- Eu não acho. – Repetiu. Quantas vezes ele já fez isso mesmo?
- Como você não acha, Louis? – Falou indignado.
- Simples. – Deu de ombros. – Eu não acho, Niall.
- Você se acha o ‘’cara’’, não é mesmo? – Desocupou as mãos da difícil tarefa de segurar o refrigerante em uma e o copo na outra, e fez questão de dar um pequeno empurrão nos ombros de Louis.
- Por que eu me acharia o ‘’cara’’? – Deu ênfase no ‘’cara’’, assim como Niall havia acabado de fazer.
- Seria porque você estuda essa coisa de análise comportamental? – Perguntou enfático enquanto fazia gestos exagerados com os braços.
- Primeiro que não sou só eu que estuda essa coisa de análise comportamental e segundo que eu não me acho por isso, Horan. – Colocou a mão direita no peito fingindo-se estar ofendido.
- Ok, ok. No entanto... – Bebericou seu refrigerante. – Ainda acho que quem matou a tal Scarlett, foi a Jane.
- Veremos. – Louis finalizou o assunto enquanto dava uma gargalhada um tanto quanto maléfica e ouvia Niall bufar.
Se tem uma coisa que Louis adora fazer, essa é, definitivamente, ver séries criminais ao lado do amigo Niall. Louis já sabia quem havia matado quem desde a primeira aparição do assassino na série, isso porque o mesmo tinha aulas de análise comportamental no curso de psicologia. Já o amigo, apesar de cursar direito, errava quase todos os palpites. É... Talvez Louis se achasse o ‘’cara’’. Talvez.
- Eu disse. – Falou todo convencido enquanto sorria sem mostrar os dentes.
- Fala sério! Isso é um absurdo, Louis! – Depois de extravasar sua indignação, virou-se para Louis e começou a o fitar sério.
- Está me olhando assim por quê? – Perguntou após tomar um gole de seu refrigerante de laranja. Que, a propósito é seu refrigerante favorito.
- Não sei por que não estou ganhando dinheiro com você. Juro que não sei! – Continuava olhando sério para o amigo, apesar de estar falando algo que, para Louis, parecia cômico.
- Bom, eu não deixaria você ganhar dinheiro com minhas habilidades em relação a análises comportamentais, se é isso que você está pensando. – Louis disse levantando o indicador e o apontando bem em frente ao rosto de Niall.
- Besta! – Segurou o dedo do mesmo e o entortou. Mas, claro, não de uma forma que fosse o machucar.
- Ai! – Retrucou fazendo uma cara de dor.
- A rainha do drama, senhoras e senhores. – Niall levantou os braços e depois os apontou para o amigo ao seu lado.
- Ah, cala essa boca! – Agora foi a vez de Louis o dar um ‘’empurrãozinho’’ nos ombros.
Louis queria mesmo que Horan tivesse dormido em sua casa. Acontece que o amigo não havia terminado um trabalho o qual precisa entregar na aula de hoje. E, bom, Tomlinson não o iria impedir de responsabilizar-se por seus trabalhos, afinal, apesar de um pouco irresponsável, ele não queria passar essa ‘’doença’’ para os amigos. Ele não queria passar nada de ruim pros amigos. Não mesmo. Louis se preocupava com todos. Ele simplesmente não fazia nada que pudesse afetar, de uma forma ruim, as pessoas a sua volta. Sendo sincero, ele não fazia nada que pudesse afetar de qualquer maneira as pessoas a sua volta.
Ah, como ele era doce. As pessoas pareciam se apaixonar por Louis só por ouvir seu nome. Louis é um nome de muito respeito, poderíamos assim dizer. Quantos reis da França tinham esse nome? Louis Hazeltine, Louis Becquerel, Louis Althusser, Louis Ranvier, Louis Lumière e tantos outros. Vale ressaltar que não eram só os da França. Reis da Alemanha, Bavária e por ai vai. Então, veio ao mundo no dia 24 de dezembro de 1991, Louis Tate Tomlinson. Foi um bebê lindo, de bochechas rosadas e com aqueles olhinhos que, até hoje, quando Louis sorri, se fecham completamente, Louis era encantador. Cresceu e as coisas não mudaram muito. Hoje, tem a pele mais dourada, é um pouco mais alto, mas isso não quer dizer que ele é alto, os azuis dos olhos ficaram mais claros e o corpo mudou um pouco, mas continua encantador. Mesmo com a barba que adquiriu, Tomlinson ainda aparenta ser um adolescente de dezenove anos.
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XYK (HIATUS)
FanfictionTodos nós podemos escolher o que queremos ser, podemos mudar de opinião, podemos seguir novos caminhos, entre outras coisas. Chega a ser cômico como Louis Tomlinson também achava que podia, mas não. Louis nasceu destinado a ser algo que não escolheu...