Decode - Tradução

Capítulo 25

Harry.

O ar deixou os meus pulmões assim que a porta do carro se fechou na sua cara suplicante. O Paul pôs um braço em frente ao meu peito, impedindo-me de correr para a frota de carros que já estavam a sair. Eu sabia que não os iria conseguir parar ou até acompanhá-los mas eu tinha de tentar pelo menos, mesmo se não valesse a pena. Observei aterrorizado enquanto eles desapareciam na cidade e para fora do meu campo de visão.

"Porque é que estamos aqui parados? Porque é que não estamos a ir atrás deles?!" Eu gritei, virando nos meus calcanhares para olhar para os meus caros membros da família do Sul. Estava furioso, as linhas na minha testa a pulsarem. Rangi os meus dentes e olhei para o Paul que parecia tão furioso quanto eu. 

"Não vamos ter um confronto no meio de Londres em pleno dia." Ele fervilhou, fazendo com que a minha raiva fosse ainda mais proeminente. Estava a abanar a minha cabeça furiosamente enquanto ele falava.

"Não." Eu respondi diretamente. "Já aconteceu em pleno dia uma vez, pode acontecer outra vez."

"Harry, nós vamos recuperá-la mas temos de pensar nisto devidamente. Se mergulharmos de cabeça, bem, quem sabe o que pode acontecer."

"Achas que eu quero saber?"

"Eu acho que sim, estás apenas zangado e não estás a pensar corretamente."

Suspirei pesadamente, o Louis estava certo. Pus as minhas mãos na minha nuca, descansando a minha cabeça na minhas mãos preguiçosamente. Respirei fundo, olhando para toda a gente que pareciam estar a preparar-se para ir embora. Parei de olhar à minha volta quando os meus olhos pararam na mãe dela, ela estava de pé praticamente ao meu lado a tremer como uma folha. Ela era parecida à Lennon em alguns aspetos, ela não era lá muito alta, pelo contrário da Lennon. Elas tinham o mesmo formato da cara mas não tinham as mesmas feições infelizmente. 

"Ande lá, vamos levá-la a casa." Eu tranquilizei-a enquanto me aproximava da sua figura tremente. Ela deu um passo para trás, para longe de mim. Eu temia pensar no que o Este a tinha feito passar mas conseguia imaginar que não foi algo agradável. O que só me deixou mais ansioso em relação à Lennon. Ela era teimosa e isso deixava-me preocupado quando pensava que isso a podia pôr em perigo. Rezei mentalmente que ela não fizesse nada imprudente. 

"Casa?" A senhora sussurrou, os seus olhos arregalaram-se com a minha declaração. Olhei para ela preocupado. Parei de andar antes de chegar ao seu corpo frágil. Ela encolheu-se, tentando ficar o mais pequena possível.

Eu assenti lentamente. "Casa. Onde vive?" A minha voz subiu levemente quando fiz uma pergunta tanto para ela como para mim. Ela parecia ainda mais confusa. "Onde é que vive?" Perguntei suavemente. O Paul juntou-se ao meu lado, a sua cara estava neutra, tentando difundir qualquer medo que possamos ter espalhado. 

Ela abanou a sua cabeça febrilmente, afastando-se de mim e do Paul. O Paul olhou para mim cético. Eu não sabia o que fazer, ela não estava bem claramente, quer isso fosse normal para ela ou se fosse apenas devido ao que aconteceu recentemente, eu não sei.

Hesitantemente, dei um passo para a frente outra vez e estiquei a minha mão para ela. Esperei que ela a agarrasse mas ela parecia estar petrificada. "Eu não a vou magoar, prometo. Somos amigos da Lennon." Tentei usar palavras reconfortantes mas ela permaneceu apreensiva.

"Eu não conheço nenhuma Lennon." Ela respondeu, ela bateu na minha mão viciosamente e andou para trás. O Louis andou até nós depois de ver o que estava a acontecer. Ele ficou vários metros atrás dela caso ela tentasse fugir. Não a íamos raptar, eu só quero levá-la para casa e pô-la a salvo.

"A sua filha?" Perguntei retoricamente. Todos parecíamos surpreendidos pelo que ela disse. Ela estava a fazer-se de desentendida ou ela não sabia mesmo quem era a Lennon? Ela continuou a abanar a sua cabeça, o que só nos deixava ainda mais confusos. Eu não queria gastar mais tempo, que podíamos estar a usar para salvar a Lennon, aqui parados, sem chegar a lado nenhum. "Diga-nos onde é que vive e nós levamo-la lá."