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POV Ana

  - Acho tarde quereres esconder filha.- diz o meu pai com um sorriso na cara enquanto o pai do Christian ri. Que vergonha. - Anastácia, por favor, não fiques envergonhada... Desculpa a minha indiscrição. Só que fico feliz por saber que vocês vão tentar entender-se e se me permitirem vou explicar o porquê, apenas o Carrick e a Grace conhecem toda a história e eu gostaria que também vocês a conhecessem.

Saio do colo do Christian e sento-me na cadeira ao seu lado, o Carrick leva o tablet para o que eu penso ser a sala e todos se sentam, o meu pai ajeita-se e começa.

- Eu nasci numa família muito conhecida em Washington, família de politicos, o meu avô já tinha sido senador e o meu pai era senador e claro que esperavam que eu seguisse a politica também,  uma família como costumo dizer, snobe. Sempre tivemos uma vida muito boa e em que nada me faltava, apenas o carinho e atenção dos meus pais. Vim para Seattle estudar ciências politicas e aqui conheci o Carrick e nos tornámos amigos. Quando estava no último ano entraram 2 meninas na universidade, a Grace e a Carla para tirar Medicina, a Grace vinha de familias abastadas e a Carla era bolsista, acabada de chegar do orfanato pois era orfã. Nós 2, como se costuma dizer, "arriámos os 4 pneus" quando as vimos.- rimos todos do que ele dizia. - Claro que quando os meus pais descobriram fizeram um escândalo, como podia ser o filho de um senador apaixonado por uma orfã, inclusive me ameaçaram para eu a deixar mas eu não me importei com eles, voltei as costas á família e fiquei por aqui a trabalhar, e apesar deles fazerem de tudo, desde a inventarem histórias, a aparecer uma noiva que nunca tive, ameaças, não desistimos. Depois deles me deserdarem abri o meu pequeno negócio com algum dinheiro que tinha juntado com o tempo e em sociedade com o Jack, sociedade essa que, devido ás cenas do Jack fui comprando. Entretanto a Grace e o Carrick casaram e eu e a tua mãe preferimos esperar até estabilizarmos. A Grace acabou por descobrir um problema que a impossibilitava de ser mãe e adoptou o Elliot e o Christian, 2 irmãos com 6 e 4 anos  que estavam no orfanato onde a tua mãe foi criada e mais tarde adoptaram a Mia. Quando o Christian tinha 5 anos, quase 6 , a Carla descobriu que estava grávida, foi o meu presente de natal. Ficámos radiantes, até porque a tua mãe estava no ultimo semestre da faculdade e a gravidez não ia interromper o curso dela. O Christian sempre adorou a tia Carla e quando se apercebeu que ela estava grávida depois da ceia de natal aqui em casa só fazia acariciar-lhe a barriga e dizia que a namorada dele estava a caminho. Naquela semana e meia até ela desaparecer o pequeno Chris, como a tua mãe lhe chamava, não largou a barriga onde estava a namorada. No dia 30 de Dezembro descobri que o Jack tinha desviado muito dinheiro da empresa e depois de uma discussão enorme, para eu não apresentar queixa contra ele e ele ser preso, passou-me o resto das acções por um valor irrisório. Naquele dia 3 de Janeiro quando ia com a tua mãe para a vossa consulta, o carro em que seguíamos foi abalroado e capotou várias vezes.  Acordei no hospital 10 dias depois com a tua mãe desaparecida assim como o Jack, que pelas câmaras foi visto no local a sair do carro que nos bateu, a atingir-me com um tiro e a pegar na tua mãe. O que mais me chocou foi que quem veio apanhar o Jack e a tua mãe foi a equipe de segurança  dos meus pais. Enquanto eu estive no hospital o Carrick liderou a investigação e conseguiu uma ordem de afastamento contra os meus pais com base nas imagens e quando acordei e eles me contaram apresentei queixa deles todos e expus o meu pai na comunicação social, que perdeu o titulo no senado e todo o status que tinha. Nunca mais os vi ou soube deles. Nessa altura reapareceu o teu tio Jerry Roach que se tinha perdido da tua mãe quando ele foi adoptado e levado para a Europa e a tua mãe ficou no orfanato. Ele tinha encontrado a tua mãe semanas antes do acidente. Segundo ele, quando foi a procura da tua mãe no orfanato ela já tinha saido , ele acabou por adoptar uma menina que lá estava, a Hanna. Tem hoje uma editora «aqui em Seattle e na altura também ele me apoiou muito e hoje é como um irmão. Tive infelizmente foi de me afastar da casa do Carrick e da Grace pois o Christian apercebeu-se do que se passava e estava sempre a perguntar da namorada dele e da Carla, na altura teve de ser assistido por um psicologo devido á obsessão com que falava delas. Todos estes anos guardei a esperança de encontrar a tua mãe e a ti, apesar de ter receado que tu não tivesses resistido. Com esta esperança nunca me envolvi com ninguém á espera da tua mãe, eu sentia que ainda estariamos juntos um dia. E garanto-te que vou encontrá-la e que o Jack vai pagar por tudo o que vos fez, eu prometo-te. E da mesma maneira que Deus me vai trazer a tua mãe, ele fez com que o Christian te reencontrasse, reencontrasse a sua namorada desde a barriga da mãe. Talvez devido a esse afastamento ele não tivesse logo associado o meu nome, da mesma maneira que bloqueou a Carla e só se lembrou dela ao ver uma foto da altura.

Eu choro, todos na casa dos Grey choram e quando olho para o Christian ele está a chorar enquanto olha para mim. Ele estende a mão para mim e puxa-me para o seu colo, abraçando-me apertado e colocando a sua cabeça no meu peito. Eu acaricio-lhe o cabelo. 

- Vês pequena, és minha desde a barriga da tua mãe. Agora que nos encontrámos é impossível nos separarmos.- diz e beija os meus lábios deixando-me derretida.

- diz e beija os meus lábios deixando-me derretida

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A FugaOnde histórias criam vida. Descubra agora