"Durante pouco mais de um mês, estava tudo normal. Como tínhamos acabado a escola já e estávamos na faculdade, não fomos a nenhum lugar durante esse tempo. Até porque ainda era período de férias.
Só que a mãe dele havia começado a falar coisas estranhas. Coisas sobre ter ouvido choro de criança enquanto lavava roupa no fim da tarde e uma risada baixa.
A princípio achamos que ela devia estar cansada e não era nada demais, então nem ele, nem o marido, fizeram nada quanto a isso.
Porém, quando já havia se passado algo em torno de cinco meses, alguns machucados haviam aparecido na mulher e ela estava cada vez mais assustada. Jurava ter visto um garoto saindo do quarto de Namjoon.
Um garoto moreno.
Seu marido começou a ficar muito preocupado, com medo que a amada se machucasse seriamente com suas alucinações. Mas ela não queria nem pensar em ouvir nada sobre o assunto.
No sexto mês, lembro me de ter ido à sua casa e escutado uma discussão entre os dois, pois ela não queria ir a um hospital. A partir daí as coisas começaram a ficar mais estranhas.
Pequenos objetos sumiam e alguns novos apareciam na cama dele.
Ele me disse que logo quando chegou, achou um pequeno baú no porão e resolveu ver o que era. Quando viu, o deixou no porão novamente.
As coisas que apareceram em seu quarto, por alguma coincidência, pertenciam àquele baú pequeno.
O verdadeiro problema só apareceu para ele lá pro sétimo mês que estava aqui. Seus pais haviam ido a um lugar no centro da cidade no início da tarde, diziam que estariam de volta ao cair da noite.
Chegou a manhã do dia seguinte e quem veio até sua porta foi um policial. Vi pela janela de minha cozinha ele indo até a delegacia.
Aparentemente havia algo na rua e eles tiveram que desviar rapidamente, com isso bateram o carro e se machucaram feio. Foram internados.
Conseguiu falar apenas com a mãe antes de ela falecer. Lhe disse que fora o menino moreno e seu sorriso, que a assombrava, o motivo da batida do carro.
Passou a viver sozinho na mesma casa, já que não tinha condições nem forças para se mudar dali.
Só que, com isso, começou a agir de maneira diferente comigo. Não era mais igual àquele que conheci. Parecia perturbado.
Apareceu duas vezes em minha porta no meio da madrugada, machucado. Uma semana depois da segunda vez que veio, resolvi ir até sua casa e descobrir o porquê de sua mudança.
Ao chegar me deparei com várias latas de tinta, vi algumas fotos no chão, como se fossem ser pintadas com a tinta. Quando o achei perguntei o motivo de tudo aquilo.
Me expulsou dali na mesma hora, disse que tudo estava acabado e que não era para voltar a o ver nunca mais. Se me lembro bem, suas íris estavam mais escuras, seu vocabulário diferente, não parecia ele ali.
Infelizmente não escutamos sua mãe quando estava viva.
Uma sensação ruim me preencheu durante toda a noite, sabia que algo estava errado e que deveria tentar descobrir o que era. Namjoon estava precisando de ajuda.
Usei a chave reserva que o mesmo havia me dado na primeira noite que fora até minha casa machucado. Devia ter suspeitado assim que a entregou para mim.
Ao abrir a porta gritei seu nome. Fui até seu quarto, não havia nada lá, parecia tão arrumado... Como se ninguém morasse ali. O mesmo com o antigo quarto de seus pais.
Até que eu percebi que havia uma carta escrita com uma letra difícil de ler, provavelmente devido a pressa, e um pequeno rádio em sua cama. Não sei porque não vi antes, mas não consegui entender muito bem o que estava escrito.
Continuei gritando seu nome, mas a casa parecia vazia, nem vento vinha em resposta. Estava no início da manhã então ele devia estar ali.
Até que avisto a porta da cozinha entreaberta, a luz estava acesa. Suspiro aliviado e ando rapidamente até a mesma, abrindo de uma vez.
Ainda lembro-me claramente do que vi ali. Não consegui falar absolutamente nada, apenas, me apoiei no portal, cada vez mais incrédulo e assustado.
Até que consegui gritar seu nome, mas a essa altura sabia que não iria me ouvir.
Um facão cravado em seu tronco, sendo segurado pelas próprias mãos, indicava suicídio. Quando chamei os policiais disseram exatamente isso.
As únicas digitais no objeto eram as suas. Não havia nem pegadas na cozinha, apenas sangue. Bastante sangue.
Antes de o levarem eu consegui ver com clareza. Estava no fundo da área de serviço, ao lado da porta que dava para o porão.
Sorria vitorioso e sabia que realmente havia sido. Não tive dúvidas que Namjoon não havia se suicidado, mas sim sido assassinado.
Assassinado pelo garoto de cabelos castanhos e sorriso travesso.
Mais tarde reuni o que sabia sobre esse garoto, tudo o que haviam me falado. Mas ele poderia vir atrás de mim também, ele havia me visto.
A senhora Kim falava que era algo pessoal, que ela mesma teve um encontro com sua "morte" quando era bem mais jovem. Mas ao me lembrar do corpo sem vida na cozinha, sentia medo.
Não conseguia nem mais olhar a casa do lado. No dia seguinte sai de minha casa e fui morar com um amigo em seu apartamento.
Porém ele faleceu há alguns anos, vítima de um tipo raro de câncer. Então hoje vivo só.
Quando meu irmão veio me perguntar se podia alugar minha antiga casa, que ainda estava em minha posse, entrei em pânico novamente. Só com a possibilidade de ter que ir àquele lugar...
Porém, após insistirem muito, permiti que alugassem a casa. Descobri que na verdade era para seu neto.
Com isso, impus que eu moraria durante um pequeno tempo na casa com ele e lhe explicaria o que tem que saber. Contei-lhe várias coisas inclusive o que aconteceu com Namjoon.
Após um tempo saí de lá e voltei a morar sozinho. Foi quando encontrei Jeongyeon e pedi para que trabalhasse aqui.
Desde cinquenta anos atrás essas flores não ficam negras. Ela conhece a história, é a única que não me acha pirado. Assim que viu o jardim da última casa me alertou.
A verdade é que era para eu estar em um manicômio ou um asilo. A família do meu irmão quis me levar para esses lugares várias vezes, acham que tudo o que digo é besteira, desde que tinha vinte anos.
Sempre me perguntei porque Jeon não quis nada comigo. Às vezes acho que o que ele queria conseguiu, não sei dizer ao certo se só aparece para quem guarda rancor ou coisa assim.
Mas você não o conhecia nem seu irmão, não é Yoongi?"
~~~~
Helloooooooo
Era p ter ficado em itálico, mas n rolou estou triste.
Perdoa meu sumiço semana passada, estava sem ideia nenhuma. Mas agora eu voltei.
Sei que tem pouquíssimas pessoas acompanhando a fic, mas se estivesse no lugar de vocês não gostaria que a autora simplesmente parasse então estou aqui.Francamente eu desanimei bastante com essa fic, mas tudo bem, estou tentando fazê-la ficar boa mesmo assim, talvez eu ainda suma um pouco.
Espero que tenham gostado, perdoa qualquer erro.
Kisses
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Do you wanna play?
Fiksi Penggemar" Meu nome é...... Bom, se essa mensagem foi encontrada, provavelmente eu não consegui sair daqui vivo. Sei que não posso pedir ajuda, apenas quero poder salvar nem que seja uma vida, não cometa os mesmos erros que eu. Se você está me ouvindo, não f...