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Olá. Este realmente é o maior capítulo.

Enfim, eu peço a vocês que quando verem alguma coisa errada me falem, para que eu possa corrigir. Eu revisei mil vezes, ainda sinto que tem algo errado, mas eu não aguento mais ler, então me falem.

Boa noite.

Meus olhos cansados capturam a vista, ou ao menos tentam devido o grande esforço que as pálpebras faziam para permanecerem abertas devido a minha insistência em continuar acordada, uma vez que durante horas não pude me dar ao luxo de dormir e perder diversas paisagens que estimulam a minha curiosidade, transformando na vontade de congelar o tempo para que assim eu possa notar cada detalhe que parece imperceptível quando passa rapidamente por meus olhos.

Não posso ter a noção de quanto tempo estamos na estrada numa constante velocidade, me perco facilmente, e não me sinto surpresa, não quando há coisas melhores para eu fazer, que no momento não era adormecer. Lembro-me que pegamos a estrada um pouco antes das nove horas da noite, então acredito que nos aproximamos cada vez mais do local que acamparemos, pois já consigo perceber dificilmente o sol nascendo.

Os poucos raios solares ultrapassam lentamente por trás das montanhas e diversos galhos de árvores, deixando-me surpresa. Não parecia que estávamos tanto tempo assim na estrada, mal posso acreditar que consegui ficar acordada até agora, porém logo meu interior se enche de receio. Me preocupa, posso cair de sono a qualquer momento.

Por mais alguns minutos tento notar e me maravilho com a visão interessante, quando finalmente percebo a van entrar mais a dentro da mata, por uma estrada de comprimento mais estreito, consequentemente as janelas do automóvel se chocam contra galhos causando um baque alto que assusta alguns alunos adormecidos.

Pedras grandes e terra constituíam a estrada bastante ruim, fazendo com que a van balançasse de um lado para o outro praticamente durante todo o percurso.

Penso que ali não era um lugar muito frequentado.

Era quase palpável a neblina que impossibilitava de enxergar a floresta a dentro, causando uma pequena frustração, porém a paisagem ficava ainda mais misteriosa, mais intrigante aos meus olhos.

Suspiro e decido desviar a minha atenção, uma vez que durante todo o tempo eu viajava na imagem lá fora, e apenas nisso, totalmente alheia ao que acontecia dentro da van. Todos parecem adormecidos, mas meus olhos percorrem mais a frente tentando achar a única pessoa que me interessa. Não demoro a encontrar os cabelos negros e sedosos que tanto conheço, sua cabeça esta inclinada, tenho a noção de que a mulher também esta no mundo dos sonhos nesse momento.

Decido fraquejar-me por um instante, mesmo relutante deixo-me fechar as pálpebras. Consigo sentir o alivio quase que instantaneamente, mas parece não durar nem mesmo um segundo. Praguejo com todas as minhas forças quem quer que seja a pessoa que acaba de me cutucar levemente.

"Uhhhggg" deixo escapar um murmúrio preguiçoso e relutante porque não quero abrir os olhos.

"Senhorita Cabello, todos já desceram, menos você." reconheço a voz de Michelle, mas não entendo o motivo da tamanha formalidade.

"Uhh não quero." eu sentia ela me cutucando, me encontrava tão mole que se não fosse o aperto forte de sua mão em meu ombro eu teria batido com tudo meu rosto no vidro da janela. Abri meus olhos finalmente me deparando com a mulher.

Quando foi que ela arranjou tempo o suficiente para fazer um coque tão perfeito em tão pouco tempo? Que eu me lembre eu só havia fechado os olhos por alguns segundos.

"Vamos, preguiçosa."

"Mas eu mal fechei os olhos."

"Uh, não. Nós chegamos há algumas horas no acampamento, e como eu te conheço sei que ficou a viagem toda acordada então deixei que ficasse aqui descansando por alguns minutos, mas agora temos que ir." fico surpresa com a suas palavras, e também decepcionada por ter adormecido.

Reasons to StayOnde histórias criam vida. Descubra agora