C a p í t u l o │U m

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Abri meus olhos, sentindo a dor em cada parte da minha cabeça — Por que eu bebo mesmo? — Era isso que me perguntava todas as manhãs, pós festas.

— Bom dia, gata — Agarrou minha cintura me puxando para mais perto.

— Me solta, porra — Empurrei Richard e me sentei na cama, esfregando os olhos.

— Deita aqui — Suas mãos mais uma vez me tocaram.

— Dá o fora, tenho que trabalhar — Lhe lancei um olhar gelado, que foi o suficiente para fazê-lo recuar.

— É sempre assim, Samantha. Estou ficando cansado disso — Ele se levantou, pagando a calça que estava no chão.

— Nosso trato é sexo. Pare de agir como se fosse mais do que isso — Disse entediada.

— Estamos juntos a meses, Samantha. Você não acha que é hora de sei lá, assumir um compromisso mais sério? — Não contive a gargalhada. Mesmo que isso aumentasse ainda mais minha dor de cabeça.

— Não viaja, Richard — Massageio as têmporas e volto a olhá-lo — Acho que nosso caso termina aqui — Ele me olhou com certo desespero.

Richard era um cara bonito. Ele fazia alguns trabalhos como modelo e o conheci em uma festa. Seu rosto era muito másculo. Cabelos negros, lisos, caiam até os ombros. Corpo esculpido com perfeição e um belo membro, mas era tão superficial. Seu cérebro e um caroço de ervilha, não conseguiam se distinguir. Mas para noites de carência, ele me servia bem. Só que não estava dando mais.

— Terminar? Você não pode fazer isso! — Reviro os olhos e me levanto.

— Já está feito! — Sem olhar mais uma vez para ele, andei até o banheiro.

Tranquei a porta para evitar interrupções e fui tomar banho. Lavei meu cabelo, e esfoliei meu corpo. Enrolada em um roupão, tirei o secador do suporte e comecei a secar meu cabelo. Enrolei as pontas e fiz a maquiagem que usava no dia a dia, para trabalhar. Sai do banheiro e não vi mais sinal do Richard. Ainda bem. No meu closet, escolhi uma calça social preta e uma blusa de mangas, branca. Pronta para começar o dia, entrei no meu carro e dirigi até minha empresa.

Assumi os negócios assim que sai da faculdade, junto com minha irmã gêmea, Angeline. Mesmo ela sendo a mais velha, por míseros, quinze minutos, eu tive que ficar com a presidência. Angeline era uma boba que não tinha pulso firme e tudo acabava sobrando para mim.

Os funcionários não sabem que eu sei do apelido que me colocaram. Satanás. Enquanto Angeline, era a Anjinha. A que todos amavam. Sempre foi assim. Já havia me acostumado com isso.

Estacionei meu carro na minha vaga e desci do carro. Passei pela recepção sem dar bom dia. Entrei no elevador e subi para o vigésimo sétimo andar. O prédio era comercial. Muitas empresas importantes estavam localizadas ali. A porta do elevador se abriu e vi todos se virarem para mim. Evitei todos, como sempre.

Todo Seu - EM PAUSAOnde histórias criam vida. Descubra agora