O que você faria caso se apaixonasse por um herói?
Sim, esses das histórias em quadrinhos e dos filmes.
Mas e se você também apoiasse os vilões?
Suzan Quill sente que está cada vez mais ocupada com as funções de sua família e isso acaba a privando...
“Cada vilão tem um propósito, Cada herói tem sua fraqueza.”
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Suzan Quill
Tim Burton certamente é meu artista favorito. Suas obras melancólicas e pesadas são reflexões complexas do cotidiano. O horror de seus personagens me fazem querer ter uma perspectiva parecida.
Não estou comparando minha vida com a do Jack Skellington, por exemplo. Estou apenas citando que, se eu pudesse escolher entre qualquer universo cinematográfico, eu escolheria o dele.
Noivas cadáveres e caveras falantes sim, posso chamar de ídolos. Heróis que voam esbanjando seus poderes por aí são fracassados, principalmente os de armadura, portanto, para que idolatrá-los? A polícia por si só sempre fez um ótimo trabalho por todas essas décadas e atualmente os artefatos radioativos e místicos que tanto falam nas televisões, são culpa dos próprios mocinhos em que os adolescentes veneram. Se eles não tivessem feito certas experiências ou aberto portais, enfim, que seja, qualquer coisa que não é classificada desse mundo, é culpa deles. Eles não fazem mais do que a obrigação, afinal tudo isso só acontece com suas falhas.
O ser humano constantemente inventa coisas para evoluir e isso sempre existiu, mas não até esse ponto.
Enquanto estou voltando para minha cidade natal, aqui, dentro deste avião, anoto dados importantes em minha atual agenda. Endereços, funções e primeiros passos que darei ao chegar em Queens, está escrito aqui.
Não fui despejada pelos meus pais, mas, agora com dezoito anos, preciso fazer o que é tradição dentre nossa família: entrar para a Hidra.
Essa organização é o contrário do que pensam por aí. Ela não faz as coisas ruins acontecerem, apenas tentam acertá-las, corrigi-las.
— Uma nova guerra civil está acontecendo e as únicas informações que temos agora é a que o governo está nos disponibilizando. — ouço pelos fones o que está passando na mini televisão do banco do passageiro. — Identificamos um novo homem-aranha de acordo com essas fotos que registramos. — iniciam a frase e eu desligo imediatamente.
Minha cabeça já é ocupada demais com tantas histórias e registros de novos atos heróicos, afinal ouvi falar disso durante a minha vida toda.
Ironicamente, minha profissão dos sonhos é ser jornalista. Acho muito bonito e valioso o que fazem, que é passar as informações para as pessoas.
Com todos esses fatos sobre mim, decidi fazer a faculdade para isso. Gosto de tudo que eu puder absorver e aprender, e, é claro, não estou incluindo os vingadores nessa lista.
Ainda faltam muitos minutos para chegar nos Estados Unidos e opto por dormir nesse meio tempo.
Peter Parker
Combater o mal é uma missão divertida, atraente.
Hoje de manhã o meu sentido de aranha começou a se pronunciar e senhor Stark me explicou o motivo. Uma nova guerra civil estava se iniciando e, desta vez, sinto como Lincoln estava certo. Essa nação foi concebida para todos exercerem sua liberdade e serem criados iguais, sem indiferença, porém, atualmente, o governo da América tem nos forçado a revelar nossas identidades, algo parecido com o que houve a muitos anos atrás, mas com uma diferença: querem que nos revelem para a mídia.
Isso renderia muitos dólares para a população empresarial capitalista, afinal é com esse objetivo que eles trabalham, entretanto, isso diz respeito a nós e eles não podem nos ordenar a assinar esse maldito papel. A princípio, sou um dos aliados do Tony e esse fato me obrigou a concordar com isto mesmo que, infelizmente, fosse contra aos meus pensamentos.
Na nossa luta com o Capitão América e seus aliados, os repórteres me flagraram com seu escudo, gravando e postando no YouTube e outras redes sociais. Meu avô sempre teve o maior cuidado para isso não acontecer e, agora, sinto que falhei na responsabilidade.
Tony Stark matou um herói nesta batalha. Sua atitude fez com que boa parte parasse de brigar entre si e finalmente minha ficha caiu. Aquilo estava sendo muito errado e, como consequência disso, tirei o dispositivo de rastreador do uniforme e entreguei de volta para ele, que, agora, é meu ex chefe. A imprensa não registrou este acontecimento devido, é claro, ao suborno.
Não pretendo mais trabalhar com grandes nomes heróicos assim, então provavelmente não me juntarei com o Capitão. Me sinto um pouco culpado com isso apesar de não ter sido eu quem matou alguém, mas era eu que até então o apoiava. Nunca mais quero esta sensação.
Voltarei aos trabalhos locais; pela vizinhança, do mesmo jeito que sempre foi e que sempre terá de ser, pelo menos até se lembrarem do porquê são taxados de heróis.
Focarei nas minhas próprias ideologias e instintos ao lutar contra o crime.