NO SEGUNDO PATAMAR Rafael e Izabela se beijavam em um dos quartos. Ele alto, com os braços fortes apalpava a bunda da garota sobre a calça jeans e mordiscava ferozmente seus lábios. O som penetrava pelas paredes e os sussurros passavam imperceptíveis pela jovem.
- Quero te tocar! – ordenava Rafael. A língua quente percorria toda a extensão do pescoço, e aos poucos a garota loura se arrepiava com aquele toque macio e forte em sua pele.
- Quero sentir você... – A frase foi abafada por um beijo, seguido de uma forte estocada. Rafael não precisava de um segundo convite, seu membro latejava, e o sangue corria mais rápido em sua veia. Rafael iria coordenar o ritmo, e penetrava sem dó, sem pensar em caricias. Mais do que nunca, estava sendo homem, um homem puramente selvagem.
Izabela vinha de uma família sangue-azul, estudava em um dos melhores colégios de São Paulo, e possuía um grande controle social. Tinha consciência que uma mulher só, não conquistaria nada em uma sociedade mesquinha, precisaria de um homem ao seu lado, e esse seria Rafael, que embora não fosse seu príncipe no cavalo branco, satisfazia seus prazeres, e isso era o que contava – pelo menos naquele momento.
- Vou gozar - Rafael estava em seu limite.
- Eu também! – exclama Izabela em uma voz rouca.
Com três fortes estocadas Rafael se deleitava ao lado de Izabela. Estavam um caco.Rafael ficou um tempo deitado até receber uma injeção de tempo, a festa continuava a bombar, e já haviam notado a falta do casal.
Izabela foi a primeira a se levantar, tomar um banho rápido e se arrumar.
- Amor te encontro lá em baixo – disse Bela.
- Okay! Só vou tomar um banho – Rafael sorriu, enquanto caminhava em direção ao banheiro.
É engraçado como as pessoas acreditam naquilo que ouvem. Podíamos definir Rafael como insaciável. Enquanto a água corria chuveiro abaixo, Rafael se masturbava descaradamente, encontrou apoio no box, e suas costas quentes pelo vapor da água, iam brutalmente de encontro com o azulejo gelado.
- Isso fode gostoso – soltava em som baixo. Enquanto sentia sua mão tocar a base do pênis. E em sua mente, via Gabriel - completamente nú.
A música atiçava mais os sentidos de Rafael. Sentiu uma leve tremedeira subir pelas pernas, e um frio surgir em sua espinha. Aquilo foi mais que suficiente, apertou o pênis com força, e gozou na parede.
III: Nunca caia na lábia que homens estão satisfeito como apenas um único round. Se não for o suficiente, ele vai exigir a próxima rodada, seja contigo, seja com outro, seja com a própria mão.
Terminou sua fantasia secreta e foi para o quarto, colocou a roupa, penteou o cabelo e deu uma última olhada no espelho antes de sair.
- Agora sim! – desceu de volta pra festa.
De um lado a bebedeira rolava solta com churrascos, e do outro uma nuvem de fumaça tomava conta da casa. Era uma variedade entre, cigarro comum, de palha, maconha e narguilé. Era uma festa de adolescentes playboys autêntica.
NO CAMINHO DE VOLTA Rafael notou que quase não havia socializado como costumava fazer, pouco tinha bebido, e até mesmo fumado um cigarro, o que era um dos seus principais vícios. Tudo tinha uma relação direta com o que havia acontecido com Izabela. Não era o momento oportuno para terminar com a garota. Tinha muita coisa rolando.
Gabriel parou em frente ao condômino Edifício Plaza Athenee, e continuava a estranhar o silêncio que percorreu o caminho, mas preferiu não perguntar. Cada coisa ao seu tempo.
- Chegamos mano, valeu por tudo. Te vejo amanhã?
- Sem dúvida Gabs! – Rafael tomou a atitude e deu um abraço espontâneo. E apesar de seu sentimento se conteve. Rafael o considerava como irmão, podia contar com Gabriel para qualquer coisa.
Gabriel aceitou os comprimentos de Rafael, que rapidamente fechou os olhos e aproveitou cada segundo daquele aconchego e sentiu o Two one Two invadir sua narina.
“Você ainda vai ser meu!”.
Até mais! – Rafael desceu do carro e observou Gabriel desaparecer no Audi R8 prata. Aquilo partia seu coração.
NAQUELA NOITE depois de ter colocado o pijama e ter conferido o Facebook, Rafa deitou em sua cama e observou através da janela panorâmica que dava uma visão privilegiada da cidade, as luzes piscando. Abriu a vidraça e sentiu o vento gelado invadir o quarto. Apertou o controle do rádio, e How Deep Is Your Love do Bee Gees estava tocando.
Assustou-se e parou para prestar atenção, e por mais que não quisesse, aquela melodia remetia somente a uma pessoa. Gabriel.
'Cause we're living in a world of fools
(Pois vivemos num mundo de tolos)
Breaking us down
(Que nos destroem)
When they all should let us be
(Quando todos deveriam nos deixar em paz)
We belong to you and me
(Nós pertencemos um ao outro)
A música era marcante, mas não foi o suficiente para conter o sono de Rafael, que adormeceu observando a noite agitada de São Paulo através da janela na cobertura.
O RELÓGIO MARCAVA onze e quinze quando o celular tocou. Rafael sentiu-se incomodado com o barulho, e tentou desativar o despertador. Primeira tentativa sem sucesso, e tentou novamente, nada. Com péssimo humor, abriu os olhos, suficientemente para focar na tela, e com dificuldade conseguiu discernir o que estava acontecendo.
- Alô? - atendeu com a voz rouca. Entendeu o contexto da ligação, do outro lado da linha Gabriel estava marcando um almoço no parque, para dar fim ao que restou dos comes e bebes do dia anterior. Tentou lembrar se havia marcado algo, mas estava embriagado de sono.
- Ahãm - disse sem paciência e desligou. Pegou no sono novamente com o celular na mão.
- Estamos te esperando Cinderela - caçoava Gabriel no ouvido de Rafael, que foi arrancado do sono novamente quarenta minutos mais tarde.
- Que está fa..fazendo a...aqui? - gaguejou, levantando irritado, deixando à mostra a ereção matinal.
- Como assim? Vim te buscar! - retrucou Gabriel.
Rafael ouviu um “Te liguei mais cedo, caralho!”, mas, ignorou e correu para se aprontar, mesmo contra sua vontade em sair da cama. Vinte minutos mais tarde, estavam no térreo entrando no carro de Gabriel, e partiam em direção ao Ibirapuera.
"Puta programa de índio" pensou Rafael, mas preferiu manter o comentário para si.
Durante o caminho falou pouco, ainda estava sonolento. Ouviu Gabriel reclamar da bagunça causada pela festa, e que tinha que ligar para Vera que era responsável pela limpeza da casa. Até ao parque a conversa fluiu sem novidade, e logo chegaram. Estava um tumulto, todos resolveram curtir o dia de sol em São Paulo.
Rafael colocou o óculos escuro, e de short branco e regata laranja, fazia questão de exibir o corpo, enquanto carregava a caixa de carne e a de cerveja. Foram quase dois quilômetros de caminhada até encontrar o restante da turma.
Affs que Porre! - ele estava de mal humor.
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Laranjeira Perfeita
RomantiekPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS Sinopse: Rafael é um garoto da High Society, que mora em Higienópolis e frequenta um dos melhores colégios de São Paulo, assim como sua namorada Izabela. Ambos vivem suas vidas em festas, baladas e tudo que o dinheir...