiro no escuro, não sabia se a garota tinha um carro e nem mesmo se ela poderia me levar em casa, muito abuso vindo da minha parte tirá-la da sua curtição só para levar uma garota desconhecida e irresponsável em casa.

Quando finalmente a encontrei ela estava dançando da mesma maneira que eu havia deixado quando fui ao banheiro.

Toquei em seu ombro. Se virou rapidamente deixando-me perceber os seus olhos verdes com as pupilas ditadas, sorriu, notei o alivio em sua expressão.

"Camila! Juro que achei que havia acontecido algo com você, quanta demora, por um momento pensei que algum cara havia te agarrado." disse com o cenho franzido, ela parecia nervosa. Mas duvidei que essa contrariedade era direcionada a mim já que ela olhava para todos os lados, menos para mim.

"Foi uma eternidade achar um banheiro nessa casa gigante, felizmente ninguém me agarrou."

"Ainda bem, agora vamos dançar." nem esperou por minha resposta e se virou rebolando.

Sua blusa era customizada, toda colorida e cortada um pouco abaixo dos seus seios, os deixando visíveis, mas não totalmente. Sua calça larga preta e quadrícula se mexia conforme os movimentos atrapalhados que a garota fazia. Ela realmente era engraçada.  Descontraidamente dançando sem se importar com ninguém ali.

Lhe cutuquei novamente.

"Você pode me ajudar?" mesmo receosa de receber um não, eu não podia deixar de tentar.

"Claro, quer dizer. Depende, o que aconteceu?"

"Podemos ir lá fora rapidinho?" usei minha melhor expressão convincente, a que nem mesmo eu sabia que tinha.

Pareceu dar certo, uma vez que ela concordou e rumou para fora. Quando já estávamos do lado de fora, eu a olhei surpresa, ela havia pego um atalho transformando minha difícil caminhada de grandes minutos desnecessária.

"E então?" aproveitando o fato de estarmos fora do ambiente abafado ela tirou um cigarro do bolso.

"Preciso muito ir embora, mas não sei o caminho... você poderia me levar?" disse morrendo de vergonha. "É que minha mãe é exageradamente furiosa quando se trava de chegar tarde em casa. Eu também estou com medo de sair nessa escuridão." disparei nervosa, sem nem intervalo para respirar.

Reasons to StayOnde histórias criam vida. Descubra agora