C a p í t u l o | C i n c o

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Eu estava pingando suor. Havia acabado de correr cinco quilômetros e ainda não era nem oito da manhã.

Tomei meu banho para mais um dia de trabalho e escolhi uma calça social cinza e uma blusa preta de seda.

Já na cozinha, retirei as torradas da torradeira e me inclinei para passar uma geleia de morango. Terminei meu café da manhã e joguei a louça suja na pia. Assim que a Jussara chegasse, ela lavaria tudo.

Quando cheguei na empresa, Cristina veio na minha direção com sua agenda, como sempre.

— Bom dia Cristina, e o funcionário novo? — Pergunto deixando minha pasta em cima da mesa.

— Bom dia, senhora. Ele chegou cedo e já saiu com um cliente — Arqueio uma sobrancelha.

— E com a ordem de quem ele saiu? — Que cara abusado.

— O Junior ligou dizendo que pegou dengue e não vêm pelos próximos sete dias. A Karoline também não tinha chegado, e esse cliente novo parecia bastante ansioso, então ele foi com ele para pegar todas as informações possíveis. O rapaz parece empenhado, senhora — Cristina defendendo funcionário? Ela não gostava de ninguém.

— Que seja, mas assim que ele colocar os pés na empresa, diga que quero falar com ele — Ela assente.

Cristina repassa a agenda comigo e depois disso trabalho por horas seguidas, pulando o almoço.

Lá pelas três da tarde, Manoel bate na minha porta.

— Boa tarde, Samantha — Ele sorria, mas eu mantinha a expressão de tédio.

— Sente-se e me conte tudo — Apontei para a cadeira e ele se sentou.

— Acabei de chegar. O projeto aparentemente é simples. Ele quer uma casa confortável para a namorada, mas quer sigilo total — Manoel hesita um pouco — da esposa.

Olho com um sorriso debochado.

— Não se sinta constrangido com esse tipo de trabalho. Não é o primeiro caso, e nem será o último. Fale com Cristina que é um projeto confidencial. Ela sabe o protocolo — Ele se levanta para sair — Eu ainda não acabei de falar — Sua atenção volta para mim — O projeto é seu! — Me olha surpreso.

— Pensei que fosse somente ajudar. Dar segundas opiniões, coisas do tipo. Pelo menos na fase de experiência.

— Bom, deveria ser assim, mas meu pessoal não está disponível e gostei de como foi proativo. Estarei observando de perto. Qualquer dúvida, pode falar comigo.

— Obrigado, senhora.

Ele saiu da minha sala e voltei ao trabalho. Trabalhei por algumas horas, mas tinha que visitar duas obras e já estava muito atrasada.

— Cristina, estou indo na obra. Anote meus recados e me ligue somente em casos de emergência.

— Sim, senhora.

Todo Seu - EM PAUSAOnde histórias criam vida. Descubra agora