Gabriela
"Gabriela...Gabriela!" Meu corpo estremeceu ao minhas pálpebras se abrirem e minha visão se chocar contra o rosto de Chuck próximo o suficiente para sentir a respiração falhada da criança bater contra minha pele. O encarei por segundos contados, estaria ligando cada um de meus sentidos para enfim poder reagir. Meus olhos deslizaram pelo lado do corpo de Chuck, e observando logo a longe a parede de clareanos a frente dos muros. Thomas. Me sentei sobre onde estava posta, não era o mesmo gramado qual me recordava, mas sim a rede que balbuciou com meu peso. Me recordei de deixar a pequena floresta acompanhada de Newt, embargada de sono porém tranquila. Retirei minhas pernas da rede, apoiando meus pés no chão e me reerguendo. Passei meus dedos por meus fios os tirando de meu rosto e levei olhos a Chuck.
-Quanto...quanto tempo faz que abriram?
-Um minuto e meio, estava tentando te acordar a pelo menos cinco!
-Vamos.-Comecei a caminhar em passos largos, ao primeiro passo dado para fora da sede pude ouvir o murmúrio alto se iniciar entre todos os presentes a frente. Meus passos se alargaram e foram mais depressa, ao menos reparei quando comecei a correr. Meus braços foram à frente de meu peito, afastando os que estavam impedindo minha passagem. Meus dedos se apoiaram no ombro de um dos garotos, e o afastei abrindo minha visão, meus olhos se chocaram contra as íris castanhas de Thomas e meu coração falhou uma batida.
-Jesus Cristo.-Disse em um suspiro falho dando um passo largo na direção do garoto, meus joelhos foram de encontro com o gramado e meus braços circundaram seu pescoço, afundei meu rosto em seu ombro e respirei fundo. Senti seus braços virem a minha volta, sua palma se apoiou em minhas costas e seu rosto se escondeu na curva de meu pescoço.
-Se fizer isso de novo eu mesma irei matar você, eu irei te dar uma surra. Você entendeu? Eu juro.-Um arfo de risada deixou os lábios do garoto.
-Me desculpe.-Ele sussurrou.
-Qual é, eu não ganho abraço?-A voz próxima a nós soou. Me afastei de Thomas observando o garoto asiático com um sorriso nos lábios, Minho, famoso Minho.
-Você quer um?-Caçarola perguntou a frente, um murmúrio em risada ecoou.
-Vamos caçarola me dê um abraço! Eu quase morri cara!-Um sorriso me conveio, tornei meu olhar a Thomas qual me encarava com um sorriso fraco nos lábios. Segurei seu rosto em minhas mãos arrumando seu cabelo suado.
-Você está bem?
-Estou vivo, é o'que importa.
-Vamos, você está podre.-Me ergui, este sendo minha mão a direção de Thomas que a agarrou, logo próximo havia o grupo de socorros em busca de Alby, colocando o garoto desacordado sobre a maca improvisada e o afastando. Dei costas a Thomas, dando as caras a Newt que tinha os braços cruzados à frente do peito e uma expressão fechada que não poderia decifrar.
-Ei.-Disse em um sorriso fraco, tinha medo do que havia de receber daquela expressão.
-Thomas, podemos conversar? Haverá uma reunião mais tarde, esteja lá, okay?-Newt disse a mim, afastando uma mecha fina de meu cabelo que anteriormente era presente a frente de meus olhos, e assim o observei dar costas e seguir atravessando a parede de pessoas.
-Já volto.-Thomas disse deixando uma carícia leve em meu ombro com seu polegar. Umedeci meus lábios, sentindo uma outra palma bater contra meu ombro chamando minha atenção. Meus olhos então alcançaram Minho, que acompanhava Thomas com as íris antes de as direcionar a mim.
-Eu sou o Minho, aliás. Não nos conhecemos propriamente.
-Gabriela. Pode me dizer oque houve?-O suspiro do garoto foi notável, com a expressão de "há muito o que dizer."
-Claro, já que deixaram de te alugar. Apenas...vamos fazer isso na sede, meu corpo está me matando como nenhum verdugo conseguiu.
-Verdugo?
-A gente chega lá.
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𝐁𝐄𝐓𝐖𝐄𝐄𝐍 𝐖𝐀𝐋𝐋𝐒-𝑈𝑁𝐷𝐸𝑅 𝑆𝐴𝑁𝐷𝑆 (𝚂𝙴𝙽𝙳𝙾 𝚁𝙴𝙴𝚂𝙲𝚁𝙸𝚃𝙰)
Random"𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘶𝘮𝘢 𝘧𝘦𝘥𝘦𝘭𝘩𝘢 𝘲𝘶𝘢𝘭𝘲𝘶𝘦𝘳, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘯𝘰𝘴 𝘧𝘰𝘪 𝘦𝘯𝘷𝘪𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘰𝘳 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘢𝘪𝘹𝘢." 𝘌𝘭𝘦 𝘵𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘳𝘢𝘻𝘢𝘰, 𝘯𝘢𝘰 𝘦𝘳𝘢 "𝘶𝘮𝘢 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘢", 𝘦𝘳𝘢 𝘢 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘢. 𝘈 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘢 𝘲𝘶𝘢𝘭 𝘷𝘦𝘪𝘰 𝘦𝘯𝘵�...