''Você me pertence!''

Capítulo 45- 'Especial' (Grisha)

                                 Grisha

Estava furioso por ele ter encerrado a maldita ligação sem nem mesmo me dar a oportunidade de responde-lo, afinal tinha uma carta na manga mas acho que ela não serviria para nada, nem reconheci mais o Eren, ele não parecia mais o rapaz que tremia de medo, medo de perde as pessoas ao seu redor, era tão ingênuo mas agora vejo que mudou e isto é irritante, eu queria que ele sofresse de todas as formas possíveis mas como atingi-lo sendo que nem  se importava com Levi.. Oh Levi era realmente belo, mas mexer com os Ackerman não estava na minha lista de tarefas. Contudo, sabia que a Carla era alguém importante para si, afinal ela era sua mãe, mas, acho que nesse momento ela já deve saber da denuncia, oque fazer hum? 

Realmente ele foi sábio, amar é a maior fraqueza dos humanos, eu o amava mesmo que não parecesse, eu sempre quis um filho e ganhei um, amei Carla e nunca lhe deixei faltar nada, a envenenei? Oh sim, mas aquilo não a mataria, ela se afogou no álcool e nosso ''amor'' resfriou com os anos, casamos jovens demais e eu sabia que tinha mais interesse em homens do que em mulheres. A curiosidade havia batido antes de casarmos, estava na faculdade de medicina e  conheci Tadashi, o mesmo estava  fazendo intercâmbio na minha faculdade, se tornamos amigos e numa noite de loucura fomos parar em sua casa, sendo mais especifico em sua cama. Na época aquilo era errado, era visto como algo pecaminoso ainda mais para os religiosos, meus pais eram religiosos e bem.. Não consegui parar de ir em sua casa, fazia visitas frequentes em sua cama, mas como tudo não é um mar de rosas, meu pai descobriu, me bateu tanto que fiquei inconsciente, me obrigou a casar imediatamente com a Carla e Tadashi voltou para o Japão seu país de origem, mas com o tempo passei amar a Carla mesmo que seja como uma amiga, ela me deu um filho e estava feliz. Mas quando percebi que o corpo do Eren estava crescendo, meu desejo aflorou, não resisti e apesar do arrependimento, continuei e nem mesmo havia percebido que o amava.. O amava como homem, era tão errado, tão proibido acho que isto que aflorava meu desejo ainda mais, saber que era proibido tê-lo para mim e mesmo assim tê-lo, queria feri-lo pois ele me fez isto, me fez ama-lo... Afastei todos ao redor dele, queria ele apenas para mim, seus gemidos mesmo que fossem de dor eram somente meu, sua pele somente minha, ele me pertencia e simples assim.

Pare com isto, é irritante...- resmusgo bufando com aquele barulho irritante de meta atrapalhando meus pensamentos, o encarei e o mesmo sorriu, ele deveria estar fazendo isto só para irritar.

Preciso limpar  minhas queridas ferramentes médicas -disse com sua voz grossa, os anos fizeram bem á ele. Tadashi o homem sorridente ao qual me apaixonei e me descobri, havia me abrigado em sua residência como sempre fazia quando eu ia para o japão, eramos amantes deste o começo do meu casamento. Mesmo com a idade seu corpo ainda estava em forma, seus cabelos castanhos claros sedosos, sua pele branquinha e macia... Tentação era vê-lo num jaleco branco.

Então Tadashi como vai nosso escravo? -perguntei sorrindo maldoso, lembro-me bem do dia que peguei o corpo do rapaz, a morte falsa, os gritos, o barulho da chuva. 

Vai bem... Ah, encontrei um velho amigo e tive que sair e o deixar sozinho um bocado, contudo com a amnésia, ele não tentou nada e ele é um bom rapaz... Enfim, eu brinquei um pouco com este velho amigo, o diego... -disse Tadashi dando de ombro.

Nem procura mais? -perguntei cruzando os braços, Tadashi riu mostrando seus dentes bem alinhados e cuidados.