Cap. 5: ALERTAS.

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Dezembro/2013.

Eu não imaginava o que estava por vir, talvez eu já esperasse mas não como aconteceu, não tão derrepente.
Eu pedi à ela para irmos para Mato Grosso do Sul e ela aceitou, mas nequele ano, tudo o que almejou era ir ver os seu pais, ela sempre os amou incondicionalmente. E estava muito mexida com aquela viajem.
Eu e minha santa ignorância! Como não pude ver? Aquilo estava acabando com ela!
Tinhamos nos mudado à mais ou menos dois anos da nossa cidade natal. Eu morei doze anos da minha vida lá, foi complicado, mas por conta da insatisfação econômica do meu pai acabamos indo parar em outra cidade, longe da onde vivíamos.
Lembro de implorar à ela para voltarmos, eu sentia falta da minha vovó, minha segunda mãe como assim eu a chamava, e de todas as minhas tias(os).
Ela me dizia que não havia como, e que depois que meu pai juntasse um dinheirinho poderiamos voltar, pois era esse o objetivo.
Mas, eu sei... Ela chorava, trancada no quarto sem que ninguém pudesse ver ela chorava de saudade, e isso acabava comigo, eu não podia fazer nada, meu pai não iria ouvir conselhos de uma menina ingênua.
Ela começou à sentir o corpo travar, isso era incrédulo, alguém tão jovem e já assim? Lembro-me de ter que pedir ajuda à um vizinho por não saber o que fazer, eu estava sozinha com ela. A levamos em um posto do bairro onde aplicamaram uma injeção para dor muscular.

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