Capítulo 28

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Harry.

Estava a saltar para fora do carro mesmo antes de ele parar. Três dias sem pistas, nenhuma informação vital mas então chega uma carta que muda tudo. O alcatrão na autoestrada estava a desaparecer por debaixo do carro enquanto acelerava, aproximando-se cada vez mais a cada segundo. Eles tinham sido bons, muito bons. Nós estávamos certos, eles tinham saído de Londres mas de todos os sítios, ninguém tinha suspeitado de Dover. Era quase demasiado óbvio mas é por isso que eles escolheram este sítio.

Mas eles não eram assim tão bons, a Lennon era mais inteligente, era mais habilidosa do que eles pensavam. A cozinha estava silenciosa enquanto comíamos todos o pequeno almoço em silêncio. O Zayn estava a carregar nas teclas do seu MacBook, suspirando em frustração por não haver nada de novo. Mandamos uma equipa de busca ao Este mas não encontraram nada. Até o armazém deles estava vazio, ou eles estavam a sair de Londres ou alguma coisa mais perigosa. Se eles estavam a mudar de sítio em Londres, isso queria dizer que tínhamos de os vigiar até sabermos os seus sítios de troca de produtos outra vez, precisávamos de estar um passo à frente deles para nossa segurança.

Perrie agarrou a pilha de cartas no caminho até à cozinha; os pulinhos no seu andar tinham desaparecido desde que a Lennon foi levada. Toda a gente estava no limite; ninguém estava a agir de forma normal. Todos sabíamos que algo importante ia acontecer e não era apenas resgatar a Lennon.

Ela parou na entrada da cozinha a mexer no correio, murmurando para ela ao passar por cada envelope até chegar ao último. Parei de mastigar a minha comida, tal como o resto quando ela ficou a olhar de boca aberta para a última carta. Ela então olhou para cima, os seus olhos encontraram os meus de imediato. Ela não precisou de dizer nada, agarrei o envelope imediatamente. Não gastei nenhum tempo a abrir o envelope, a palavre urgente rabiscada na frente fez o meu coração acelerar. Segundos depois disso, saímos a correr da porta da frente em direção a Dover.

Estava irritado e frustrado por não termos descobrir onde ela estava. Estar vários passos atrás era insuportável e algo que não estávamos habituados. O Este devia estar a planear isto durante algum tempo para estarem assim tão bem preparados. Tínhamos todos concluído que havia algo mais grave por detrás disto tudo. Eles queriam a Lennon por alguma razão e não era apenas para a torturar.

O Liam foi o segundo a sair do carro, nenhum de nós se deu ao trabalho de fechar as portas ao sairmos. Louis ficou sentado no lugar do condutor, deixando o carro ligado, prontos para uma saída rápida. A viagem de hora e meia foi feita em pouco mais de meia hora mas ainda assim era demasiado longa para o meu gosto. Não era assim que as coisas deviam acontecer, eu devia tê-la resgatado há dias, assim que ela foi levada, mas era ela que estava a fazer o trabalho todo.

Não havia carros na entrada da casa e a parte de fora da casa estava deserta, completamente silenciosa e parada. Não havia nenhum sinal de natureza, muito menos outros seres humanos. Paul ficou em casa com as raparigas, pronto para a nossa chegada. Nós avisamo-los que não íamos demorar muito.

Corri pela gravilha entre o carro e a casa e patrulhei a área, o Liam, o Niall e o Zayn logo atrás. "Não está ninguém em casa." Zayn falou, concluindo os nossos pensamentos. Eu nem sei porque é que tentei abrir a porta da frente, era mais do que óbvio que estava fechada.

O Liam bateu com o seu ombro na porta de madeira mas nem se mexeu um centímetro. Ele tentou outra vez mas sem sucesso. Não podíamos gastar muito tempo, por isso, bati com a minha mão no vidro da porta. Partiu de imediato e caiu de força no chão. O meu punho ficou cheio de sangue que escorria mas com a adrenalina no meu corpo, não sentia nada. Abri as fechaduras com a minha mão através da janela partida e abri a porta com força.

Decode - TraduçãoWhere stories live. Discover now