Primera caçada (part 2)

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– Eu sei ... demora um pouco para a gente se acostumar. – Disse a ela quando estava
escrito em seu rosto que Bella não gostou do que sentiu.

– Três? – Foi o palpite dela. Bella havia parado no riacho, não tinha seguido o faro
mais adiante.

– Cinco. Tem mais dois nas árvores atrás deles. – Contei a ela, eu tinha muito mais
prática mas ela chegou bem perto.

– O que eu faço agora? – Bella perguntou e uma ruga apareceu entre seus olhos.

– O que você tem vontade de fazer? – Disse sorrindo da sua indecisão.

Bella se concentrou novamente inspirando. Senti o cheiro do veneno que estava
começando a fluir na boca de Bella, a sede a estava dominando e a mim também. Eu
não caçava há muito tempo, eu também estava sucetível ao cheiro da minha presa, o
veneno também fluía na minha boca. Foi a esperança de vê-la com os olhos abertos
novamente, depois do parto de Renesmee, que me fazia suportar a sede. Naquele
momento, a necessidade e a responsabilidade que eu tinha em ajudá-la me fazia aguentar. Eu precisava ajudá-la ... ela contava comigo.

– Não pense sobre isso. – Disse tirando minhas mãos de seu rosto. Dei um passo atrás, dando espaço para que Bella pudesse correr. – Apenas siga os seus instintos.

Assim que acabei de falar de Bella correu. Vi que seus olhos ficaram meio desfocados, ela estava definitivamente seguindo seus instintos. Corri atrás de Bella deslumbrado com toda a graciosidade e ferocidade que ela demonstrava, Bella corria como uma felina ... como minha parceira. Se eu era como um leão, Bella era uma leoa,
nossa corrida era similar ... Alice tinha razão quando disse que fomos feitos um para o outro, combinavamos em tudo, éramos um a metade do outro ... nos completávamos.

Bella parou graciosamente à beira do riacho, perfeitamente camuflada em meio
às samambaias perto de algumas árvores. Ele se agachou numa postura perfeita de caça, como se já tivesse feito aquilo antes. Eu estava deslumbrado novamente. Fiquei mais afastado observando seu estilo de caça enquanto ela observava e escolhia sua presa. Um grande macho bebia água no riacho e nem fazia a menor idéia da nossa presença, mais outros quatro caminhavam lentamente para leste da floresta. Bella se preparou para saltar mas algo a fez mudar de idéia.

“– Não!”, gritei em minha mente quando senti o cheiro úmido e quente que veio junto com a brisa que infelizmente vinha do norte da floresta.

Antes que eu pudesse reagir Bella correu seguindo o rastro mais forte. Ela
passou pelo cervo o assustando mas nem parou, era como se ele não estivesse alí.

Era o cheiro do sangue humano.

Merda!

Saltei o mais longe que pude e corri em disparada para segurá-la.

“– O que esses humanos estão fazendo nessa parte da floresta? Justo hoje!!!”, eu
pensava enquanto corria.

Bella não reconhecia o cheiro. Seu instinto simplesmente a fez escolher um
aroma mais delicioso que aquele dos herbívoros. Por natureza, o sangue humano era o mais apelativo para nós, e Bella como uma recém-criada não ia conseguir frear. Eu podia ouvir os micro grunidos que saiam de sua garganta e a brisa trazia consigo o
cheiro forte do veneno invadindo sua boca. Ela estava descontrolada naquele momento.

Eu estava quase a alcançando quando Bella parou e eu pude ouvir o rugido alto que ela
lançou para mim, Bella estava agachada mostrando os dentes afiados como uma leoa
furiosa.

Foi a primeira vez que ouvi o instinto animal de defesa do vampiro dominando
realmente Bella.

Foi lindo ... maravilhoso.

Amanhecer Versão Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora