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POV'S MACK THOMPSON

— Mack você foi incrível lá! — Clary falava pela décima vez desde que eu tinha saído da água.

— Clary, segura a minha prancha rapidinho? — Perguntei torcendo meu cabelo.

— Claro. — Ela deu seu maior sorriso. — Aí eu te amo tanto, estou orgulhosa. — Aumentou seu sorriso comigo retribuindo.

— É engraçado, a primeira vez que você me viu surfando, foi a uns dez anos atrás, e você sempre tem a mesma reação. — Eu dei um tempo recuperando meu fôlego. — A reação de como se fosse a primeira vez. — Abri meu sorriso.

— É claro, eu prometi para você, eu sempre vou ser seu apoio. — Ela falou passando seus braços em torno de meu pescoço.

— Eu sei. — Dei um beijo em sua bochecha.

— Minha melhor amiga é a maior surfista feminina da Califórnia. — Ela começou a cantarolar enquanto nós andávamos. — Olha lá. — Ela parou de andar, fazendo eu olhá-la.

Fui seguindo o olhar aonde sua mão apontava encontrando ninguém mais ninguém menos que Justin Bieber.

Ele estava sem camisa, todo molhado saindo da água com sua prancha, obviamente só isso foi o suficiente para arrancar inúmeros suspiros de varias meninas envolta da gente.

Revirei os olhos. Ridículo.

— Eu tenho que confessar. — Clary começou. — Ele é um babaca, mas é um babaca muito gato. — Ela direcionou seus olhos castanhos para meu rosto.

— Ah não, até você? — Fiz uma cara decepcionada.

— Qual é Mack, você pode odiar ele quanto quiser, mas você ainda tem olhos. Ele é muito bonito e é um fato que não tem como mudar. — Ela deu uma piscadela.

— Hora, hora, olha quem temos aqui? — Levantei meus olhos até o rosto do menino mas chato e idiota que eu já conheci - vulgo Justin Bieber. — Mackenzie, estava aqui admirando a minha beleza?

— Não obrigada, só estava passando mesmo. — Dei um sorriso irônico. — Vamos Clary. — A puxei para perto de mim.

Nós saímos andando, mas não demorou muito tempo para eu ouvir a mesma voz num tom mais alto por causa da distância.

— Mackenzie pode confessar que todo esse tempo você sempre teve uma paixão secreta por mim. — Eu me virei para trás para encontrar seu rosto que estava bem distante.

— Claro Bieber, eu tenho fotos suas sem camisa coladas em minha parede, e todo o dia eu beijo a sua foto e rezo para Deus que algum dia isso vire realidade. — Dei o sorriso mais debochado que eu consegui, só ouvindo as risadas de Clary ao meu lado.

Como resposta eu recebi um sorriso e a seguinte fala:

— Não precisa beijar a parede com a minha foto gata, a gente pode fazer isso pessoalmente. — E deu uma piscadela fazendo o Ryan - que eu nem tinha percebido que estava lá - dar uma gargalhada.

— Eu passo Bieber, isso pode ser tão chocante para mim que eu posso entrar em coma, pelo choque emocional. — Nessa fala eu não consegui segurar a risada. — Até mais Bieber.

— Até mais Mackenzie.

— Eu me divirto tanto com vocês dois. — Clary disse.

— Meu ódio por esse menino, só aumenta a cada dia.

— Amanhã começa às aulas, você sabe o que terá que fazer, certo? — Ela disse de repente.

— Como assim? — Falei não entendo seu raciocínio, enquanto isso eu arrumava a minha prancha em meu carro.

— Que as suas notas não podem cair. Você tem que focar em seus estudos.

— Eu sei, eu sei. — Olhei para ela tirando alguns fios rebeldes da minha cara.

— Não, você não sabe Mack! Vamos ser sinceras, nesse momento você só se importa em ganhar a competição de surf, e provar pro Justin Bieber que você é melhor que ele. — Iria abrir a boca para contestar mas ela nem deixou. — Mack, suas notas foram um lixo ano passado, e foi infelizmente por causa do surf! Você conseguiu ganhar a competição feminina ano passado, mas ficou em recuperação em cinco matérias! — Ela me olhou desapontada.

— Ok eu sinto muito! Eu juro que vou me dedicar aos estudos, tanto quanto eu me dedico para o surf, satisfeita? — Arqueei uma de minhas sobrancelhas em sua direção.

— Aham. — Deu um sorriso.

Eu entrei no carro fazendo Clary entrar também, depois de um tempo girei a chave e comecei a dirigir pela as ruas.

— Você soa como minha mãe as vezes. — Eu dei um sorriso fraco.

— Falando nela, como ela está?

— Bem. Ela não tem muito tempo pra falar comigo, ainda mais pelo telefone, então eu não sei muita coisa. — Eu girei o volante fazendo nós entrarmos em outra rua.

— Muito trabalho?

— Aparentemente, ela disse que lá no Japão as coisas não param. — Dei de ombros.

— Hum...

Depois desse diálogo nenhuma palavra a mais foi dita, apenas ligamos o rádio e cantarolamos algumas musicas até a casa de Clary.

— Valeu pela carona. — Ela abriu a porta se retirando do carro.

— Não foi nada. — Abri um sorriso e olhei para o volante.

— Ela não ligou né? — Ela falou repentinamente.

— Ãhn?

— Sua mãe, ela não ligou né, você não falou com ela. — Concluiu.

— Como você sabe? — Franzi o cenho.

— Eu também a sigo no Instagram, idiota. "provavelmente, ela disse que lá no Japão as coisas não param", essa foi a legenda da sua última foto. — Abriu um sorriso fraco.

— Acho que ela só está sem tempo. — Eu falei.

— Me liga qualquer coisa, tudo bem?

— Pode deixar. — A assoprei um beijo.

Depois disso eu apenas girei as chaves e continuei meu caminho até minha casa.

Com certeza será um longo ano.

Taken By The WavesOnde histórias criam vida. Descubra agora