Cap. 2: DIAGNÓSTICO.

38 7 2
                                    

Dezembro/2013.

Eu tinha treze anos quando tudo aconteceu.
E ela? Trinta e sete.
Era uma pessoa incrível, sorria pra tudo e pra todos. Era como se a felicidade transbordasse dela, era surpreendente pra mim. Pois, eu nunca fui alguém muito alegre, pelo menos não internamente, sempre lutei meus próprios conflitos internos carregados de crises existenciais, uma melancolia e tanto para uma garota da minha idade. E isso me soava um tanto irônico, pois alegria sempre foi o significado do meu nome, e foi escolhido pra mim exatamente por isso, então eu sempre me senti no dever de me manter (nem que fosse totalmente superficial) feliz, alegre.
Sempre fui meiga, carinhosa, risonha, e isso mudou muito depois do que veio à acontecer a ela. Mas, mesmo assim, nunca fui como ela, ela era surreal! Pois eu lutava para parecer alguém contente, era uma coisa trabalhosa... E ela simplesmente era.
Eu me lembro que até 2006 a saúde daquela mulher era consideravelmente muito boa. Foi após seu terceiro parto, acompanhado de alguns problemas que deixou tudo uma bagunça!
Depois daí, tudo mudou. Tudo!
Ela passava mal, ninguém sabia explicar o que ela tinha. E por alguns minutos ela parecia sair do ar. Era como se não fosse ela, e quando tudo acabava, parecia que seu subconsciente colocava o ocorrido em um arquivo escondido em sua mente, no qual nem ela tinha acesso. Pois ela nunca se lembrava do que havia acontecido.
Naquele ano, um médico por fim veio à nos dizer que o que ela tinha na verdade, era... Depressão.

Valor Imensurável.Onde histórias criam vida. Descubra agora