Sétimo Capítulo

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— Já chega pessoal. — Kelvin levantou-se de onde estava e tirou do coldre a Colt Python já carregada. — Vocês já tiveram o bastante, esses monstros já estão quase se desfazendo depois de tantas facadas. Genial a ideia em, Fabiana. — disse ironico. — Adeus, rapazes! — ele atirou primeiro em Nicolas e depois em Arthur. 

Os restos dos dois balançaram com o impacto da bala e desmoronaram fazendo com que o cheiro ficasse insuportável. 

— Vocês vão precisar de um banho para tirar todo esse fedor do corpo. 

— Sabemos disso, cara. — Leonardo retirou a faca de arremesso do antebraço de Arthur. 

— Galera. — Fabiana havia acabado de voltar de dentro da loja de conveniência. — Temos um pequeno contratempo. Juliane acabou de me ligar e disse que uma das meninas, a Teresa, continua na cidade. 

— O que?! — perguntaram todos alarmados. 

— Sim, infelizmente ela não conseguiu sair a tempo daqui... Parece que ia resolver alguns assuntos na escola e logo depois ela ia seguir viagem. — Fabiana fazia enormes gestos para explicar, um clássico sinal de nervosismo. — Enfim, pelo o que a Ju falou, Teresa está por perto. Se eu muito não me engano, vamos precisar fazer um pequeno desvio que vai atrasar a nossa chegada em mais outros dois dias. Ela está em algum lugar na parte norte da cidade... 

— Mas isso é do outro lado! — Guilherme apontou para a direção contrária a qual eles iriam seguir. 

— Eu sei Gui, eu sei. 

Todos ficaram calados por longos minutos. Decisões estavam sendo tomadas naquele momento e muita coisa podia acontecer a partir delas. 

— Podemos montar um grupo de salvamento. — Leonardo quebrou o silêncio. — Eu, João e Fabiana vamos atrás da Teresa. Vocês procuram nos esperar aqui e caso alguma coisa aconteça, todos nós vamos nos encontrar na Praça da Saudade. 

— A que fica logo no fim da cidade? — perguntou Kelvin. 

— Sim, essa mesma. — respondeu Bruna. 

Leonardo então prosseguiu com seu plano. Todos ouviram atentamente e ao final de todas as dúvidas tiradas, os três foram arrumar as coisas para a sua missão. Trocaram de roupa, carregaram as armas — um estoque novo de balas havia sido encontrado em uma casa vizinha ao posto. — colocaram possíveis suprimentos que Teresa iria vir a precisar e fizeram a penúltima refeição deles em grupo. Quando o sol estava indicando as 15h, Leonardo levantou-se da mesa em que eles estavam sentados e conversando sobre a festa de formatura e anunciou: 

— É a nossa hora, negada. Melhor irmos agora antes que as coisas fiquem piores... 

Fabiana e João se levantaram também, os outros despediram-se de cada um deles. Infelizmente Mylena não conseguiu conter as lágrimas, ela sentia uma coisa ruim em seu peito. 

— Não precisa ficar assim, amor. As coisas vão ficar bem. — garantiu Leonardo e deu um último abraço em sua namorada, seguido de um beijo carinho em sua testa. — Nos encontramos em um dia e meio. 

— Sim. Eu te amo. 

— Eu também te amo. — ele sorriu para ela. 

No outro extremo da sala, Bruna e João se despediam. 

— Vê se volta, tudo bem? Preciso ter alguém para poder encher a paciência. — ela deu um tapa em seu braço. 

— Para Bruna! — ele pediu. — Pode ficar tranquila, farei de tudo para voltar. Contudo, vai ser para te bater. Porque esse tapa doeu. 

Cidade do ParaísoWhere stories live. Discover now