•O misterioso caso de Myllen•(Em andamento)

Capítulo 10

--- Como não?! Eu acho que você esta mentindo ou não se lembra! -- o menino grita no rosto do Slander.

--- Eu não conheço essa garota,e,não faz sentindo pega-la,quantos anos ele tem?

--- 15... -- Rick responde baixo,se lembrando da amiga com carinho.

--- Então! Não pego adolescentes,são chatos,não são tão fáceis de convencer. -- a criatura explica. --- E além do mais,ela tem cara de que viria para um lugar deste com alguém?

--- Não... -- o menino reflete. --- Faz sentido. Não li a parte do porém na internet,só fiquei com muito ódio quando soube que era você,e que poderia me vingar. -- Rick se acalma e encolhe os ombros,envergonhado. --- Me des... -- o Slander Man o interrompe.

---Bom,agora esta tudo resolvi. Vá embora. -- disse ele,soltando o garoto no chão,que caí de bunda.

--- Mas... 

--- Mas nada! Vá embora! -- o monstro grita,afastando alguns pássaros,exatamente,urubus.

--- Tá bom. -- o garoto da de ombros e se levanta,pegando as coisas e anda alguns passos,mas para. --- Espera. Eu sei porque você quer que eu vá embora logo. -- diz Rick se virando para o Slander Man,que esta de costas para ele.

--- Não,você não sabe... -- o Slander fala baixo.

--- Sei! Você não quer que eu saiba,ou pergunte sobre o corpo que você jogou em mim! Quem era?! Por quê vez aquilo? -- Rick pergunta gritando,menos a última pergunta,indo para mais perto do monstro.

--- Você não sabe de nada!! --  berra o Slander Man,se teletransportando para vários lugares,com a boca branca aberta.

--- Por que isso te incomoda tanto? Você tem remorso do que fez? -- ele pergunta encarando o Slander se teletransporta. Então a criatura para em frente á Rick de costas,e se vira lentamente.

--- Você acha que foi eu quem fez isso? -- ele sussurra,mas Rick ouve.

--- E não foi? -- ele pergunta temendo a resposta.

--- Não. -- o homem magro nega sério. Olhando o nada ao longe.

--- Então o que foi? E quem era ela? -- Rick levanta o rosto para olhar a face do homem de terno.

--- Isso foi há muito tempo... -- ele sussurra. --- Muito tempo mesmo... -- ele continua a sussurrar.

--- Por favor,conte-me. -- diz Rick,abrindo a mochila lentamente,sem tirar os olhos do Slander Man,pegando a caneta e o papel.

Com um chute,o Slander faz com que o bloco de notas de Rick voasse longe. 

--- Por que fez isso?! -- ele grita.

O monstro lhe lança um "olhar" feio,e ele se cala,olhando as árvores.

Rick então percebeu que a neblina sumira,que o céu estava cinza claro,e que as coisas estavam um pouco mais vivas que quando chegou.

