Cap. 25 - Merda acontece

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S/N arfava com as mãos encostadas na parede. Viu pelo canto dos olhos um homem de preto segurar os braços de RM, que tentou lutar, inutilmente. Uma descarga de adrenalina fez com que seu mundo andasse em câmera lenta.
- Nam...
O homem que segurava seus cabelos puxou sua cabeça bruscamente, soltando ela com força em direção à parede.
S/N apagou.

~

- Eles continuam na casa? - Peguntou Jungkook a JiHyung, gerente de TI da BigHit.
- Continuam lá... Saíram um pouco, mas foi pra perto.
- O que o Namjoon disse pra gente pareceu algo sério - Yoongi entrou na conversa - Não queremos perder eles de vista.
- Eu entendo - respondeu JiHyung - Não se preocupe, estou rastreando o celular dela 24 horas.
- Ele prometeu que avisaria se fosse pra longe. Vai dar tudo certo, Suga hyung.
- Você é muito calmo, Jungkook. Merda acontece.
Jungkook olhou em volta e viu que a conversa estava deixando os Stafs apreensivos. Se aproximou de Suga para falar mais privado.
- E aquele homem que ligou para o PDnim?
- Vá perguntar ao Jin. Ele que ficou responsável por cuidar disso.
- Mas... - Jungkook suspirou, agitado - Como vamos saber se podemos confiar nele? Namjoon disse, não podemos confiar na polícia...
- E pelo jeito esse detetive concorda com o que ele disse - Jin entrou na sala onde os membros estavam conversando.
- E...? - Suga deu de ombros - Nada de polícia, é o que eu penso.
- Acho que devemos ficar de olho nele também. Não faz sentido o que ele disse - falou Jungkook.
- Que confundiram eles com outras pessoas? Também acho. Soa meio estúpido - completou Suga.
- De qualquer forma, ele foi o único a parecer do lado dela. Se o Namjoon disse que estão mentindo sobre o sequestro, temos que confiar nele.
- E como você sabe que foi ele quem disse isso? - interrompeu Suga - Poderia ter sido a garota.
- Era o Namjoon, acredite. Eu sei reconhecer quando é um de vocês do outro lado da tela - disse Jin.
- Se você diz...
- Gente, não vai acontecer nada demais. Não vamos precisar ligar pra ninguém. Eles vão saber se cuidar - Jungkook parecia estar falando consigo mesmo.
- Como eu disse, você é muito otimista - falou Suga, saindo da sala.
Jin colocou a mão sobre o ombro de Jungkook, que baixou a cabeça.
- Vai dar tudo certo, Jungkookie. Não se preocupe.

~

- Sabe... - o som soava abafado e distante para S/N. Seus olhos doíam com a luminosidade à medida em que ia recobrando a consciência. Sentiu algo quente em sua testa, seria sangue? - ... realmente... - Era sangue? Estava difícil enxergar - ... não foi muito inteligente ligar seu celular.
S/N recobrou o resto de consciência que faltava numa fração de milésimo ao ver RM algemado no corrimão da escada, com o braço suspenso e sentado de costas pra parede. Sua expressão de ódio dizia em alto e bom som: assim que eu sair daqui, acabo com a sua raça.
O resto do cenário não era exatamente animador. Três homens de preto pareciam confortáveis na sala, dois em pé e visivelmente armados, um largamente sentado na poltrona principal, fumando um charuto preto.
- Você tornou as coisas incrivelmente mais fáceis... - ele tragou o charuto e expeliu a fumaça lentamente, observando-a dispersar-se pelo ambiente. S/N sentiu nojo do cheiro sujo de opiáceos - Será que eu devo agradecer?
- O que você quer? - Namjoon percebeu com a fala que S/N havia acordado. Sua expressão de desfez por um momento.
- O que eu quero? - O homem riu - Quero paz, apenas isso.
- Engraçado, porque é exatamente o que eu quero também.
O homem da esquerda levantou a arma e se aproximou de S/N, fazendo menção de bater nela com o cabo. Namjoon se mexeu no canto da visão de S/N.
- Ei!
O homem sentado fez sinal com a mão, fazendo-o retroceder.
- O que é isso, cavalheiros, acredito que podemos resolver isso com a mais completa discrição e educação. Não há necessidade para violência.
- Porque está nos perseguindo? - S/N olhou em volta, se dando conta da falta - Onde estão os donos da casa?
- Quantas perguntas... Façamos assim - ele se assentou ereto na poltrona - Vou responder apenas uma dessas perguntas. Escolha.
S/N sentiu sua respiração acelerar. Seu sangue subiu à cabeça. Quem ele pensava que era?
Respirou fundo.
- Onde estão os idosos que moram aqui?
- Eles estão vivos, por enquanto. Se vão continuar vivos, aí depende de vocês.
S/N olhou para Namjoon. Ele parecia bem, embora lutasse contra o sentimento de incapacidade que ambos sentiam. Incapacidade de fazer algo. Eles estavam ali, sem saber ainda o porque, colocando em perigo pessoas que os ajudaram. Mal tiveram tempo de digerir isso.
Um dos homens armados abriu a pequena porta da sala para o banheiro. S/N arfou e recuou, horrorizada.

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