Cap. 8: ERA GRAVE.

20 4 0
                                    

Janeiro/2014.

Aquilo não era verdade!
Eu até dizia à minha prima o quanto eu almejava que ela ficasse boa logo, mas as pessoas muitas vezes me faziam entender que ajudar era não atrapalhar. Então eu me mantive distante.
E essa frase me corta o coração até hoje.
Foi a última vez que falei com ela.
Apartir dali, foi muita correria, um empurra-empurra de um hospital pra outro, atendimento ruim, levaram ela em lugares que hoje em dia eu teria gritado e impedido de assim fazerem, mas na época nada me falaram e pouco eu entendia.
Também não estou aqui para julgar ninguém.
Não me levaram para visitá-la nenhuma vez no hospital.
Que droga! Ela não tinha mais tempo e limitaram ainda mais nosso contato!
Quando meu pai havia voltado do hospital para descansar, minha avó materna e minha tia mais velha vieram de São Paulo para Mato Grosso do Sul para vê-la no hospital, foi ai que eu notei que o papo era sério.
Eu perguntava o máximo que eu podia, para tentar saber tudo o que estava acontecendo. Mas quem é que tem coragem de dizer à uma garota de treze anos que a mãe está nas últimas? Deveriam ter, talvez a pancada fosse menor, mas não fizeram.
Já tinham entubado ela, eu nao fazia idéia... Mas hoje sei que esse é o último procedimiento feito, depois disso... É esperar por milagre.
Que droga! Logo eu, que não sabia ter fé, não sabia como usá-la à meu favor como muitas pessoas diziam. "A fé move montanhas".
A minha montanha desmoronou sobre a minha cabeça.

Valor Imensurável.Onde histórias criam vida. Descubra agora