Setimo

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POV ANA

O caminho foi silencioso, e eu agradeci por isso. E também fiquei agradecida por ele não forçar nenhum assunto.
Algum tempo depois chegamos a um hangar, onde havia algumas outras garotas e uns homens.

Uma delas quando viu abriu o sorriso sexy em direção ao brutamontes que me acompanhava, e o mesmo retribuiu. Uma outra chorava compulsivamente e eu que acabara de chegar já estava sem paciência. Quando ia tomar a iniciativa de mandar ela calar a boca, ele lhe deu um tapa.

- PARA DE CHORAR CACETE - Disse ele fazendo-a chorar ainda mais.

Ele chamou um de seus homens.

- Pega essa vadia e faz ela calar a porra da boca, eu não sei pra que função ela veio mas agora eu to decidindo... Ela vai entrar no lugar dessa - Apontou em minha direção - É o coração dela que vamos tirar.

A garota o olhou com o olhos arregalados. De repente sou puxada com brutalidade e não contenho minha boca.

- Caralho eu já falei que sei andar sozinha - Falei o olhando e puxando meu o braço - E não precisa por ninguém no meu lugar bosta nenhuma, eu prefiro morrer do que olhar pra essa sua cara.

Ele fechou o punho e deu-me um soco em meu rosto, e eu apenas senti o sangue lavar minha face.

- Olha aqui - Pegou em meu maxilar com uma mão e a outra apontava uma arma em minha cabeça -  Você é muito abusada, eu posso até te matar, mas só depois de fazer você sofrer bastante - Olhou para um de seus homens e disse - Essa ira lá pra casa, bota ela na minha cabine e fica de olho nela, não encosta a menos que ela tente fugir. E se ela tentar, atira, mas não pra matar - Ele assente e pega pelo braço.

Antes de me afastar completamente escuto a garota do sorriso sexy dizer umas coisa que me fez ao mesmo tempo sentir repulsa e raiva :

- Ei amorzinho - Falou - Que tal a gente fazer um sexo gostoso ?

Já afastados e dentro do jatinho, pude ver melhor quem me levava. Era alto, moreno, olhos castanhos um cara bonito e musculoso.

- Ei, fique calma - Disse abrindo uma porta e adentrando uma cabine, que presumi ser do delinquente lá fora - Não tente nada, eu recebi uma ordem pra atirar e se você não cooperar terá que arcar com as consequências entende ?

- Será que você não pode simplesmente me matar ? - Disse sorrindo pra ele

- Senhor Joseph disse que não a queria morta, se isso acontecer provavelmente me juntarei a senhorita - Disse-me

- Ah okay, mas vamos deixar de lado o senhorita - Soltei uma risada - Me chame de Ana - Ele assentiu - E como eu te chamo ?

- Bem, tirando o fato de que eu nem deceria estar conversando com você senh.. - O olho sério, repreendendo-o - Ana, desculpa força do hábito, pode me chamar de Alexsandro.

- Hummm que tal só Alex ? - Falei rindo e toquei meu rosto que deve estar inchado.

- Oh me desculpe - Ele se afstou e pegou um pano e álcool e eu recuei - Ei que foi, tem medo de mim ? - Disse confuso

- Vai arder - E então ele percebeu que se tratava do objeto que estava em suas mãos.

- Ah, mas precisamos limpar - Eu apenas concordei balançando a cabeça.

Ele me limpou, guardou minha bolsa e ficou me distraindo. Nesse meio tempo descobri que ele trabalha a um bom tempo com Joseph (que no caso, é o nome que eu estou odiando) e que ele teve uma filha sedo e não tinha como sustenta-la até que brutamontes o salvou da fome.

Cárcere Privado [ P A R A D A ]Onde histórias criam vida. Descubra agora