IV

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LEIAM AS NOTAS FINAIS! E DESCULPEM QUALQUER ERRO.

A noite estava silenciosa, parecia que até mesmo os animais pressentiam que algo estava errado, e claro que está. Ele conseguiu levá–la e, sabe–se lá mais quem está preso dentro daquele Castelo.

Um vento forte se chocou contra o meu rosto, desarrumando mais ainda meus cabelos, respirei fundo e me sentei no parapeito do prédio, observando as luzes de uma das cidades mais movimentadas de Andrômeda, a Capital, e no centro de tudo o Castelo Durak, antigamente uma das moradias dos poderosos Titanus, hoje a sede das piores cobras do planeta, os Lordes.

Os altos muros nos impedem de ver muita coisa, mesmo que apenas alguns dias atrás nós tenhamos conseguido entrar com facilidade. Bufei uma espécie risada. Quão idiotas nós fomos. Caímos bem na armadilha deles, ou melhor, dele, aquele que se intitula o herdeiro do trono e que disse todas aquelas... coisas sobre o que minha pequena irmãzinha é. Só queria entender por que logo ela, e de que inferno aquela praga surgiu.

_Aí está você – uma voz se pronunciou atrás de mim, não precisei me virar para ver quem era, pois ele logo se sentou ao meu lado, voltando o olhar para o Castelo. – Estão todos te procurando... – ele parou por um momento como se ponderasse se continuava ou não – Algumas mais que outros.

Acho que um sorriso surgiu nos meus lábios, mas não sei dizer ao certo, porque algo dentro de mim ainda parece estar vazio, mesmo com tantos pensamentos gritantes na minha mente.

_Eu ainda não consigo acreditar no que aquele príncipe disse – continuou ele depois de um bom momento em silêncio – Parece tudo tão... ficcional pra ser verdade.

_Tony, não precisa se forçar a falar. Não é do seu feitio, é ate estranho você tentar me fazer falar – me virei pra ele e encontrei sentimentos muito fortes sendo transmitidos por seus olhos, a parte mais sincera de todo ele – Normalmente sou eu que falo tanto.

_Esse é o problema, Elric, você não está falando e até mesmo quem te conhece percebe que você está tudo menos bem.

_Não tem como eu estar bem não é? – uma pergunta retórica, que todos sabem a resposta sem precisar ser pronunciada – Tori é minha responsabilidade. E sou o irmão mais velho, eu que comecei com a ideia de ser um Guardião, e mesmo que inconscientemente ela quis a mesma coisa só para me seguir. Prometi aos nossos pais que cuidaria dela mesmo antes dela se quer falar que queria ir pra Ordem, porque eu sempre soube o que ela iria querer fazer. E mesmo assim eu falhei, e sabe–se lá o que está acontecendo lá.

Voltei meus olhos para o Castelo, escutando um longo suspiro dele. Ficamos um tempo em silêncio, o vento ainda batendo furiosamente em nossos rostos, sinal que o frio logo irá chegar.

_Sabemos que ele não fará mal a ela, mesmo que não seja verdade, ele precisa dela viva para que outros vejam nela um símbolo. Então acho que por enquanto podemos ficar tranquilos e fazer a nossa parte daqui e acreditar nela lá dentro. Sabemos que ela sabe se virar muito bem. E mais, já enviaram alguém pra fazer contato com ela, então vamos esperar sim? Se houver qualquer sinal de perigo, eu mesmo invado aquele lugar, sozinho se precisar.

Não duvido. Ri com o pensamento e assenti olhando pra ele, antes de dar mais uma risada.

_Ainda é muito estranho te ouvir falar tanto, volte a ser sério e indiferente para eu poder te irritar – brinquei, empurrando de leve o seu braço. Tony deu um pequeno sorriso de canto.

_Volte a ser o Elric que fala pelos cotovelos para me irritar.

_Fechado.

_Vem, vamos voltar antes que você mate algumas pessoas de preocupação.

