CAPÍTULO 4

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Pensa rápido, Manov...
Quis abrir a boca para falar algo e a introdução acabou, era hora da letra. Ele me olhou preocupado e desconfiado.
- Depois quero saber - e Nickolas saiu.
Tratei de fazer um curativo. Um espião deve ter noções básicas de em Medicina. Foi graças à minha professora, a senhora Rainbow, na Gilbert, que aprendi a fazer curativo, estancar sangue, extrai bala de um ferimento, suturar, fazer massagem cardíaca, mas se você está pensando em ser um espião, acho melhor pensar bem. Não é nada fácil.
Pensei que tinha desviado da faca que o sujeito havia arremessado, mas ela passou de raspão pelo meu braço. O corte estava um pouco profundo, mas nada grave. Fiz um curativo rápido e voltei à lateral do palco.
Uma hora e meia de show, não teve mais nenhuma surpresinha, digamos assim.
Os meninos voltaram ao camarim, trocaram de roupa, recolhi as que eles estavam usando.
Todos já estavam com a mesma roupa que chegaram.
- E então, vai me dizer o que foi isso? - Nickolas insistiu, apontado para meu braço já com o curativo e, por isso, todos os meninos pararam o que estavam fazendo e me olharam curiosos.
- Foi um pequeno acidente com o gancho das roupas - falei sem tremer.
Eles me analisaram por um tempo e depois voltaram ao que estavam fazendo.
- Matheus, posso falar com você? - Tomy adentrou o camarim.
Acompanhei-o até o corredor.
- Os meninos vão viajar, voltam na segunda pela manhã - Tomy disse.
- Você vai com eles? - Perguntei
- Sim - falou.
- Uma boa notícia, pois assim vou ter dois dias para o conhecimento e monitoramento da casa deles - falei.
- Mas como você vai consegui entrar lá? Acho que vão desconfiar se eu pedir a chaves da casa deles.
- Tomy, sei que você é novo nisso, mais já entrei na casa de chefões da máfia e eu só tinha 16 anos, não será problema - falei e ele arregalou os olhos.
- Chefão da máfia?
- Longa história, quem sabe um dia te contarei - sorri e entrei no camarim de novo.
Os meninos estavam sentados no sofá conversando. Nathan estava entretido no celular.
- Sttephane, temos que pegar nossas malas em casa, está com as chaves? - perguntou Leony para Sttephane.
- Estão no meu bolso - Sttephane deu um tapinha no bolso direito do casaco e se levantou.
- Mas eu também estou com minhas chaves aqui - Nickolas bocejou.
- Matheus, senti-se. Deve estar cansado - disse Amelie.
- Estou bem em pé, tenho que acabar de guardar essas roupas aqui.
Fui colocar a montanha de roupa em cima de mesa e...
- Ops - esbarrei com Sttephane e todas as roupas caíram no chão.
- Dá para perceber que você é bem desastrado, certo? - insinuou Nickolas.
Sorri e repondi mentalmente: "Errado Nickolas..." Mas informei com jeito inocente:
- Esse é meu sobrenome - eles riram.
Sttephane me ajudou a pegar todas as roupas no chão. Lisa entrou e disse que estava na hora de irem embora.
- Espero te ver em breve - Sttephane deu um sorriso sexy.
Sorri. Todos eles vieram se despedir e logo tomaram o rumo de casa.
Esperei por um tempo, afinal eles não podiam saber que moro bem em frente à casa deles.

•••

Sábado, é hora de fazer o reconhecimento e monitoramento do território, vulgo a casa dos meninos. Coloquei Roupas discretas e peguei uma mochila com equipamentos.
A casa era de muro alto, com imensos portões de ferro, perfeitamente forjados com bronze. Em frente ao portão havia um pequeno interfone, com números.
Tomy me garantiu que não havia seguranças, apenas cercas elétricas ao redor da mansão, detectores de presença, sensores de movimento e câmeras na parte externa, e tudo que eu tinha que fazer era abrir o portão e ir direto ao sistema do alarme e desliga-lo. Ao detectar movimento, o alarme demora 2 minutos para soar. E quanto às câmeras, após invadir o sistema, eu teria que apagar tudo depois. Só tinha dois minutos para correr até a porta da frente da grande e linda casa bege.
Olhei para o interfone e o analisei. Peguei na minha mochila um pó negro, que detecta digitais, passei com um pincel nas teclas. Logo surgiram digitais em quatro números.
Apertei-os com calma - 5174 - e logo o portão se abriu. Até chegar à mansão havia uma enorme estrada, então corri assim que o portão se fechou comigo na dentro.
Cheguei à grande porta pivotante de madeira branca e 1 minuto e 20. Peguei as chaves do meu bolso e entrei.
Você deve está se perguntando como eu peguei as chaves, certo? Bom, ao esbarrar em Sttephane, peguei as chaves do seu bolso. Você não acreditou que eu estava sendo desastrado, não é mesmo? É óbvio que um espião deve ser cuidadoso sempre; desastrado, só se for de propósito. O que eu fiz foi parecido com a batida de carteira que ladrões fazem.
Rapidamente fui até o sistema do alarme, faltavam 40 segundos. Fiz o mesmo processo para abrir o portão e os dígitos apareceram - 56983 - apertei-os e o alarme desarmou.
Certo, agora tudo que eu tenho que fazer é colocar câmeras, escutas, rastreadores por todas as partes. E tenho dois dias pra fazer isso nessa mansão. Deseje-me sorte.

"Gente votem e comentem, quero saber o que vocês estão achando da História..."

Agradeço desde já!
O próximo capítulo sairá em breve.

Os Segredos De Um Jovem EspiãoOnde histórias criam vida. Descubra agora