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Depois daquela sexta - feira trocamos contatos , e não tô falando em relação a Amanda e sim a Miguel, ( confesso, peguei o número de Amanda também) , a gente passava horas conversando no celular, rindo de comentários absurdos e engraçados. E nesse exato momento eu estava no meu trono mandando mensagem pra ele.

_Acabei de fazer cocô.

Miguel digitando.....

_Eu também, cocôzeira.

Paola digitando....

_ CAGÃO;

_CAGONA.

_ CHEIO DE VERME.

_PUXEI A VOCÊ.

Na véspera de natal meus pais resolveram chamar a família de Amanda e Miguel para viajar conosco, já que minha avô tinha duas casas na ilha resolvemos passar o natal neste lugar, eu e Miguel estávamos muito ansiosos para se ver, eu já tinha dado um apelido para ele e visse versa, o meu era Dory por ser muito esquecida de tudo, absolutamente tudo, fiquei feliz com esse apelido, já que sou fã de desenhos animados e filmes, além disso eu me gabava por saber todas as músicas da disney. O dele era dálmata  e não tinha envolvimento com a disney e sim com as mil e unas pintas e sinais no corpo dele , que aliás,  eu acho lindo, só que nunca contei isso a ele, a gente tinha criado uma linha de raciocínio para se comunicar e isso se resumia aos apelidos ofensivos, porém os que  a gente tinha criado exibia um certo carinho, pelo menos da minha parte, e é claro motivos da nossa personalidade e características (  tudo como uma boa desculpa). Nossos pais se encontraram no embarque e no carro de Miguel tinha vindo dois primos dele parte materna, um se chamava Adriano que eu puxei o saco de Miguel pra ser meu cúpido, e a outra era Natália que conseguia ser mais tímida do que Miguel. Enchi o saco de Miguel até a casa na ilha pra me ajudar com Adriano e ele me deu a triste noticia que Adriano namorava.

- Namorar é de família agora né!?. - Ele sorriu fraco e percebi que ele queria me contar algo.

- Oque foi , jumento?

- Eu terminei com Vitoria. - Olhei brava para ele. - O que foi?

- Conversamos todos os dias e você não me disse isso. - Ele suspirou e coçou  a cabeça.

- Queria falar pessoalmente. E foi antes de vim pra viagem de natal.

- Vai me contar o motivo?. - Ele sorriu  e disse que não. -Tudo bem, até a noite eu descubro a verdade . - Toquei no nariz dele e fui comer.

Peguei meu lanche e sentei no assoalho da casa que estávamos na ilha, Amanda só falava com o macho no celular e dormia em qualquer horário, e nesse momento ela estava dormindo, enquanto eu reclamava do gosto  musical de Miguel e limpava minha boca depois de comer algo que não me recordo oque era.

- A gente se parece muito, porém você é a unica pessoa que não conhece a musica velha infância. - Ele fechou a cara.

- Eu conheço só não sei cantar.

-Então você não a conhece. -  Eu sorri.

- Pelo menos eu lembro de tudo , inclusive o que você comeu neste instante.

- Eu também lembro. - Ele levantou uma das sobrancelha e eu fui a procura da última coisa que meu paladar tinha. - Foi pão com queijo.

- Pão com frango. - Ele riu e segurou o meu rosto,por uns segundos achei que ele iria me puxar e me beijar, aqueles lábios super rosados e desenhados que se afastou bem mais pra longe e deixou um sorriso escapar em forma de riliação com a minha cara, e me deixou morrendo de vontade de ser beijada, beijaria até os dentes dele se ele quisesse também.

Sorte no amor, azar na escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora