Capítulo 24

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Não me lembro da última vez que tive essa sensação, parecia algo desconhecido para mim, sentir carinho, paixão, cuidado e delicadeza, tudo em um único beijo.

Neste momento estou sozinha no Jardim, olhando as rosas sentindo o doce perfume que a brisa trás. Me sinto calma com uma pontinha de euforia dentro de mim. Fecho os olhos para sentir melhor o vento e os perfumes que me cercam.

De olhos fechados percebo o vento ficar forte saindo daquela brisa leve que se encontrava, os galhos das árvores balançam com força, abro os olhos e vejo que o tempo simplesmente fechou, começa a chover uma chuva grossa e pesada .
Me levanto e tento correr em direção a casa. Corro o mais rapito que posso porém sou segurada por mãos ásperas que apenas o toque me causa calafrios. Olho com medo para aqueles olhos negros que tanto me apavoram, grito porém trovões partem o céu abafando qualquer outro barulho. Sou arrastada para longe da casa e não importa o quanto eu tente não consigo me soltar.

--- Achou que eu a deixaria? Você é minha.

Aquela voz me faz perder todo o meu controle, minha vista está embaçada além da chuva minhas lágrimas não me permitem ver direito.

---Eu te encontrei e você vai pagar por fugir de mim.

Estou sufocando sem ter como respirar, estou em pânico sendo arrastada, sem forças a água que cai e meu choro me impedem de conseguir respirar normalmente. Então esculto longe uma voz calma e familiar chamando o meu nome.

---- Lara, Lara estou aqui, não tenha medo eu estou aqui.

Álvaro! Ele está aqui
Vai me ajudar!

--- Ninguém vai te tirar de mim, entendeu?

Sinto meu corpo chacoalhar, me debato não vejo Álvaro apenas sua voz, me sinto sufocada e com anciã, a chuva, o pânico, o medo  e a risada daquele homem ecoando por todo canto e com suas não em mim até que não aguento mais e começo a vomitar.

Só após os espasmos passarem percebo que estou na segurança do meu quarto com Álvaro ao meu lado, o abraço forte e apertado, choro compulsivamente como sempre faço quando acordo desses pesadelos.

Após algum tempo o sentimento de pânico passa, só então percebo o meu estado, estou toda suja os lençoes da cama também estão, solto de Álvaro com vergonha por me ver naquele estado.

--- Ei! Não fique assim?- Álvaro fala me acalmando e acredito que sabendo dos meus sentimentos.

--- Quando isso vai acabar? Álvaro eu não aguento mais! Eu não aguento sentir medo, não aguento esses pesadelos, saber que aquele homem está por aí me apavora. Eu nao quero sentir isso, não quero sentir medo me sentir suja, me sentir culpada por não ter lutado antes pela minha filha.-- meus olhos já estão cheio de lagrimas de novo.

Álvaro respira fundo de olhos fechados, e quando abre os olhos se novo me olha diz:

--- Lara eu sei quem vai poder te ajudar, mas antes vá tomar banho e se limpar. Vou chamar Sara para te ajudar e já volto.

Á sua expressão estava seria, era de raiva e revolta. Mas fui fazer o que ele me pediu.

Sentir a água quente cair sobre mim e lavar as minhas lágrimas. Depois de um tempo Sara bateu a porta do banheiro. Desliguei o chuveiro me enxuguei e me cobrir com um roupão.

--- Oi minha Flor.--- Sua expressão era de sono e compaixão.

--- Oi Sara --- falei triste por saber que estava dando trabalho a ela mais uma vez.

--- Venha vamos colocar uma roupa, e descer, Sr. Álvaro nos espera lá embaixo na cozinha.

--- Não falei nada apenas veste uma camisola e me cobrir com o ropao novamente.

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