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Dia seguinte {...}

—1, 2, 3... — Gaten começou a contar e todos nós saímos correndo para se esconder

No meio da tarde, em um parque, seis adolescentes estavam brincando de esconde-esconde. Que mal tem?

Minha tarde estava ótima, desde o momento que os garotos foram me chamar para passar o tempo com eles. Mas na verdade, seria melhor se Sadie não fizesse de tudo para me excluir da conversa toda voz que eu abrisse a boca. Eu realmente estava tentando deixar a infantilidade de lado para se tornarmos amigas, mas ela não estava colaborando.

Fiquei sem saber onde me esconder. O parque era grande, e não tinha muitos lugares. Já estava ficando nervosa, então praticamente voei para onde tinha uns brinquedos, para subir na casinha do escorregador.

Nós estávamos na grama desde que chegamos, e Gaten estava contando lá, e onde eu fui me esconder era meio longe, então eu com certeza não estava fácil de ser encontrada.

Para minha surpresa, já tinha alguém lá. Era Finn. Ele estava sentado, e parecia pensar longe. Se assustou quando me viu.

—Droga, vou ter que procurar outro lugar — Falei já começando a descer as escadas novamente

—Não! — Ele foi imediato — Quer dizer, pode se esconder aqui comigo...

Sorri, voltando a subir e me sentei do seu lado. Meu coração já quis acelerar, só pelo fato de estar tão próxima dele, mas me controlei.

—Estamos bem escondidos aqui — Ouvi sua voz, mas não olhei. Com certeza iria ficar com mais vergonha do que já estava

Era a primeira vez que ficava totalmente sozinha com ele depois do beijo no dia do baile. Lembrar disso me deixou ainda mais nervosa. Mas talvez, lá no fundo, eu amaria se aquilo acontecesse novamente, ali.

—Bom, eu estava pensando... O que acha da gente ir tomar um sorvete amanhã?

Virei meu rosto para olha-lo, e percebi que nós estávamos próximos demais. Eu poderia sentir sua respiração. Fiquei sem graça com isso, e voltei a olhar para frente. Não pude deixar que um sorriso aparecesse em meus lábios.

—Hã... Nós, e o resto do pessoal, é claro.

—Eu topo — O olhei novamente

Reparei em seus cachos levemente bagunçados, como eram lindos e combinavam perfeitamente com ele. Aqueles cachos que eu tinha tanta vontade de fazer carinho.

Não sabia explicar, mas parece que nossos olhares estavam totalmente conectados. Minha respiração começou a pesar, e eu ficava cada vez mais nervosa. Ainda mais agora, que eu não conseguia virar meu rosto, não conseguia deixar de olhar em seus olhos. Eu só queria congelar aquele momento.

De repente, seu olhar desceu para minha boca, o que me fez se arrepiar um pouco. Estava com medo de suar frio e fazer ele perceber o quanto eu não consigo controlar minhas emoções quando estava perto dele.

Senti sua mão encima da minha, e um choque passou por todo meu corpo. Foi uma sensação estranha, mas boa. Nossos rostos ficavam cada vez mais próximos, e eu estava ao máximo controlar minha respiração.

Meu coração? Rasgando para fora do peito. Eu só queria saber se ele estava do mesmo jeito que eu, pois não queria me sentir uma idiota apaixonada. Sim, apaixonada.

Com nossos lábios a centímetros de distância, ouvimos uma movimentação, e se assustamos. Eram crianças subindo ali para descerem no escorregador.

Depois disso, senti minhas bochechas queimarem de vergonha. Olhei para o lado oposto que ele estava, e tentei não agir como se quisesse desaparecer naquele momento.

All These Years • FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora