Sorte no amor, azar na escolha

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Cheguei na pousada bem cedo para não pegar fila ou algo assim, e também pelo fato de que eu vim de pantufas , então vim o mais cedo que pude para usar minhas pantufas sem preconceito da sociedade.
Cheguei no balcão e o recepcionista já estava me olhando com um outro aberto e outro fechado, acho que ele estava tentando entender minha nova moda.

- Bom dia . - Ele deu um pulo de susto quando eu berrei.

- Bom dia, senhorita. Meu nome é  Bruno - Sorri para ele. - Você já reservou?

- Sim. Com Carlos, um homem no telefone.  - ele me olhou e começou a teclar no computador.

- Achei sua reserva, Paola. Quarto 3.

- Obrigada.  - Ele assentiu e veio me ajudar com duas malas, entramos no quarto ao qual tinha o meu número de sorte e dei uma gorjeta a ele. - Não se acostume,  não sou rica.

Ele sorriu e saiu do quarto, me joguei no chuveiro e lavei meu cabelo que estava com um odor de suor, sair do banho e me vestir com intuito de conhecer a ilha onde eu estava. Desci as escadas da pousada e o Bruno perguntou se quero um mapa ou um guia turístico, porém neguei e já que a pousada era conhecida qualquer pessoa me ajudaria se eu me perdesse. 
Sair da pousada e fui caminhando pela trilha colorida que tinha no chão e ficava besta com as placas que se dirigiam para pontos específicos,  depois de tomar um suco da região eu encontrei uma loja de cachorros, e não resistir e tive que entrar, logo encontrei um salsicha vendendo e queria até levar e colocar o nome de salsicha 2. Sorri com meu pensamento e lembrei que eu e Miguel que tinha um desejo enorme de ter um salsicha,  e  os nomes que ele queria era pior que os meus:

*Linguiça,  xorissa, jandira e paola.

Sorri ao lembrar que ele queria colocar o meu nome porque dizia que quando tivesse com saudade de me ele olhava pra cachorra e diminuiria um pouco.

- Aí. - Sair dos meus pensamentos quando acabei me batendo com um muro alto, na verdade era um homem alto de costas que quando se virou tapou o sol,  e não foi com a peneira.

- Desculpe, eu estou perdido, procuro a pousada três Marias.  - O homem não tirou os óculos para mostrar educação e eu também não tirei para mostrar implicância.

- Eu estou nessa pousada,  posso te levar.

- Obrigada, mulher estranha e baixinha . - ele sorriu.

- Ótimo jeito de querer ajuda, me chamando de estranha. -Sorri e tirei meus óculos escuros. - Meu nome é Paola. 

- Você aqui!!!!?. - Ele tirou os óculos e pude ver seus belos olhos, era Miguel, minhas pernas ficaram bambas,  varas verdes, ódio e amor bateu com tudo, fazendo umas gostas cair dos meus olhos.

- Depois de quatro anos veio me atormentar?

- Nunca. - Ele diz sério. - Troco até de pousada se você quiser.

- Eu irei trocar, não se preocupe. - Digo querendo tomar toda a razão para mim.

- Não, eu troco.  - ele disse, eu o olhei e suspirei fundo e disse.

- Te levo até lá,  só finja não me conhecer.

- Impossível prima, prima que me magoou.  - Gargalhei.

- Quem sumiu foi você!. - gritei , quando ele ia berrar, um guarda chegou perguntando se Miguel tinha me roubado algo, ou ofensas eu disse que tinha roubado, antes mesmo de eu dizer que Miguel roubou apenas meu coração a um certo tempo, o guarda começou a levar Miguel para delegacia. - Desculpe seu guarda,  foi um mal entendido, me expliquei de forma errada.
Fiquei umas meia hora explicando o guarda e tendo que na cara dura dizer  o quanto eu ja amei Miguel,  isso me deixou bem envergonhada. Logo quando tudo foi resolvido eu prometi pagar um sorvete pra Miguel como desculpas por quase ir preso.

-Cumpra agora.

-Não,  já basta ter que levar você na pousada.

- Você ama comer, vai negar? - olhei séria para ele.

- Só porque já me conheceu, não quer dizer que sou a mesma menina, não tente adivinhar as coisas que eu gosto ou ainda gosto. - Suspirei. -  porém vamos tomar o sorvete. - ele sorriu e corremos pra sorveteria.