Samantha
Fria, implacável e absurdamente bonita. A bela morena de olhos azuis, não costuma deixar nada entrar em seu caminho. Vê em Manoel um funcionário em potencial. Um cara de ideias autenticas que sempre vai contra suas ordens. A deixando comple...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu nem sei como consegui seguir até o Hospital depois de ter resolvido tudo com a polícia e com o seguro. Eu ainda estava em choque. Torcendo para que o homem sobrevivesse e não ficasse com nenhuma sequela.
Fiquei na sala de espera até que ele fosse transferido para um quarto. Depois de duas horas, enfim me liberaram para visitá-lo. Quando o vi pela porta, sendo medicado pela enfermeira, fiquei impressionada com seu porte físico. O cara não era nada mal, mas estaquei na porta ao ouvir suas palavras.
— Ela não fez menos do que a obrigação dela, como cidadã — A enfermeira me olhou e ficou sem graça. Que mal-agradecido.
— Já acabei aqui. Pode entrar, senhora — Ela saiu e eu entrei.
— Como você está? — Mantive a voz séria.
— Bem. Só foram uns arranhões — Chego até sua cama, inspecionando seus machucados. Eram poucos.
— Fico feliz que esteja bem. O médico disse que você terá alta amanhã as 11h00 — Falo com o máximo de empolgação que consigo. O que não é muito.
— As 11h00? Eu tinha um compromisso as 10h00 — Ele está nervoso.
— Não consegue remarcar? — Pergunto, como quem não quer nada. Como se isso me interessasse.
— Eu vou tentar, mas acho muito difícil. Era uma entrevista de emprego — Ele confessa chateado.
Abro a minha bolsa e pego a carteira.
— Sua moto está no meu mecânico de confiança. Irei pagar todo o prejuízo. Aqui está o suficiente para se locomover de táxi até... — Sou cortada por ele.
— Guarde seu dinheiro. Eu não preciso — Quem esse idiota pensa que é?
— Só estou tentando fazer minha parte — Digo perdendo a paciência. O que ele iria querer fazer depois? Me processar e arrancar uma boa quantia em dinheiro?
— Não quis ser grosseiro. Apenas não preciso do seu dinheiro. Eu tenho o meu — Guardo a carteira novamente, olhando para ele.
— Então deixe eu te dar uma carona para casa amanhã — Tento a minha última gentileza.
— Senhora, estou muito grato por tudo que está disposta a fazer para reparar seu erro, mas não precisa. Estou bem. Amanhã eu saio daqui e pego um táxi para casa.
— Tudo bem então — Não vou ficar aqui perdendo o meu tempo com esse ser — Este é o meu número, me ligue se precisar de algo.
— Como vou pegar minha moto? — Ele pergunta quando viro de costas. Me viro novamente para ele.
— Me passe uma mensagem que eu irei mandar o endereço. Não tenho aqui agora — Explico e ele assente.
— Ok — Ajeito a alça da minha bolsa mais uma vez e encaro seu rosto.