sou tão acostumada com os fatos do cotidiano que nem vi quando você chegou, confesso que nem notei sua presença quando entrou pela porta, você ficou ali, sem que eu notasse, mas mesmo assim, continuou ali, não foi embora e esperou, até que eu visse você e assim que deixei meus olhos te percorrerem da cabeça aos pés, eu soube que você iria me bagunçar. No primeiro momento, quis manter distância, não queria me machucar mais uma vez, mas aos poucos, vi que, talvez valesse a pena, talvez sua bagunça fosse algo gostoso, talvez você até ficaria para me ajudar a me arrumar, depois de muitas tentativas, tudo foi se encaixando, tudo começava a dar certo, a gente se bagunçava e se arrumava juntos, assim como bagunçavámos a cama e a arrumávamos juntos, nós passamos a beber juntos e a chegarmos chapados em casa rindo alto, incomodando os vizinhos tarde da noite, passamos a ver filmes juntos, mesclando nossos gostos, passamos a rir juntos, a viver juntos, passamos a ser um só e, a cada nova bagunça que você fazia em minha vida, mais gostoso era, pois daquela vez, eu tinha a total certeza de que você não iria embora, a cada noite que dançávamos na sala de estar, eu tinha a certeza de que ficaria, a cada vez que me fazia sorrir, a cada vez que fazia eu me sentir única, a cada vez que me escrevia um novo poema, a cada vez que quis ser um só junto a mim, eu tive a total certeza, de que você jamais, de maneira alguma, iria me deixar.
- Jade Luiza
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A Arte de Amar
PoesíaDesenho por: Renata Gabrielly "...eu não quero precisar de outra pessoa e, por mais egoísta que isso possa parecer, eu acredito que, para se juntar a alguém, primeiro você tem que estar junto de si mesmo." me abri escrevendo e assim me fiz mais gent...
