Notas de um Amor Fracassado

Ecos de culpas nostálgicas:

Ecos de nostalgia, querer que sufoca!
Como expressar pela metade quereres que em tudo toca?
Tenho sido um disparate de mim!
Meu coração bombeia sangue, que não corre
Entope a veia, e o corpo não move

****

Quero-te tanto
E o que me faz ficar parada?
Se quero-te tanto,
O que emudece a minha boca vaga?
Será que por querer tanto, sou eu louca?
não gosto de ver-me querer tão forte, enlouquecida?
Pois se te quero vida,
tenho feito-te morte!

Não fiz-te conhecer as minhas flores tão queridas!
Minhas meiguices improfessas
Te dei foram os defuntos gélidos, que guardam eternas promessas!
Meus esqueletos em pó do armário!
Minha coleção de sarcasmos e desamparos!
Não me perdôo por não dar-te um colo doce
Um riso alegre,
Um afago, que fosse!
Sei que poderia,
Dar-te mais do que foi, dado!
Mas, veja
Se eu zelo em segredo pelas flores que te guardo,
Quero entrega-las a ti, como um Deus em terra Santa , um ser sagrado!
E quero tanto que nenhuma mão, tem me acalentado
Angústia cega e paixão tanta!
Onde estão as tuas rosas na varanda?
Como parte de um agrado ou de um bom senso?
"Minha culpa "
"Minha culpa"
Estes versos castigados
Entristecidos, padecidos neste estado!
"Minha culpa "
"Minha culpa "
Lamento eterno e repetido do culpado!
Até mesmo de teus gritos,
A ecoar em meu passado!
Me pergunto como quem busca abrasar brados:
Aonde está a tua voz a chamar pelo meu nome?
A sofrer com tal ardor por minha espera?
E desta forma,
A merecer o meu amor,
A minha entrega?
Quero-te tanto!
Que o medo tem ganhado
É tanto que não vale pelo espanto!
É tanto que não vale pelo estrago!
De tanto que quero!
Espero torturada
Que sejas tu um mar de rosas!
em linda terra,
imaginada
Tratadas com o cuidado
Que nenhum real suporta!

Milla Reis

.