Nos levantamos e andamos em direção a saída do telhado, mas antes mesmo que chegássemos perto da porta, escutamos passos rápidos, e com a mesma velocidade eu saquei a arma que estava no coldre da minha cintura e Tony duas adagas de suas botas. Nos posicionamos, esperando, ate que a porta se abriu rapidamente, batendo e fazendo um grande barulho. Mas antes que eu pudesse pensar a respeito, um vulto loiro coou na minha direção e eu comecei a ser esmurrado.

_Nunca. Mais. Suma. Assim. – cada palavra era um doloroso tapa, e se eu deixasse continuar meu braço ficaria roxo no dia seguinte. Ate que ela é bem forte.

_Tudo bem. Tudo bem. Da próxima vez eu aviso – ela me bateu de novo – Tá! Não faço mais isso!

_Obrigada – Skye pareceu satisfeita depois disso, então felizmente pra mim, ela parou e se virou para Tony. – Por que só você consegue achá–lo?

Ele deu de ombros – Alguns meses com esse cabeça de vento e você passa a entender como ele pensa.

Chiei indignado e Skye riu.

_Bom, vamos voltar. Estamos partindo em algumas horas para ir pegar seus pais.

Ah é. Ainda tem isso.

Começamos a descer as escadas com Skye tagarelando algo que eu não me dei ao trabalho de prestar atenção, já que ela começou a falar depois que percebeu minha provável cara de enterro.

Com Tori sendo a possível herdeira do trono, e tendo decidido ficar lá pra procurar os outros Guardiões – principalmente por causa de Serenity, mãe de Skye – que estão presos por "conspirar contra a coroa", decidimos ir atrás dos meus pais e levá–los para algum lugar seguro para evitar que eles se envolvam nisso e/ou sejam capturados e sejam mais alguma coisa pra se usar contra minha irmã. E eu particularmente, não estou muito animado para encontrá–los porque perguntas serão feitas e eu não quero ser aquele que vai dar as respostas.

Segurei no braço do Tony que estava na minha frente, fazendo com que parasse de andar e se virasse pra mim, e antes que eu pudesse pensar muito sobre isso falei:

_Obrigado.

Ele assentiu – Se precisar falar... sabe que sou um bom ouvinte.

Concordei levemente e o soltei. Passei por ele e continuei a descer as escadas, encontrando há alguns degraus abaixo, com uma Skye indignada por ter sido deixada falando sozinha. E enquanto terminava de descer, respirei fundo uma última vez, decidido a deixar minhas preocupações egoístas um pouco de lado, pois ainda existem muitas pessoas que precisam ser salvas, e como sempre, eu sou um daqueles que vai sangrar nas sombras pra fazê–lo, só espero que no caminho eu consiga salvar uma das pessoas que mais importa pra mim.


***


Hey!

Quanto tempo! Sei que eu demorei pra aparecer, mas se vocês seguem Vigilantes nas redes sociais viram meus avisos do porque eu demorar pra postar, mas se não viram, bom, posso dizer que uma série de acontecimentos seguidos me impediram de escrever. Primeiro meu celular estragou, ai depois meu notebook, e então eu machuquei a mão direita, e quando tudo isso se resolveu a faculdade começou a apertar - fora recentemente a falta de inspiração pro cap - mas consegui finalmente escrever esse pequeno cap, do ponto de vista do Elric, mostrando um pouco como ele está se sentindo e o que eles estão fazendo depois que fugiram do Castelo.

Foi uma das primeiras vezes que tentei escrever algo de um personagem masculino e espero que tenha conseguido passar seus sentimentos. Daqui pra frente, teremos outros caps assim e de outros personagens, por isso preciso saber se gostaram ^^

Desculpem por ser pequeno, mas decidi postar algo do que demorar mais, e logo a época de trabalhos passa ai eu fico mais tranquila, por isso, tenham paciência comigo, please.

Vejo vocês nos comentários e no próximo capítulo!

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Bjss da Angel

Guardiões do AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora