CAPÍTULO 14

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Os meninos organizaram uma festa para comemorar o fim dos shows e o começo de uma nova etapa, gravações em estúdio. Ou seja, CD novo.
O meu trabalho iria diminui exponencialmente, já que os shows são um tanto quanto cansativo. Sentia isso, apesar de ter trabalhado apenas um mês e algumas semanas com eles nos shows.
E chegou o dia da minha suposta mudança... Tinha que inventar-la já que eu havia dito Nick e posteriormente a todos que comprara um apartamento.
Liguei para eles e disse que eu chegaria atrasado, obviamente por causa da mudança. Porém era exatamente isso que estava fazendo.
Fui ao quarto de Jake para investigá-lo e quase fui pego, então agora estou pesquisando sobre o mesmo e a sua família pelos arquivos da OUSB.
O que eu encontrei:

Agente: Rivers, Jacob.
Status: Em missão de código amarelo.
Pais: Michel Rivers e Nicole Rivers Derrom.
Nacionalidade: Britânico.

E ao lado uma foto de Jake atual. Algo me chamou a atenção e, se você for bom de memória, saberá que no começo eu fui requisitado para uma missão de código vermelho. E pelo que eu sei ele está junto comigo.
Classificamos assim as missões: código verde para missões bem mais leves, que duram no máximo três dias; as missões de código amarelo são mais graves, elas não tem duração e são para proteger alguém; e o código vermelho, onde esta missão se encaixa, é para missões cuja a duração é de no máximo seis meses e quando há risco de terrorismo, máfia.
Bom, aí você deve estar se perguntando o porquê da missão para proteger a Skyfive ser um caso de código vermelho; é porque o código vermelho também se usa para missão onde são pessoas influentes e públicas, de modo que, se algo acontecer a essas pessoas, vai influenciar todo um país ou outros países.
E a Skyfive, sem dúvida alguma, é a banda queridinha de todo Reino Unido.
Voltando ao assunto, fiquei encucado com isso. Ou Jake está mentido sobre o que realmente em veio fazer aqui ou a ficha da OUSB está escrita errada, o que eu acho bem difícil.
- Homanov, está pronto? - Jake apareceu na porta do meu quarto.
Fechei o notebook.
- Não, pode ir - respondi.
- Vou te esperar - Jake deu as costas.
Com certeza ele estava desconfiado de mim, não o culpava. Também estava desconfiado dele.
Fui me arrumar, coloquei uma calça jeans preta, tênis preto, uma camisa preta com uns detalhes brancos e uma jaqueta preta peguei meus aparelhos e coloquei no bolso da jaqueta. Ajeitem os meus falsos cabelos.
Fui até a sala. Jake estava sentado no sofá, ele estava vestido com uma calça jeans preta, blusa branca e um blazer preto, muito bem alinhado.
- Nossa, você está lindo. - falou levantando-se.
- Ah, muito obrigado - e o olhei - até que você está arrumadinho. - Jake riu de lado.
Fomos a pé até a casa dos meninos, uma vez que eles já sabiam que eu havia me mudado.
A casa estava bem agitada, olhei Tom na porta.
- Olá, mosqueteiro, digo Matt - brincou.
- Oi, Tom, como está lá dentro? - Perguntei.
- Festa típica de Stephane, muita gente, música alta - falou entediado.
- Alguma coisa estranha? - quis saber.
- Além da mulher que acabou de passar? - Tom fez careta.
Gargalhei, a piada fora boa...
- Vou colocar meus comunicadores, Jake está com os deles também, qualquer coisa, comunique-nos - ordenei.
- Pode deixar, coloquei seguranças espalhados pela festa - disse.
- Bom, pegou o jeito, hein? Irei pedir ao OUSB um emprego para você - falei rindo.
- Opa - Tom gargalhou - boa festa, Matt.
Entramos, a casa estava totalmente diferente do normal. Havia decoração no teto, balões prateados, os dois sofás estavam fora do lugar, havia bastante gente.
Nessa hora nessa hora o Jake havia sumido na multidão. Atravessei com dificuldade a sala, pessoas se roçavam uma nas outras, algumas faziam um tipo de dança esquisita, outras gritavam cantando as músicas que o DJ estava colocando no canto esquerdo da sala.
Fui para fora, a partir da piscina estava menos agitada. Havia muitas cadeiras e mesas, algumas mulheres se exibiam com seus minúsculos biquínis. Outras pessoas estavam dentro da piscina, bebendo e rindo.
Avistei Amelie e Ângela em frente à mesa que estava repleta de guloseimas.
- Oi, gente - cheguei perto delas.
- Matt - ela sorriu e me abraçou.
- Oi, que bom que veio - Amelie me cumprimentou com um beijo na bochecha.
- Cadê o resto dos meninos? - perguntei.
- A última vez que vi Phane estava se atracando com um menino, Leon está na cozinha, Nick e Nathan foram abduzidos - concluiu sorrindo.
- Abduzidos, nossa! Acho melhor tomar cuidado então - brinquei.
- Quer uma bebida? - Amelie ofereceu.
- Não, obrigado. Vou procurar o resto dos anfitriões da festa - sorri para elas e saí.
Fui até a cozinha. Leon rua flertando com uma menina, uma morena de cabelos cacheado.
- Ei - falei.
- Matt, faz tempo que chegou? - veio me cumprimentar.
- Não, cheguei faz uns 10 minutos. Encontrei Ângel e Amelie lá fora - falei.
- Ah, Nathan está lá no quarto dele, disse que estava indisposto para festas. Olhei Phane lá na frente com uma menina, e Nick não o vi ate agora.
- Bom, vou ter que achá-los - falei suspirando.
- Boa sorte - sorriu, voltando a sua atenção para a morena.
Fui até o quarto de Nathan, estava trancado. Bati na porta e ouvi um murmúrio.
- Nathan? Sou eu o Matt - disse hesitante. Demorou uns dois minutos, até que ouvi o barulho da porta sendo destrancada. Ele a abriu, estava sem camisa e com os cabelos despenteados. - Nathan, o que você tem? - perguntei preocupado. - Nada - disse fechando a porta logo depois que entrei. - Tem uma festa rolando - lembrei. - Eu sei, mas não estou animado para festas - falou voltando a deitar na cama.
- Posso saber o porquê desse desânimo todo? - falei cruzando dos braços.
- Nada, Matt. Só quero ficar aqui quieto. - estava de mau humor.
- Tudo bem, só estou falando porque Amelie acha que você foi abduzido - brinquei.
Mas ele não sorriu e isso é estranho. Não falou mais nada.
- Já vi que está de mau humor, vou indo - falei andando até a porta. Ele não se mexeu. abri e saí. Para entrar no corredor onde fica o quarto dos meninos, tem uma porta. Claro, não achou que qualquer um da festa poderia entrar, não né? A porta se abriu e estranhei porque Leon me dera as chaves dele. Do nada. Jake entrou no corredor. - Manov? O que faz aqui? - perguntou surpreso. - Estava no quarto do Nathan, e você? Posso saber como conseguiu a chaves dessa parte da casa? - Sou um espião esqueceu? - Jake sussurrou em meu ouvido. Revirei os olhos.
- Que seja - falei saindo. Mas ele me puxou para perto dele.
- O que estava fazendo no quarto do Nathan? - hesitou - por acaso vocês...
- Não - falei rapidamente. - Acho bom, porque você sabe que é contras as regras- falou sério.
- Sei, sei - estava entediado. - È sério, Manov, e além do mais, já falei que nem um deles serve para você e já estou cansado disso. - Cansado do que ? - Deles. Fiquei surpreso: - Você está louco? - Louco sim, por você - Jake subitamente pegou em minha nuca e me agarrou. Sim, me beijou, eu tentei saí, mas não consegui. Ele aprofundou mais o beijo, mesmo eu rejeitando.
Até que eu ouvi um pigarrear. Separamo-nos rapidamente. - Atrapalho?
Droga, era o Nathan! Nathan, eu... Ele tinha acabado de abrir a porta do seu quarto, ainda estava sem camisa. Olhava-me sério e reprovador.
- Não é isso que você está pensando - falei atordoado, mas ele me olhava ainda sério.
- É? Porque o que eu estou pensando é que vi vocês se a-g-a-r-r-ando - falou pausadamente, arqueado a sobrancelha.
- Sam me agarrou, eu não queria.
- Ah não? - retrucou Jake - porque pelo beijo... Limpou debochadamente a boca. - Sai daqui - fuzilei-o com olhos. - Se é isso que você quer, amo... - Jake levantou as mãos para o alto e sorriu.
Logo depois saiu. - Nathan, Sam me agarrou a força - falei fechando a porta do quarto.
Ele passou a mão na cabeça. - Pelo que eu vi você gostou... - parecia zangado. - Claro que não, tentei sair, mas eu não conseguir o que você queria que eu fizesse?
- Desse um chute nele? olhe, eu não tenho nada a ver com sua vida - disse irritado.
- Sam é irritando e um estorvo. Eu não gosto dele e nunca vou gostar. Aquilo que você viu, foi ele fazendo mais uma de suas gracinhas.
Nathan me olhou, me analisou. - Ele vem te assediando? Porque, se for, eu juro que mato ele - falou injuriado.
- Ei, calma. Não, essa foi a primeira vez que ele fez isso. Primeira e única - assegurei.
- Mas, em casa, você não divide o apartamento com ele? Quer dizer, você poderia vir morar comigo... quer dizer aqui. - falou ele coçando a cabeça meio sem jeito. - Não, eu vou ficar bem, tomarei cuidado. - disse tentando ignorar o que ele disse.
Sentei-me e tirei a minha jaqueta. ele sentou do meu lado.
- Desculpe-me, eu só sinto que devo protegê-lo - falou manhoso.
- Tudo bem - sorri e o abracei. - Gosto de você, Matt - falou manso. - Gordinho, também gosto de você - ele sorriu. - E então, não vai me contar o porquê dessa mau humor? mudei de assunto.
- Eu tinha me arrependido de ter sido rude com você, por isso fui te procurar, mas aí olhei aquilo - fez uma careta. - Você não foi rude - falei. - Fui sim, mas, enfim, eu acordei de mau humor mesmo, sem nenhum motivo e estou indisposto para ficar em festas. - Você esta sentido algo? - fiquei preocupado. - Sim, um pouco de dor aqui - falou pegando no seu abdômen.
- Onde mais ou menos? - apalpei sua barriga, eu tenho noção de Medicina.
- Aqui - pegou minhas mãos e me puxou.
Caí na cama ao seu lado.
- Para, Nathan - ele começou a fazer cócegas em mim. - Não - falou rindo também. - Eu n-ã-o consigo... falar - estava sem fôlego.
Eu morro de cocégas no pescoço. acho que é meu ponto fraco.
- Só paro se você disser que sou lindo - me fez ainda mais cocégas.
- Não! - gritei.
Ele coçou mais ainda.
- Está bem, eu falo, Nathan lindo.
Já estava sem fôlego até que ele parou e ficou me olhando.
- Nathan, eu... atrapalho? - uma voz ecoou no quarto.
Olhamos para a porta e lá estava Nick Princess, com um olhar espantado.
A cena foi um pouco engraçada e constragendora. Como Nathan estava me fazendo cócegas, estava em cima de mim. Nick chegou e pensou em outra coisa.
- Eu não sabia que vocês estão... - Nick fez um jeito com as mãos.
Levantamo-nos embaraçados:
- Não, irmão, eu e Matt estávamos...
- Não precisa explicar Nathan, eu entendi - Nick falou sério.
- Sério, Nick, não é nada disso, o Nathan só estava me torturando fazendo cócegas em mim - eu estava ofegante, o que não me ajudou muito.
- Vocês dois não me devem satisfação, só vim saber se você queria alguma coisa, mas já vi que está bem ocupado - disse frio.
Revirei os olhos.
- Nathan estava me fazendo cócegas. Não estávamos... fiz o gento - você sabe...
- É, Nick, relaxa - Nathan bateu nos ombros dele
- O que quer que esteja acontecendo aqui também quero - Phanne entrou saltitante.
Olhamos sérios para ela.
Nick bufou e saiu.
- Eu resolvo - falei para Nathan que assentiu. Phanne ficou nos olhando confuso.
Saí atrás de Nick. Meninos, Por que são tão complicados? pensei: "sei nem porque pensei nisso sendo que sou homem também" - Bati na porta do quarto dele.
- Nick, abre - falei.
- Vai embora, Matt. Nathan está te esperando - falou do outro lado.
- Para com isso!
- Não estou fazendo nada contigo.
- Abre logo esta porta! Eu não vou sair daqui... Olha, um sofá, vou ficar sentado aqui - cruzei os braços.
Ouvi um longo suspiro do outro lado e então ele abriu.
- Qual o problema de vocês? - falei impaciente.
- Eu vi que vocês estavam...
- Nick, para, Nathan estva me fazendo cócegas e só, olha se for para gente brigar desse jeito e você não acreditar em mim, acho que nossa amizade vai ser difícil!
- Eu entrei e vi vocês deitados e pensei...
- Pensou errado! Mas não entendo por que ficou assim.
Nick virou-se bruscamente para mim:
- Você não entende? Realmente não? - perguntou transtornado.
- Não!
- Bom, não sou eu quem vai falar - ele se irritou.
- Legal, cansei - falei saindo.
Ele bufou.
- Quer saber mesmo? Eu fiquei com ciúmes - olhou-me nos meu olhos.
Meu coração acelerou. Por essa eu não esperava.
- Ciúmes? Por qual motivo? - perguntei.
- Droga, Matt, eu gosto de você, realmente gosto de você, estou apaixonado. Será que não entende que tudo que eu faço é pensar em você, desde aquele dia que conversamos em meu quarto? E sei que você não sente o mesmo que eu, e fico com ciúmes se alguém te toca, beija, abraça, conversa com você... - passou a mão na cabeça - Caramba Matt, você tem noção de como isso é torturante para mim?
A única coisa que fiz foi abrir a boca, estava paralisado. eu tinha que processar aquilo tudo em minha mente. Meus olhos umedeceram...
- Eu...- não conseguia falar - que bobo...
- Não diz nada, qualquer coisa que você disser agora, sei que naõ é aquilo que quer ouvir.
- Desculpe-me - lágrimas desceram. Saí dali rapidamente.
Entrei no banheiro mais próximo e dasabei.
Chorei, nunca havia sentido nada assim antes e por mais que tenha desejado isso, não era certo. Eu não posso me apaixonar por Nick, é proibido. E não sei o que fazer, meu coração acelera toda vez que ele fala meu nome, minha pele arrepia quando ele me toca. Quis evitar, eu realmente tentei... ou será que não tentei? Minha mente estava confusa e meu coração também. E o pior é que ele vai sofrer, porque isso é totalmente impossível.
O que eu deveria fazer depois disso?
Enxuguei as lágrimas, olhei-me no espelho, meus olhos estavam borrados.
Liguei a trorneira e joguei água no meu rosto, depois sequei com a toalha e fui para o lado de fora da casa, tomar ar no jardim.
Como é um terreno grande, havia muitas árvores, bancos de concreto.
Sentei em um e fiquei olhando o céu.
As estrelas enfeitavam a noite, elas eram tão brilhantes, como se não se importassem em brilhar sozinhas. Tinham sua própria luz.
Eu realmente não sabia o que fazer, acho que a melhor coisa seria fingir que nada aconteceu, ignorar totalmente o que ele disse, e terminar essa missão.
De repente ouvi um murmúrio vindo de trás de mim. Levantei-me silenciosamente e tentei olhar quem era, estava muito escuro, via apenas vulto entre os arbustos.
- Na hora que eu der o sinal, vocês entram em ação - falou uma voz um pouco conhecida. Forcei os olhos para tentar exergar quem era, mas não deu.
- Presta atençao, vou mandar uma mensagem - pareceu falar com alguém ao telefone.
- Matt? O que você está fazendo o que aqui? - era Ângela observando-me.
Espante-me.
- Vim tomar um ar - falei, depois olhei para o local onde vinha a voz, mas o vulto havia desaparecido.
- Vamos entrar os meninos estão procurando por você - falou puxando-me pra dentro da casa.
Quando chegamos em um local mais iluminad, Ângela me olhou.
- Matt, porque seu olhos estão inchados?
- Só uma irritação.
Ela não disse mais nada, apenas me conduzindo para a parte dos fundos da casa.
Enfrente a piscina estavam Leon, Amelie, Nathan, Phanne e Henry, seu amigo. Nada de Nick. Fiquei um pouco aliviado.
- Achei - Ângela falou assim que chegamos.
- Matt, por ande andou? - perguntou Nathan.
- A última vez que o vi estava com NIck e Nathan no quarto - Phanne falou malicioso.
Amelie sorriu, Maliciosa também.
Revirei os olhos.
- Não é nada disso que estão pensando, Phanne é muito maliciosa - cruzei os braços. Eles riram.
- Bom te ver novamente - Henry falou com um olhar penetrante e um sorriso de lado.
- Igualmente - disse educadamente.
- Vamos dançar? - Leon estava animado.
Fomos para a parte de dentro da casa, que estava mais agitada.
- Resolveu sair da cama? - perguntei para Nathan.
- Animei-me - falou rindo.
- Que bom!
Fomos para a pista de dança, fizemos uma roda e começamos a dançar.
A festa estava cheia, de vez enquanto observava aquela multidão. Felizmente nada de estranho havia ocorrido.
De repente, me veio na mente aquela voz falando no telefone. Será que era o Escorpião Rei? Será que ele iria tenta algo naquela festa?
Olhei para os segunças que caminhavam pela casa. parei de dançar e fiquei apenas observando.
- Ei, o que houve? - estranhou Nathan.
- Matt, você está bem? - perguntou Ângela.
- Estou só um pouco sufocado, muita gente...
- Vou à cozinha pegar bebidas - Amelie disse saindo.
Alguns minutos depois começou um enorme alvoroço.
- FOGO! - uma mulher gritou.
Os meninos se assustaram, pois a fumaça já se espalhava pela sala.
- Saiam - gritei para eles.
As pessoas corriam para fora da mansão. Os seguranças auxiliavam a multidão para as saídas.
- jarry, ligue para os bombeiros - falei as sair da casa.
A fumaça saía pelas janelas, mas todos já estsvam do lado de fora.
De repente, me toquei.
- Nick, cadê Nick? - perguntei para os meninos.
- Não sei - disse Nathan apavorado.
Procurei-o pela multidão. Uma onde alivio percorreu pelo meu corpo ao vê-lo do lado de fora observando preocupado.
- Matt, Matt, você viu a Amelie sair? - Ângela disse com pavor nos olhos.
- Meu Deus, ele foi para a cozinha e o fogo começou lá! - informou Henry, amigo de Phanne.
- Ai, meu irmão... - Phanne entrou em pânico.
- Façam alguma coisa! - Ângela gritou para os seguranças que se entreolharam.
- Eu vou! - disse decidido.
- Não, está doido? - ela me olhou espantada.
- Eu vou, me deem suas camisas - disse para Nathan e Phanne. Eles tiraram e me deram.
Molhei-as com água e coloquei uma em meu rosto.
- Já volto, não entrem! Se eu demorarmos, serà porque saímos pelo outro lado.
Dei uma última olhada para trás, Nick me olhava assustado.
Entrei, a fumaça tornava a visão turva. A camisa molhada ajudava a não me intoxicar.
- Amelie - gritei. A sala estava tomada por uma fumaça branca. Fui para cozinha.
O fogo se alastrou, inundou a cozinha de uma cor vermelha e laranja. Tentei abafá-lo, mas as chamas estavam muito altas.
- Amelie - gritei mais uma vez. Ouvi um tossir.
Olhei para o canto, onde havia apenas fumaça, e Amelie estava no chão.
- Vou te tirar daqui! - gritei.
- Matt - disse com dificuldade. Peguei a camisa de Phanne e coloquei em seu rosto.
- Fique com isso no rosto, vai ajudar - ela colocou a camisa no rosto.
- Como vamos sair daqui? - Amelie tossia muito e eu já estava ficando sufocado também.
- Não sei, vamos da um jeito. Fique abaixado - falei pegando-a pelo braço. Fomos rastejando para a sala.
- Amelie, está impossível ver a saída!
- Vamos tentar atraverssar a sala, até o outro canto - ela falou pegando-me pela mão.
Continuávamos abaixados.
Lá na EScola Preparatória Gilbert tivemos treinamento contra incêndios, contumava me sair bem. Eles nos ensinavam a ficar sempre no nível do chão e colocar algo no nariz, para não inalar fumaça. Apagávamos fogo tóxico, mas usávamos equipamento específico.
Achamos um canto da sala, tentei chagar até a janela, mas não deu muito certo.
Sentamos no chão.
- Amelie, calma. os bombeiros já vão chegar
- Tom? Está me escultando? - falei através do comunicadores de ouvido.
Amelie que estava junto, olhou-me.
- Como você está... - ela não conseguiu mais falar. Tinha desmaiado.
Peguei-a pelos braços e a abraçei.
- Vou te tirar aqui, Amelie - falei em seu ouvido.
Comecei a ficar tonto.
- Amelie ? - gritei.
- Tom, se estiver me ouvindo, estou no canto direito da sala - minha última tentativa de me comunicar.
