minhas próprias mãos

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Eu vi a esperança brilhar nos becos

Aonde as sombras contornavam as lixeiras

E os ratos roiam as caixas velhas de papelão

Eu vi a beleza lá

Eles não enxergam não

Você não enxerga não

Os destroços que fizeram a melhor canção

As lembranças que fizeram tua decomposição

Tudo é eterno em vão

Tudo é eterno então

Tudo é eterno então

Mas a chuva não

E eu me afoguei

Naquele beco eu me afoguei

Naquele beco eu me recuperei

A melhor poesia eu quis fazer com as minhas mãos

Minhas próprias mãos

Tudo é eterno então

Eu fiz música com minhas próprias mãos

Eu fui tudo

Com minhas próprias mãos.

GrandezaOnde histórias criam vida. Descubra agora