Capítulo 10

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Resumindo as verdades
Cedo ou tarde você encontrará um defensor do desarmamento pela frente. É
certo que ele virá com alguma argumentação cheia de apelos sentimentais e
exemplos pontuais, mas completamente desacreditada pelos fatos. Numa hora
dessas não há nada melhor do que ter algumas informações na ponta da língua
que podem facilmente desmentir todos esses verdadeiros clichês que são
disseminados pelo governo e pela mídia.
Este capítulo é um resumo dos principais tópicos tratados no livro, organizados
de maneira a facilitar a consulta aos argumentos para se vencer um debate com
um desarmamentista.
São eles: Quanto mais totalitário é um governo, maiores são as restrições ao
armamento da população civil. Os regimes mais sanguinários da história foram
também os mais eficientes em desarmar as pessoas, pois um povo desarmado é
um povo incapaz de reagir contra um governo armado. Lembre-se: quem tem a força bélica tem o poder de impor sua vontade. Desarmamento é sinônimo de controle social; quem disser o contrário é ingênuo ou mal intencionado.
Armas são como carros – seu uso depende de quem está no controle. Uma
arma só mata um inocente se por trás dela estiver um assassino, assim como
uma faca, um bastão, uma moto, um carro, um tijolo, um caco de vidro, uma
vassoura, uma chave inglesa etc. A responsabilidade sobre uma morte é
sempre de uma pessoa, e não de um objeto inanimado.
A única maneira de uma pessoa se defender em uma situação em que seja mais fraca que seu agressor – por exemplo, uma mulher contra um homem, ou um homem contra um grupo – é utilizando uma arma de fogo. Quanto maior for a diferença de força entre o pretenso agressor e a pretensa vítima,
maior será o benefício do uso de uma arma.
Vidas incontáveis são salvas todos os dias pelo uso defensivo das armas, e na
grande maioria dos casos não ocorre nenhum disparo, pois o simples fato de
sacar a arma na frente do criminoso faz com que ele desista do crime.
Países com uma política pouco restritiva ao porte e/ou à posse de armas de
fogo possuem índices de violência baixos; o mesmo não se pode dizer entre os
que as proíbem ou restringem. Na verdade, em muitos casos esses últimos
apresentam um aumento considerável nos crimes violentos nos anos seguintes
à aprovação de tais leis restritivas.
Criminosos não entram em lojas para comprar armas, não preenchem fichas
para registrá-las e nem as devolvem em campanhas de desarmamento.
As armas registradas raramente saem das mãos do cidadão de bem e vão
parar nas mãos dos criminosos. A grande maioria das armas utilizadas em crimes são provenientes do mercado negro.[ 100 ]
Em nenhum lugar onde foram implementados controles rigorosos sobre as
armas, como registros e renovações compulsórios e procedimentos
burocráticos para a compra de armas, houve um efeito de melhoria nos
índices de criminalidade. Novamente, criminosos não compram armas em
lojas e nem as registram com as autoridades. Quem perde com essas
medidas é sempre o cidadão pacífico.
Dificultar o acesso das pessoas comuns às armas é facilitar a vida dos criminosos.
Um cidadão armado protege a si mesmo, sua família, e as pessoas à sua volta. Sabendo que é impossível haver presença policial em todos os lugares, a todos os momentos, a única barreira que pode deter um criminoso é o cidadão
armado. Essa é a verdadeira prevenção ao crime.
Uma pessoa armada que reage a um ataque criminoso tem duas vezes mais
chances de sobreviver do que uma que se rende incondicionalmente ao seu agressor.
Acidentes domésticos com armas são raríssimos, em quantidade muito menor do que acidentes com coisas bem mais comuns numa casa, como produtos de limpeza, banheiras, fogões, fósforos, sacos plásticos, piscinas e bicicletas. Isso vale tanto para acidentes com crianças como com adultos.
A presença de uma arma em casa não aumenta os riscos de que alguém
cometa suicídio.
O Estatuto do Desarmamento não funciona, pois desde sua aprovação e
colocação em prática os índices de violência brasileiros jamais deixaram de
aumentar.
A população brasileira, em sua grande maioria, não apoia o desarmamento,
tanto que votou contra a proibição do comércio de armas no referendo de
2005.
As leis brasileiras referentes à propriedade de armas estão entre as mais
restritivas do mundo, e impõem ao cidadão de bem um custo extremamente
alto, tanto monetário como burocrático. Pior do que isso, elas tratam o direito
à autodefesa como um privilégio, pois permitem que os agentes do Estado
concedam ou não uma autorização de compra de arma de acordo com sua
avaliação pessoal do caso.
Terminamos com uma citação de Joseph Story, jurista americano que viveu
nos séculos XVIII e XIX, chegando a ser membro da Suprema Corte
Americana, que resume muito bem a importância das armas: O direito dos
cidadãos de possuir e carregar armas foi justamente considerado como a salvaguarda das liberdades de uma República, uma vez que oferece uma forte
resistência moral contra a usurpação e os poderes arbitrários dos governantes; e
geralmente, mesmo se estes conseguirem sucesso numa primeira instância,
permitirá que o povo resista e triunfe sobre eles.
Para enfrentarmos aqueles que nos querem tirar os bens, a dignidade, a
liberdade e a vida, o poder libertador e eqüalizador de uma arma de fogo é algo
imprescindível. Ainda que nunca façamos uso desse poder, o mero fato de o
termos à disposição é suficiente para regular o apetite dos maus. É por saber
disso que eles tentam nos privar desse direito tão fundamental.

Mentiram Para Mim Sobre o DesarmamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora