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POV Christian

Todas estas revelações do Ray fizeram com que uma série de recordações dolorosas me viessem á memória, a sensação de vazio que me rodeava na altura, a sensação de perda, as saudades da Carla. Depois de desligada a chamada ficámos os 2 no escritório, eu sentado com ela no meu colo.

- Ana, posso fazer-te uma pergunta?

- Diz...

- Porquê o meu barco?

- Porque para além de estar aberto, dizia Seattle. Acho que isso me fez entrar como se algo me atraisse aqui.

- Dizemos á Ella? Sobre nós?

- E o que lhe vais dizer?

- Que somos namorados... 

- Decide tu.

- Então eu decido que vamos almoçar.

Subimos á cozinha e a Gail está abraçada ao Taylor e enxuga as lágrimas. Quando nos vê abraça a Ana e continua a soluçar. Eu e o Taylor colocamos os pratos na mesa e deixamos a Gail se acalmar, o Taylor diz-me que lhe contou. Chamei o Sawyer e o Ed para almoçar e sentámo-nos todos á mesa. A Gail traz um tabuleiro com massa carbonara e começa a servir-nos.

Comemos em silêncio, interrompido apenas por alguns soluços perdidos da Gail

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Comemos em silêncio, interrompido apenas por alguns soluços perdidos da Gail. A Ana enrola a massa no garfo sem a colocar na boca, praticamente não comeu nada. O Ed e o Sawyer não percebem nada do que se passa e olham para nós. Hoje nem as saidas da minha princesinha amenizam o ambiente. Assim que acabamos de almoçar a Ana leva a Ella para fazer a sua sesta e eu aproveito e vou com o Ed e o Sawyer para a sala de comando.

- Vocês devem estar a estranhar o clima, desculpem não falar ao almoço mas com a Ella lá não dava.- Contei-lhes tudo o que foi revelado hoje naquele escritório hoje e tudo o que está a ser preparado.- Ed, qual é a previsão de chegada a Nova Yorque?

- Quarta ás 21 horas, mas ás 19 horas podem sair no Helicóptero, chegarão ás 19h45 ao aeroporto. Temos é de ver o horário previsto para chegada do jacto do Lincoln e para onde ele vai para não se cruzarem.- Diz o Ed.

- O ideal era poderem confirmar e fazer a extração da Carla e ela seguir connosco para Seattle. Apesar de que não sabemos o estado em que a mantêm.- diz o Sawyer.

- Depois vemos.- digo.- Eu vou descansar. Esta manhã rebentou comigo. Vocês 2 conseguem tomar conta do barco?

- Sim Christian- diz o Ed- vá descansar.- Saio dali e passo pela cozinha. A Gail está encostada no balcão e noto pelos solavancos do corpo que chora. Vou até ela e toco-lhe o ombro, ela vira-se e abraça-me. Quando se acalma fala.

- Isto é sofrimento demais para esta família Christian. A mãe raptada grávida, levada para outro pais, obrigada a fingir a morte e a deixar a filha que se vê obrigada a fugir para não casar com o padrasto, casa com um desconhecido para ela e tudo com 18 anos... E ainda tem o pai que sofre a 18 anos.... Meu Deus, espero que esta família se reencontre, merecem isso...

- Sim Gail, e nós vamos ajudar nisso tudo. Vou descansar a minha cabeça que está em brasa...

Desço ao quarto da Ella e a imagem á minha frente enche-me o coração. A Ana dorme abraçada à Ella que está com um sorriso nos lábios. Vou até ao meu camarote e deito-me. Tanta coisa hoje deixou-me de rastos.

Acordo passado umas horas completamente revigorado. Subo e vejo a Ana a olhar o mar, chego perto dela e abraço-a.

O sorriso que ela dá quando passo a mão pelo seu pescoço enche o meu coração de um calor que eu desconhecia

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O sorriso que ela dá quando passo a mão pelo seu pescoço enche o meu coração de um calor que eu desconhecia.

- Descansaste meu amor? - Pergunto é ela vira-se para mim abraçando-me.

- Descansei amor

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- Descansei amor.- Diz ela e beija-me forte,  abraçando-me como se a sua vida dependesse disso e mais uma vez somos interrompidos pela minha boneca.

- Diz ela e beija-me forte,  abraçando-me como se a sua vida dependesse disso e mais uma vez somos interrompidos pela minha boneca

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- Agola já são namolados ou ainda não?- pergunta com um meio sorriso e uma mãozinha na cintura, como se nos desafiasse a negar. A Ana esconde a cara no meu peito e dá uma risada.- Estou á espela. - diz e bate o pézinho no chão. A Ana afasta-se de mim e baixa-se á altura dela.

- É mesmo isso que tu queres princesa?- pergunta-lhe e ela bufa.

- Eu já dixe que xim. Até dei o empulãojinho que a tia Gai dixe que tinha de dai.

- Então ganhaste.- diz e olha para mim.- Somos namorados.- diz e a Ella dá um grito e salta para o colo dela e abraça-lhe o pescoço.

A Ana levanta-se com ela no colo e eu abraço-as, oiço a Gail a chamar por ela.

- Ella, onde estás?- entra a correr no convés e pára quando nos vê abraçados.- Ella, queres que a tia Gai tenha um enfarte?

- Não tia Gai, mas o empulãojinho que eu dei fez o papá namolá a Ana, e ela agola vai xê a minha mamã, não é Ana e papá?- A Ana olha para mim e espera que eu responda. 

- Vamos sentar e falar Ella.- Pego-lhe e levo-as para o sofá no convés- Se quiseres a Ana será tua mamã, só que nós precisamos de ter muito cuidado agora, pois tem uns homens muito maus atrás da Ana, e nós vamos ter de protegê-la, está bem?

- Xim papá, eu vou tomá conta da mamã pala os homens maus não me tilá ela. - diz ela e sai do meu colo para o colo da Anae abraça o seu pescoço. - Agola eu tenho uma mamã boa...

Abraçamo-nos os 3 e mesmo sem querer uma lágrima rola da minha face por ver as minhas pequenas felizes. Agora tenho de manter as 2 felizes e protegidas, mas protejo-as com a minha vida se necessário. 

A FugaOnde histórias criam vida. Descubra agora