Laure e Guilherme estavam cercados por oito zombies: quatro deles deveriam ter sido homens enquanto estavam vivos, outros três eram mulheres e havia uma criança de aparentemente doze anos de idade.
— Eu não vou conseguir fazer isso. — Laure disse ao reparar a criança. — É só uma criança...
— Que vai te matar e arrancar a sua carne sem pensar duas vezes, né não? — Guilherme respondeu rapidamente. — Precisamos matá-los antes que eles cheguem perto da gente. Vamos Laure, você consegue.
— Ah! Meu Deus! — Guilherme poderia jurar que viu uma lágrima escorrer do resto da garota. — Como matar mesmo essas criaturas?
— Um golpe certeiro na cabeça. Tente posicionar a Knife de modo que você consiga arrancar a cabeça dele em um único golpe, assim você não perde muito tempo no combate. — explicou. — Tenha muito cuidado ao se aproximar de cada um deles, eles podem ser lentos mas vão tentar te morder de todo o jeito.
— Tudo bem. — ela respirou fundo e tirou a faca da bainha. — Hora da diversão!
Os zombies vinham até eles de forma lenta e estavam enfileirados um ao lado do outro. Laure fez um sinal para Guilherme indicando que os quatro da esquerda eram os delas e os outros podiam ficar a cargo dele. O rapaz assentiu em concordância e preparou as balas de seu rifle. Ajustando a mira diretamente na cabeça do zombie do meio, ele contou até três e apertou o gatilho. Em um milésimo de segundo a cabeça do morto-vivo estourou e muito sangue saiu do local onde ele fora atingido.
— Menos um! — ele gritou.
— Minha vez.
Laure caminhou a passos rápidos até a zombie que estava logo a sua frente. Pensou em muitas coisas ruins naquele momento, tudo para ajudá-la a criar coragem e força para golpear a criatura.
— Ah! — gritou ao desferir o golpe contra a mulher.
A lâmina da Knife está muito bem afiada. A cabeça da zombie rolou no chão ao lado de Laure e ela reprimiu o nojo que havia sentido.
— Menos dois! — ela encarou Guilherme e o rapaz assentiu.
Ela havia prestado atenção ao treinamento que recebera há alguns meses dele. Agora faltavam apenas outros seis mortos-vivos para serem mortos.
— Vamos mais rápido! — incentivou.
Então os dois investiram cada vez mais rápido contra as criaturas. Podiam-se ouvir os barulhos dos tiros e os gritos de encorajamento de Laure. A moça poderia estar sentindo a dor de cabeça mais surprema que ela já teve em toda a vida, a vontade de vomitar mais forte que tivera, mas iria matá-los primeiro. Depois cuidaria dessas outras coisas.
Do outro lado do bairro, Andressa e Bruna já tinham matado quatro, dos oito zombies que elas haviam ficado responsáveis em se livrar.
— A única parte ruim disso tudo é o fato de eu ter que buscar essas benditas facas. — reclamou Bruna ao tirar, pela terceira vez, a faca da cabeça do zombie. — Do resto...
— Peça ao Leonardo uma das armas dele. Essas belezinhas são lindas! — Andressa mirou e apertou o gatilho. Sangue voou para todo o lado. — Ah, eu poderia ficar fazendo isso para sempre!
— E nós vamos ter que fazer.
— Eles vão acabar logo. Assim esspero...
Bruna pegou a faca de arremesso e a atirou no sexto zombie. A criatura caiu no chão com o impacto e ficou se mexendo. Enquanto a moça ia até a criatura arrancar a faca de lá, Andressa atirou no zombie que se aproximava dela.
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Cidade do Paraíso
Ficção Científica"A única coisa que você pode escolher é pelo que você irá arriscar".