Já haviam se passado mais de quatro horas desde que as garotas haviam saído da casa de Bruna. O porta-malas estava repleto de vestido de vários modelos, tamanhos e cores. Pelas contas de Andressa elas já tinham entrado em dez ou eram quinze lojas. Andressa e Fabiana contentaram-se rapidamente com as roupas que encontraram, já que assim que entraram na terceira loja viram os vestidos que tinham pensado por muito tempo.
— Eu vou levar esse! — Andressa apontou para um vestido de manga comprida vermelho vinho com algumas pregas na vertical.
— E eu esse! — Fabiana escolheu um vestido semelhante aos que as mulheres utilizam na Grécia antiga.
— Não me interessei por nenhum desses. — Bruna balançou a cabeça em negação ao olhar os outros modelos que estavam nas araras.
— Nem eu. Vamos para a próxima loja. — Mylena estava se preparando para sair quando se deparou com a última coisa que poderia querer: zombies. — Hãn, meninas... Acho que temos problemas!
As outras se viraram para olhar pela vitrine da loja e puderam ver o grupo de cinco zombies que se aproximava da porta.
— Abaixem-se! — Fabiana gritou e tirou sua Magnum do coldre.
O primeiro tiro estilhaçou toda a vitrine e boa parte do vidro da porta. A bala conseguiu atravessar a cabeça de um dos zombies. Bruna puxou o vestido que Fabiana havia escolhido e se virou para as outras.
— Fabi, você nos dá cobertura e vamos até o carro, ok? — Bruna explicou.
— Sem problemas. — Fabiana preparou-se para dar o segundo tiro e esse acertou o zombie que estava mais próximo delas. — Vão, rápido!
Ela gesticulou com as mãos e as três correram para o outro lado da rua. Andressa no meio do caminho acabou perdendo a sapatilha e quando virou-se para pegá-la, Mylena a puxou e disse:
— Tá doida? Depois procuramos outra sapatilha para você. Corre!
Ao final da frase, Andressa ainda pode ver o zombie que antes iria pegá-la agarrar o vazio. Fabiana engatilhou a arma pela última vez e matou o morto-vivo que quase levara sua amiga.
— Filho da mãe!
Faltava apenas mais um e quando Fabi foi apertar o gatilho, veio-lhe a surpresa: as balas haviam acabado.
— Merda!
Ela correu os olhos pela loja e buscou algo suficientemente bom para ajudá-la a acabar com a zombie que parecia ser um pouco mais rápida que os outros de seu grupo. Por mais inusitado que parece-se ela encontrou um taco de beisebol próximo ao caixa da loja. Correu até lá e pegou sua mais nova arma. Suspirou pesadamente e andou sem muita preocupação até a criatura que ia a seu encontro. Fabiana pôs os pés para fora da loja e girou seu corpo para conseguir pegar impulso e arrancar a cabeça da zombie. Ela pode sentir o impacto da madeira do taco com a carne podre e o cheiro era extremamente terrível.
— Vamos Fabi! — gritou Andressa de dentro do carro.
Fabiana encarou por alguns minutos o corpo sem cabeça daquela criatura e como que para alegrar-se um pouco, chutou a cabeça que estava há poucos metros do tronco. A moça correu até o carro e largou o taco de beisebol no meio do caminho.
— Não acho que seja mais seguro continuarmos nossa caminhada. — declarou Mylena.
— Que isso! Eu ainda não achei meu vestido. Mas sei um lugar perfeito para encontrá-lo e fica mais próximo da minha casa.
— Certeza disso, Bruh? — perguntou Fabiana. — As minhas balas acabaram e vamos ir só com a sorte para lá.
— Sim, tenho certeza. — declarou. — Tudo vai dar certo. Acelere esse carro, Deh!
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Cidade do Paraíso
Science Fiction"A única coisa que você pode escolher é pelo que você irá arriscar".