Quinto Capítulo

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Já haviam se passado mais de quatro horas desde que as garotas haviam saído da casa de Bruna. O porta-malas estava repleto de vestido de vários modelos, tamanhos e cores. Pelas contas de Andressa elas já tinham entrado em dez ou eram quinze lojas. Andressa e Fabiana contentaram-se rapidamente com as roupas que encontraram, já que assim que entraram na terceira loja viram os vestidos que tinham pensado por muito tempo. 

— Eu vou levar esse! — Andressa apontou para um vestido de manga comprida vermelho vinho com algumas pregas na vertical. 

— E eu esse! — Fabiana escolheu um vestido semelhante aos que as mulheres utilizam na Grécia antiga. 

— Não me interessei por nenhum desses. — Bruna balançou a cabeça em negação ao olhar os outros modelos que estavam nas araras. 

— Nem eu. Vamos para a próxima loja. — Mylena estava se preparando para sair quando se deparou com a última coisa que poderia querer: zombies. — Hãn, meninas... Acho que temos problemas! 

As outras se viraram para olhar pela vitrine da loja e puderam ver o grupo de cinco zombies que se aproximava da porta. 

— Abaixem-se! — Fabiana gritou e tirou sua Magnum do coldre. 

O primeiro tiro estilhaçou toda a vitrine e boa parte do vidro da porta. A bala conseguiu atravessar a cabeça de um dos zombies. Bruna puxou o vestido que Fabiana havia escolhido e se virou para as outras. 

— Fabi, você nos dá cobertura e vamos até o carro, ok? — Bruna explicou. 

— Sem problemas. — Fabiana preparou-se para dar o segundo tiro e esse acertou o zombie que estava mais próximo delas. — Vão, rápido! 

Ela gesticulou com as mãos e as três correram para o outro lado da rua. Andressa no meio do caminho acabou perdendo a sapatilha e quando virou-se para pegá-la, Mylena a puxou e disse: 

— Tá doida? Depois procuramos outra sapatilha para você. Corre! 

Ao final da frase, Andressa ainda pode ver o zombie que antes iria pegá-la agarrar o vazio. Fabiana engatilhou a arma pela última vez e matou o morto-vivo que quase levara sua amiga. 

— Filho da mãe! 

Faltava apenas mais um e quando Fabi foi apertar o gatilho, veio-lhe a surpresa: as balas haviam acabado. 

— Merda! 

Ela correu os olhos pela loja e buscou algo suficientemente bom para ajudá-la a acabar com a zombie que parecia ser um pouco mais rápida que os outros de seu grupo. Por mais inusitado que parece-se ela encontrou um taco de beisebol próximo ao caixa da loja. Correu até lá e pegou sua mais nova arma. Suspirou pesadamente e andou sem muita preocupação até a criatura que ia a seu encontro. Fabiana pôs os pés para fora da loja e girou seu corpo para conseguir pegar impulso e arrancar a cabeça da zombie. Ela pode sentir o impacto da madeira do taco com a carne podre e o cheiro era extremamente terrível. 

— Vamos Fabi! — gritou Andressa de dentro do carro. 

Fabiana encarou por alguns minutos o corpo sem cabeça daquela criatura e como que para alegrar-se um pouco, chutou a cabeça que estava há poucos metros do tronco. A moça correu até o carro e largou o taco de beisebol no meio do caminho. 

— Não acho que seja mais seguro continuarmos nossa caminhada. — declarou Mylena. 

— Que isso! Eu ainda não achei meu vestido. Mas sei um lugar perfeito para encontrá-lo e fica mais próximo da minha casa. 

— Certeza disso, Bruh? — perguntou Fabiana. — As minhas balas acabaram e vamos ir só com a sorte para lá. 

— Sim, tenho certeza. — declarou. — Tudo vai dar certo. Acelere esse carro, Deh! 

Cidade do ParaísoWhere stories live. Discover now