Sedução - Série Domados ▪ Livro 2 (+18)

CAPÍTULO 17

Ema

Após longas horas de espera, finalmente vieram nos dar noticias. Apesar do estado delicado em que Anthony chegou aqui, a cirurgia foi um sucesso e ele já não corre mais risco algum. Mal posso descrever a felicidade e alivio que senti, ao saber que tudo ficaria bem e que eu o teria de volta em minha vida.

Depois de insistir muito, os médicos liberaram minha entrada para vê-lo apenas por cinco minutinhos. Segui a enfermeira pelos corredores do hospital, com as pernas bambas e o coração disparado dentro do peito. Ela abre a porta do quarto com um sorriso amável e sinaliza para que eu entre.

- Ele ainda esta sob o efeito da anestesia. Vai levar alguém tempo até que acorde.

- Obrigada. - Agradeço sem conseguir retribuir o sorriso.

Ando a passos lentos para dentro do quarto, as lágrimas retornando com forçar total, quando o vejo deitado, inconsciente e cheio de tubos e fios ligados ao seu corpo. Anthony sempre foi um homem forte e agora, olhando sua situação, parece tão frágil e pequeno perto de tudo isso. Me aproximo e toco sua mão com cuidado.

- Porque você tinha que bancar o herói e me salvar, mesmo depois de eu te-lo afastado? - Sei que ele não pode me responder, mas preciso que ouça tudo aquilo que esta preso dentro do meu coração. - Eu fui uma idiota, fiquei com tanto medo do futuro, que abandonei o presente. Sempre soube que você nunca me trairia, mas achei melhor acreditar em uma mentira e usar isso para me afastar. - Toco seu cabelo com carinho, respiro fundo e continuo. - A verdade, é que eu te amei desde o primeiro instante. Meu coração sempre foi e sempre será seu. Você é muito mais do que um dia eu sonhei e escolheu sacrificar a própria vida, por mim. Por isso, prometo lutar por nós dois e prometo não ter mais medo.

- Desculpa interrompe-la, mas a senhorita precisa ir agora. - A enfermeira avisa, parada na porta.

- Fica bom logo e volta pra mim, meu amor. - Me abaixo com cuidado e toco seus lábios com os meus. - Eu te amo. - Sussurro em seu ouvido e saio do quarto.

- Venha comigo. - Sigo a enfermeira de sorriso gentil, até uma salinha mais reservada. - Não tivemos como salvar as roupas do paciente, mas guardamos os pertences pessoais dele.

Ela me entrega um saco plástico transparente pequeno e sai da sala, me deixando sozinha. Encosto na parede e escorrego até me sentar no chão, abro o saquinho e retiro de dentro uma carteira, chaves, relógio, a correntinha que ele usa no pescoço, celular e por último, minha pulseira. Não consigo acreditar que esse tempo todo, ele a carregava consigo. Coloco-a no meu pulso chorando e pego o celular dele. A foto de capa, é uma onde eu estou dormindo, com os dois braços por baixo do travesseiro e o cabelo caindo sobre o meu rosto.