II

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Finalmente em casa. Oh, céus, como Harry esperou por isso. Na verdade, essa casa não é ‘’tão’’ dele. Será, mas ainda não é. Pelo menos, ele não considera. Ele se mudou para Doncaster, pois a mãe, Anne, recebeu uma bela proposta para trabalhar na Talk To Media Ltd., companhia de marketing e relações públicas. Para Harry, não foi uma ideia ruim ter que se mudar, afinal, ele andou pesquisando e, em sua opinião, mesmo que ele não tenha estudado em nenhuma ainda, as universidades de Doncaster parecem ser melhores que as de Holmes Chapel em relação ao seu curso, psicologia.

Harry Edward Styles, nascido no dia 1 de fevereiro de 1994 na cidade de Homes Chapel, escolheu psicologia porque sente que nasceu para isso. Não para só ouvir os problemas das pessoas, como pensava que seria sua vida após se formar em tal curso, mas para entender melhor os seus. Não que ele seja problemático, mas problemas todos temos e saber como lidar mais facilmente com os seus é muito bom. Além do que, psicologia, abrange um entendimento muito maior sobre os seres humanos. Se Styles pudesse considerar psicologia uma parte do corpo, essa seria o cérebro, óbvio. E adivinhem o que seria engenharia? Mas isso só porque o mesmo odeia cálculos matemáticos e, claro, ele não é nada criativo.

Hoje tem vinte anos e, apesar de jovem, o rapaz de íris verdes e fios de cabelo castanhos extremamente bagunçados já tem seus planos de morar sozinho em andamento. Ele pretende arranjar um bom emprego em Doncaster para que assim não tenha que exigir tanto de sua mãe. Não que ela se importe, porque ela já disse milhões de vezes que não, mas Harry sente que já está mais do que na hora de sair da aba da mesma.

- Eu não posso sair dessa cama. – Respirou fundo aspirando o cheiro maravilhoso, vale ressaltar, dos lençóis. – Não posso.

- Mas você vai. – Sua prima disse o puxando pelos pés. – E vai ser agora.

- Mas por quê? – Choramingou. – Nossa primeira aula é só daqui a dezenove horas.

- Não interessa. – Falou ríspida. – Eu quero essa cama.

- Vai ficar querendo. – Fez birra e sim, ele se sentiu com seus sete, oito anos. Até seria divertido, se ele não estivesse prestes a perder a cama que tanto quer.

- Harry, saia. – Falou manhosamente paro o primo. – Por favor!

- Sabia que não era uma boa ideia você vir conosco para Doncaster. – Bufou e finalmente deixou a cama de solteiro dos sonhos na qual estava deitado.

Gemma Moennig Styles, vinte e três anos, filha de Katherine. Veio com ele e sua mãe para Doncaster, porque sempre quis fazer seu curso facultativo de medicina fora de sua cidade natal e ao ver que a tia iria se mudar, correu, literalmente, pois a casa de sua mãe é uma rua atrás, para sua casa e começou a implorar para vir junto. Anne sempre adorou a sobrinha e, óbvio, cedeu facilmente. Harry a considera uma irmã, viveu com Gemma seus melhores e piores momentos. E, ah, seus momentos mais cheios de descobertas também. Foi ao lado dela, por exemplo, que Harry descobriu ser gay. Uma longa e cômica história que somente os dois sabem sobre, graças aos céus.

A parte mais ‘’difícil’’ foi convencer a mãe de sua prima, Ketherine não queria que a mesma viesse. Dramatizou milhões de cenas para dizer que a filha iria fazer uma falta enorme, mas, no final, entendeu que isso era o que a filha queria fazia muito tempo e bom, ela ainda não tinha feito faculdade, pois estava esperando por uma oportunidade como essa ou então, conseguir juntar dinheiro suficiente para se mudar por si só. É claro que ela não está nas costas da tia, ela vai ajudar nas despesas com o dinheiro que já tem e, assim como o primo, também vai arranjar um emprego para ajudar dentro de casa.

- Sendo uma boa ideia ou não... – Jogou as malas sobre a cama que tanto queria, e conseguiu, com um sorriso satisfeito no rosto. – Você vai ter que me aguentar e, ainda por cima, no mesmo quarto que você.

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