Capítulo Dezoito

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Hailey Lockwood

Henry me põe no banco traseiro do carro e se acomoda ao meu lado. Deito a cabeça em seu ombro aos prantos e ele alisa minhas costas com cuidado. Não sei quando exatamente, mas caio no sono de tanto chorar e quando acordo meu irmão está me tirando do carro.

- Eu ando... - Aviso saindo de seus braços e ele apenas me apoia. Meu pai anda ao nosso lado com Daniel e um pouco mais distante a tal Claire. - De quem são esses carros?

- Não tenho ideia... - Daniel avisa nos olhando. - Hailey fica aqui com a Claire, vamos checar primeiro.

- Nada disso. - Aviso irritada. - Não tente Daniel, hoje eu não to afim de te obedecer.

Apresso os passos e eles me acompanham, papai entra na frente e acena com a cabeça para continuarmos. Assim que chego na sala vejo minhas cunhadas sentadas em um sofá, Vicenzo e Enrico no canto em pé e no outro sofá vejo um senhor de uns sessenta e poucos anos, muito elegante, ao lado de Marjorie.

Ela fica em pé assim que me vê e instintivamente caminho em sua direção e ela me abraça fungando e só então noto o quanto ela está segurando o choro e isso me faz desabar.

- Eu sinto muito Hailey, isso não deveria te atingir de nenhum modo. - Ela sussurra ainda abraçada a mim. - Vou tirar você daqui!

- Eu não vou a lugar algum sem seu irmão. - Aviso me afastando e todos me olham. - Marjorie meus filhos precisam do pai, mas é mais que isso. Eu preciso dele, não posso deixa-lo aqui.

- Uma bela moça! - O senhor sorri se aproximando. - Meu neto escolheu bem a mãe dos meus bisnetos.

- O senhor é Dimitre? - Pergunto por garantia e ele assente. Sem pensar duas vezes dou um tapa com toda minha força em seu rosto e todos me olham surpresos. - Isso é por enfiar seu neto no meio dessa sujeira... - O homem me olha sem reação e respiro fundo antes de esticar a mão pra ele. - Hailey Lockwood, é um prazer.

- É mesmo um prazer? - Ele pergunta calmo e assinto.

- Desculpe, são os hormônios, eu estou grávida de dois bebês, o pai deles está com um bando de doentes violentos e eu estou morrendo de fome! - Explico chorosa e ele sorri

- Sem problemas querida. - Ele avisa calmo. - Não se preocupe com o John, eu vou trazer ele pra casa ainda hoje!

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John Walker

Assim que entro no carro ele amarra uma venda em meus olhos e me algema. O trajeto é longo, cerca de quarenta minutos, no que parece ser uma estrada de terra. Assim que o carro para alguém me puxa pra fora e me leva até uma cadeira. Sinto quando amarram meus braços atrás do corpo e meus pés aos pés da cadeira.

Logo Giovanni puxa a faixa e pisco algumas vezes para me acostumar com o ambiente. Olho ao redor e noto que estamos em uma espécie de galpão abandonado. O lugar é sujo e tem cheiro de mofo. Ao redor vários homens em pé e Giovanni sentado em uma cadeira a minha frente.

- Que ato heróico Romanov, pena que foi extremamente burro! - Ele murmura sorrindo. - Primeiro quero algumas informações bem importantes...

Sobrevivendo ao Amor - Série:AMORESOnde histórias criam vida. Descubra agora