C a p í t u l o │ T r ê s

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Eu nem sei como consegui seguir até o Hospital depois de ter resolvido tudo com a polícia e com o seguro. Eu ainda estava em choque. Torcendo para que o homem sobrevivesse e não ficasse com nenhuma sequela.

Fiquei na sala de espera até que ele fosse transferido para um quarto. Depois de duas horas, enfim me liberaram para visitá-lo. Quando o vi pela porta, sendo medicado pela enfermeira, fiquei impressionada com seu porte físico. O cara não era nada mal, mas estaquei na porta ao ouvir suas palavras.

— Ela não fez menos do que a obrigação dela, como cidadã — A enfermeira me olhou e ficou sem graça. Que mal-agradecido.

— Já acabei aqui. Pode entrar, senhora — Ela saiu e eu entrei.

— Como você está? — Mantive a voz séria.

— Bem. Só foram uns arranhões — Chego até sua cama, inspecionando seus machucados. Eram poucos.

— Fico feliz que esteja bem. O médico disse que você terá alta amanhã as 11h00 — Falo com o máximo de empolgação que consigo. O que não é muito.

— As 11h00? Eu tinha um compromisso as 10h00 — Ele está nervoso.

— Não consegue remarcar? — Pergunto, como quem não quer nada. Como se isso me interessasse.

— Eu vou tentar, mas acho muito difícil. Era uma entrevista de emprego — Ele confessa chateado.

Abro a minha bolsa e pego a carteira.

— Sua moto está no meu mecânico de confiança. Irei pagar todo o prejuízo. Aqui está o suficiente para se locomover de táxi até... — Sou cortada por ele.

— Guarde seu dinheiro. Eu não preciso — Quem esse idiota pensa que é?

— Só estou tentando fazer minha parte — Digo perdendo a paciência. O que ele iria querer fazer depois? Me processar e arrancar uma boa quantia em dinheiro?

— Não quis ser grosseiro. Apenas não preciso do seu dinheiro. Eu tenho o meu — Guardo a carteira novamente, olhando para ele.

— Então deixe eu te dar uma carona para casa amanhã — Tento a minha última gentileza.

— Senhora, estou muito grato por tudo que está disposta a fazer para reparar seu erro, mas não precisa. Estou bem. Amanhã eu saio daqui e pego um táxi para casa.

— Tudo bem então — Não vou ficar aqui perdendo o meu tempo com esse ser — Este é o meu número, me ligue se precisar de algo.

— Como vou pegar minha moto? — Ele pergunta quando viro de costas. Me viro novamente para ele.

— Me passe uma mensagem que eu irei mandar o endereço. Não tenho aqui agora — Explico e ele assente.

— Ok — Ajeito a alça da minha bolsa mais uma vez e encaro seu rosto.

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