Prólogo

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Mais uma vez ele bebeu, mais uma vez me bateu. Mas preciso ter força, minha filha não para de vomitar e a febre não cessa.

--- Você precisa levar ela para o hospital, ela não está bem--- eu suplicava aquele monstro, a quem chamo de marido.--- por favor eu te imploro à leve, eu fico no carro não entro no hospital, ninguém vai me ver assim.

Eu estava muito machucada, porém a angústia de ver a minha filha daquela forma fazia sumir qualquer dor.

--- A coloque no carro, vista um casaco para esconder as marcas, e se perguntarem...

--- Já sei eu caí da escada.

---Muito bem, agora vamos estou com sono.

---Você acha que está em condições de dirigir?

--- Isso não é da sua conta sua vadia,  agora vá e pegue a menina antes que eu desista.

Sei que ele está bastante embriagado, mas ele não permitiria chamar ninguém.

---Pode ir mais devagar por favor, está chovendo e você...

--- cale a boca sua vadia!

Senti meu rosto arder com o tapa que ele deu, não foi forte sabia que ele não queria deixar marca, mas é humilhante mesmo assim.
Ele sorriu debochado e acelerou ainda mais o carro. Minha filha gemia com dor. Ele  olhava para trás e mandava ela se calar e me xingava.
--- Olhe para frente, preste atenção na estrada-  uma curva apareceu---- cuidado!!

Meu Caminho Ate Você Onde histórias criam vida. Descubra agora