---Foi há muito tempo atrás,quando eu ainda não tinha esta vida. -- o Slander Man começa. --- Eu estava brincando com minha irmã,ela corria,ria,olhava para trás para ver se eu ainda a seguia. Mesmo cansado eu ia,ela era a única coisa boa que eu tinha naquela merda de família. Nesse mesmo dia,começou a anoitecer,mesmo com 14,15 anos,nem eu nem ela queríamos entrar. --- Ele faz uma pausa,dando as costas para Rick,mas não vai embora,apenas caminha um pouco,como se contar aquilo lhe doesse profundamente. --- Me lembro. Que quando eu alcançava ela,te enchia de  cócegas,ela ria muito,mas logo se soltava e corria novamente. Em algumas vezes ela se escondia,para que a encontrasse e fizesse as mesmas cócegas de novo. Uma vez,nesse dia,ela fez isso,se escondeu. Eu fui procura-lá,mas pelo que vi e ouvi de seus passos,ela não estava muito perto. Mesmo sabendo que a mãe não tinha deixado,eu fui,fui procura-lá. -- ele para por alguns segundos. Novamente prossegue. --- Corri pelo quarteirão,não achei. Pelas ruas próximas e iluminadas,não achei... Então pensei:"e se,ela tiver ido no lugar proibido?!",arregalo os olhos com a possibilidade,nossa mãe tinha nos proibido de ir lá. Corri até o local e gritei por seu nome,ela riu baixo,não estava tão fundo. Adentrei o lugar,na mesma hora,senti um arrepio e uma sensação ruim,uma sensação de que não devia estar ali. Andei um pouco e gritei novamente seu nome,mas agora  acrescentei a proibição de nossa mãe. Ela saiu de trás de uma árvore de cabeça baixa,chateada por ter parado a brincadeira. "Sabe que não pode vir aqui não é?" disse olhando ela se aproximar. "sei..." ela respondeu,então levantou a cabeça e terminou:"Me desculpa.",eu sorri,mas isso logo sumiu;foram as últimas palavras dela. De trás de algum maldito lugar algo pulou em cima dela,e como ainda estava um pouco longe,não pude ver perfeitamente,ai eu andei um pouco mais. Chamei-a a partir do momento em que não a vi em pé. Ela respondeu com um grito agudo,fui até lá correndo,mas cheguei tarde demais. A "coisa" tinha puxado ela e lhe estava arrancando a mão,com a perna jogada só o osso de lado,mesmo assim ela ainda estava viva! Cheguei mais perto,quando peguei algo para afastar a fera,ela pego-a pelos cabelos e correu com minha irmã para o fundo da floresta. Estava muito escuro,não podia ir! Senti medo! Estava morrendo,meu mundo tinha acabado a partir daquele momento. Ouvi um uivado e corri dali. Esbarrei com meu pai na rua,ele me viu chorando,então contei o que tinha acontecido,ele também se desesperou... -- mas uma parada. Rick ouvia tudo atentamente e aterrorizado,não estava nem um pouco afim de estar na pele do Slander Man na época. Então o menino ouviu um soluço,ele podia jurar que o Slander estava chorando. --- Corremos para a delegacia,avisamos a policia que mandou 3 viaturas para lá. vasculharam tudo... -- mais um soluço. --- Mas não acharam nada. Nem corpo. Nem monstro. Nem rastros. -- ele para agora levando a mão ao rosto,como ele esta de costas,Rick não pode ver sua face nem como ele esta,mas tinha certeza que estava chorando. --- Como única testemunha,e única pessoa que vira tudo acontecer,fui interrogado. Mas eles ainda não me colocaram como suspeito,ainda não. Alguns dias depois,ligaram em casa,falando que encontram alguma coisa,que,talvez,possa ser a minha irmã. Fomos para o hospital,onde eles disseram estar 'ela',lá eles nos levaram para uma sala onde faziam o I.M.L,vi uma 'coisa',não sei se podia chama-la de irmã,ela estava toda dilacerada,estraçalhada,apenas algumas partes davam para identificar que era algo humano aquilo. O médico que fez a verificação do corpo,perguntou se era ela,minha mãe disse que era possível! Mas eu,que ainda estava na porta,caminhei para perto,gravando em minha mente aquela cena horrível,que até hoje me atormenta;então,em seu pescoço,mesmo cheio de sangue,deu para ver o colar que trocamos quando ela fez aniversário,foi tão legal. Uma lágrima escorreu do meu rosto,e minha mãe perguntou para mim se era ela,se eu tinha certeza. Então mostrei a prova. Ela desabou em choro se abraçando ao meu pai. O médico chamou alguém,ou algumas pessoas,eu não estava mais prestando atenção em nada do que acontecia ao meu redor,simplesmente fiquei paralisado,que criatura monstruosa e impiedosa faria aquilo com uma garota de 14 anos?! Não havia resposta. A policia,quando estávamos saindo do hospital nos parou e disse que havia um suspeito. Na delegacia,me acusaram de mata-la,mesmo eu sendo o irmão dela. Não tinha outra possibilidade,somente um ser humano faria aquilo,disse ele com outra palavras;me defendi falando que  ela era minha irmã,minha única irmã,que eu a amava muito! Mas ele não acreditou... No fim,fui preso,por homicídio. -- ele termina limpando o rosto com as costas da mão,se virando em seguida.