Ema
Fazer parte da família Sawyer, tem suas vantagens e desvantagens. Quando associam seu sobrenome com um dos sócios da BKS - Bennett, King e Sawyer. - você passa a ter um mundo de oportunidades e privilégios aos seus pés. Eu quis construir minha carreira por mérito próprio e descobrir sozinha, como vencer na vida.
Esse foi o motivo principal de ter escolhido fazer minha faculdade em outro país. Nos dois primeiros anos, sempre que era possível, visitava meu irmão e seus dois melhores amigos. Nos três últimos anos da minha graduação, essas visitas se tornaram inexistentes. Eu já não tinha mais tempo livre, assim como eles.
Me formei e pedi ao meu irmão, um ano para descansar e conhecer o mundo. Com a condição de que, quando esses trezentos e sessenta e cinco dias acabassem, eu voltaria para casa e trabalharia ao seu lado, meu pedido foi concedido. O que ele não sabe, é que durante esse um ano, estive trabalhando como advogada em uma conceituada advocacia em Paris, ao invés de estar curtindo a vida pelo mundo á fora.
Quando saí de casa, tinha apenas dezoito anos. Era inocente e cheia de sonhos. As portas se abriam para mim, onde quer que eu fosse, por ser a irmã caçula de Theodore Sawyer. As coisas sempre vieram muito fácil.
Em dois meses, retorna para casa uma nova mulher. Hoje, já com vinte e quatro anos de idade, amadureci. Aprendi que a vida, não é um conto de fadas onde tudo são flores. Lutei com unhas e dentes, mesmo tendo acabado de me formar, para me tornar uma advogada temida e respeitada. Tenho segurança em mim mesma e quando eu quero algo, vou lá e busco com minhas próprias mãos.
Theo e eu, perdemos nossos pais muito cedo em um acidente de carro. Otávio e Estela Bennett, nos acolheram em sua casa, nos deram amor, carinho e compreensão. Nos trataram como filhos, assim como aprendemos a ama-los como nossos segundos pais. Henry também passou a ser um irmão de consideração, criando um forte laço fraternal comigo.
O único que sobrava de toda essa história, era Anthony. Eu nunca consegui vê-lo como um irmão, mesmo quando tinha apenas dez anos de idade. Conforme fui crescendo, passei a observa-lo com outros olhos. No meu aniversário de quinze anos, ele me presenteou com uma pulseira desenhada por ele mesmo, feita especialmente para mim. Três fios de ouro trançados, com um pingente de coração, um lado todo cravejado de pequenas esmeraldas e do outro, a seguinte inscrição "Sempre e para sempre estarei contigo".
Desde aquele dia, a carrego comigo onde quer que eu vá. Nunca fui tola o suficiente para achar, que um dia ele me veria como mulher e não como a irmãzinha caçula. Então, guardei aquele sentimento em uma caixinha, escondida dentro do meu coração.
Perdi minha virgindade na faculdade, não foi com alguém que eu amasse, mas não deixou de ser especial. Nunca quis um relacionamento serio, porque sempre soube que mais cedo ou mais tarde, voltaria pra casa. Quando preciso aliviar a tensão, saio para dançar e se encontrar alguém que chame minha atenção, tenho uma noite regada a muito sexo. Mas no dia seguinte, cada um segue seu caminho sem cobranças.
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Sedução - Série Domados ▪ Livro 2 (+18)
Roman d'amour... Ela se solta e corre para fora do corredor. Na pressa de fugir, sua pulseira ficou presa no meu dedo, guardo o objeto no bolso frustrado e vou embora, sabendo que não tem como encontra-la no meio de tantas pessoas. Já no quarto do hotel, deito n...