Cap. 9: A MORTE.

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Janeiro/2014.

Diabetes.
Era o que ela tinha.
Algo desencadeado por meio de problemas emocionais e até estresse.
E somente no ultimo hospital no qual ela passou que fizeram um teste de glicemia para descobrir.
Já estava alto demais...
Era tarde.
Minha tia que veio com minha avó me contou que sussurou no ouvido dela que cuidaria da gente, filhos dela.
E que ela até se mexeu momentaneamente...
Talvez tenha sido isso que deu forças à ela para se libertar.
Era fim de tarde e todos estavam em casa.
O hospital ligou.
Ninguém me contou na época, mas hoje eu sei. Nenhum hospital liga atoa ou para contar boas novidades, ele apenas pedem para o responsável comparecer ao local. E lá eles avisam que tudo acabou.
Quem atendeu o segundo telefonema foi um primo meu, e eu o vi desligar o telefone e abraçar meu irmão.
Ali eu fiquei sem chão.
Minha avó materna, chorava baixo e assim fez até adormecer.
Mas eu? Eu ficava repetindo que devia ter feito mais por ela, mesmo sabendo que na maioria das vezes dei o meu melhor por ela.
Havia um buraco dentro de mim, literalmente! É exatamente essa a sensação. Um buraco atravessando seu peito, e tudo ali não significava mais nada, eu deixei minha vida girar em torno dela, ela era a minha pessoa, e naquele momento eu queria me atirar de algum precipício e morrer também, só para calar aquele sentimento horrível dentro de mim.

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