Fui ficando cada vez mais tonto e sufocado, Até que apaguei.
Do que me lembro depois, são flashes de alguém me carregando para fora, ouvi sirenes. Pessoas agitadas, tentava desesperadamente abrir os olhos para localizar Amelie...
- Amelie - suspirei.
- Ela está bem, já acordou - falou uma voz conhecida. Eu estava em seus braços.

Acordei em um local desconhecido, era um quarto branco, havia uma janela com persianas de cor bege. Estava deitado em uma cama, do lado havia uma poltrona grande e confortável.
Percebi que dois pares de olhos me observavam.
- Matt, você acordou - Nathan sorriu para mim.
- Cadê a Amelie? - perguntei.
- Graças a você, ela está bem, foi fazer alguns exames - informou Jake.
Olhei-o zangado.
- E onde você estava?
- Matt, foi Sam quem te carregou para fora - Nathan falou manso.
Fiquei surpreso.
- Obrigado! - disse e voltei a olhar para Nathan.
- Cadê o pessoal?
- Estão na sala de espera e Ângela está com Amelie. Vou chama-los - Nathan sorriu e saiu.
- Era para você ter me ajudado a tirar os meninos de lá - falei sério para Jake, assim que Nathan se foi.
- Eu sei, mas eu estava ocupado cuidado do seu precioso Nick - retorqiui Jake debochado.
- Do Nick? - arregalei os olhos.
- Quem você acha qu eo tirou de lá a tempo? Quando ouvi a gritaria, percebi logo que era um incêndio, então fui ao quarto de Nick e o avisei . Saímos.
- Eu o olhei do lado de fora, mas você não estava lá - Jake revirou os olhos.
- Manov, eu estava te procurando. Eu te vi lá fora, por isso achei que estava tudo bem. Mas Nathan me disse que você tinha entrado para tirar Amelie. Então fui atrás de vocês - disse sentando-o na poltrona.
- Matt - Leon entrou. Logo depois veio Nick.
- Como se sente? - pegou em minha mão.
- Bem - forcei um sorriso.
Nick apenas me observava com um olhar indecifrável.
- Você salvou a vida de Amelie - disse Leon.
- Claro que não, não consegui tirá-la de lá - falei triste.
- Está brincando? Os bombeiros disseram que o fogo começou na cozinha e a Amelie estava lá; se ele tivesse permanecido, nem quero imaginar o que teria acontecido - disse Nathan.
- Super Matt - Leon brincou.
Nick permanceia me analisando com o olhar. Tentei ficar sentada.
- Nãnaninãnão - Leon fez sinal com o dedo - você inalou muita fumaça, precisa descansar.
Nathan sentou-se no sofá, ao lado de Jake.
- Ei, você acordou! - festejou Phanne, que entrou soridente, beijando a minha testa.
- Como está a Amelie? - perguntei.
- Está vindo te ver - falou apontando para a porta.
- Surper Matt - Amelie entrou animada.
- Amelie, tudo bem? - sorrir ao vê-la bem.
- Bem? Está brincando, estou ótima.
Nick colocou a mão no queixo e disse:
- Vocês já perceberam que ultimamente anda acontecendo coisas estranhas com a gente? - tremin quando ele falou isso. Olhei para Jake, que me olhou de soslaio.
- È mesmo - Leon falou pensativo.
- Esempre o Matt nos salva! - Nick continuou.
Todos me olharam. Um silêncio mortal invadiu o quarto.
- Você é um anjo da guarda? - Amelie riu escandalosamente. Suspirei.
- È claro, como não pensamos nisso antes? - Phanne falou séria, quis sorrir.
NIck revirou os olhos.
- Vocês não estão mesmo acreditando nisso, não é? - Leon falou, enquanto ríamos.
- È uma teoria boa - falei olhando para Nick. Ele sorriu de canto.


Gente desculpem a demora para o novo capítulo, estava passando por alguns problemas pessoas, mas prometo que agora em diante postarei o resto do livro.
"ESPERO QUE GOSTEM DESSE CAPÍTULO. OS PRÓXIMOS HAVERÁ MUITAS EMOÇÕES."

Por favor, votem e comentem, quero saber o que vocês estão achando da História."

Agradeço desde já!
O próximo capítulo sairá o mais breve possível.

Os Segredos De Um Jovem EspiãoOnde histórias criam vida. Descubra agora