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– Se você for no último show da turnê, eu paro.

– Não vai  rolar.

– Então eu vou continuar...

– Vamos apostar. Se eu te ganhar no xadrez, você some da minha vida e não fala mais comigo.

– E se eu ganhar?

– Você não vai ganhar. – ela sorriu confiante.

– Você é muito prepotente mocinha. – sorri. Eu gosto do jeito dela – Se eu ganhar, você vai no último show comigo e me deixa te levar pra jantar.

– Tá bom, você não vai ganhar mesmo. – apertamos as mãos

– Veremos. – eu falei

– Eu vou só comer e a gente faz uma partida.

– Eu também vou comer. Vamos comer juntos. – afirmei

– E se eu não quiser?

– Você não tem escolha. Eu ainda posso te perseguir.

O elevador nos deixou no deck e nós fomos pro restaurante do hotel. Fizemos nossos pedidos.

– Você já deve ter percebido que eu não gosto de você. – ela falou.

– Sim, percebi.

– Então pra quê isso?

– Eu gosto de te ver irritada. Você fica fofa tentando parecer maior. – eu ri.

– Meu tamanho é normal, sou até alta, você que parece uma girafa.

– É menor do que eu e pronto!

– Você quer ficar comigo? – foi direta.

– Talvez. – a desinibição dela me deixava mais atraído – Se você me beijar eu não vou reclamar.

– Desiste. – ela sorriu olhando pro nada – Tem um monte de garotas morrendo por você.

– Nenhuma delas é que nem você.

– Você só me quer porque eu te desprezo. Eu sou apenas um desafio pra testar sua virilidade. – ela falou sem expressão.

– Pode parecer que é isso, mas não é. Você é linda, tem um corpão, é o que eu gosto. Eu quero ficar contigo, porque você é gostosa. – eu ri e ela também, só que ela riu ironicamente. Talvez ela quisesse me matar.

– Você é ridículo.

– Eu já entendi que eu sou um cuzão pra você, não precisa continuar me ofendendo.

Sim, a gente estava flertando, mas em momento nenhum ela deu esperanças, pelo contrário, ela deixava claro que não queria absolutamente nada comigo.

Terminamos de comer e ela me levou pra cobertura, onde estava hospedada.

– Senta aí que eu vou pegar o tabuleiro.

– Você não tem medo de eu tentar qualquer coisa? – ela olhou bem pra mim e arqueou a sombracelha.

– Você não é maluco. Eu não vou ter medo nenhum de te denunciar.

– Foi só uma pergunta. Eu nunca faria nada contra você ou qualquer outra pessoa.

– Eu sei. – ela entrou no quarto e pegou o xadrez.

Eu não sou o melhor jogador, mas eu sei as regras. É suficiente.

Montamos o tabuleiro e começamos o jogo. Obviamente, ela estava me ganhando, já tinha me dado "xeque" mil vezes, mas eu estava resistindo. Eu não podia perder aquela aposta, mas eu só tinha um bispo, um cavalo e o rei.

Eu estava pensando em uma jogada quando ela disse que ia ter que atender uma ligação. Foi aí que o meu lado ruim entrou em ação. Eu mexi algumas peças dela sutilmente, pra que ela não percebesse. E movimentei meu bispo.

– Voltei.

– Sua vez. – ela não fez questão de ficar olhando o jogo e moveu justamente a peça que eu queria.

– Xeque. – então eu comi o peão que estava na direção do rei e ela comeu meu bispo, exatamente como eu queria. O rei dela estava exposto.

– Xeque-mate. – derrubei seu rei com meu cavalo.

– Você é bom. – admitiu, pena que não era verdade.

– Vai ser legal te ver no show.

– Eu vou fazer a mesma cara de tédio.

– Não importa, pelo menos, você vai. – ela ficou de pé e eu também.

– Eu não lembro nem do seu nome. – foi andando em direção à porta, pronta pra me expulsar.

– Vou te mandar o ingresso e a passagem. – eu estava saindo.

– Passagem?

– Sim, o show é no Brasil.

– Oi? Eu não vou.

– Não achei que você fosse assim. Não honra suas apostas? – provoquei.

– Eu vou estar lá. – como num passe de mágica, mudou de ideia.

– Eu sei. Tchauzinho. – a imitei lembrando de quando estávamos no elevador e ela fechou a porta com força na minha cara. – Você ainda vai ser minha. – falei alto, tenho certeza que ela ouviu.

Como foi que chegamos a esse ponto? Eu a odiava e agora eu vou levá-la pra um show e pra jantar. Eu tenho a impressão que ela também não me odeia mais.

Por Jade

Já devia ser umas 20:00 quando tocaram a campainha.

espero que não seja o Luke. Se for o Luke eu vou ter que voltar a ser ignorante. Isso cansa.

Pediram pra entregar isso aqui. – era um buquê lindo de flores ornamentais vermelhas e algumas folhas em verde bem escuro. Bem gótico. Eu sabia exatamente quem tinha mandado. – Tem isso aqui também. – um envelope preto com o perfume marcante, forte e gostoso de Luke Hemmings.

– Obrigada.

Coloquei as rosas em um vaso e fui ver o conteúdo do envelope. Tinha um ingresso VIP, uma passagem 1° classe e um bilhete.

" Você ainda vai ser minha. Te vejo amanhã no aeroporto, morena. - Idiota, você sabe. "

Ai caralho, por que é que eu fui apostar?

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Os capítulos ainda estão pequenos, mas é só pra fazer uma introdução. O próximo capítulo já é maior.

XoXo

A Junção De Todas As Cores || L.H.Onde histórias criam vida. Descubra agora