AUSTIN

- 04 -

George

Sempre estive junto aos negócios do reino e sinceramente durante algum tempo quis mesmo ser rei, mas não sou o primeiro na linha de sucessão e agora não sei se pretendo almejar está função. Sei que Austin não está nem aí para o reino, ainda mais agora com a volta de Neiva, se bem me lembro ele tem uma quedinha por ela. Levou até para uma festinha na taverna, se bem que nessa noite eu estava tão entretido com clarindia a mais nova das irmãs tríplice.

Dancei como nunca naquela noite, mas não me lembro onde acordei acho que estava na casa dela, sei que era afastada não lembro muito bem mas parecia ser no meio da floresta longe do castelo não sei ao certo acho que ela usou sua magia para impedir sua localização. Mesmo assim não vou desistir dela. Voltei ao castelo nem sequer lembrei que havia esquecido Neiva na taverna, então fui ao quarto dela para me desculpar Bato na porta e a mesma abre com uma cara de sono.

- o que quer? - Disse pesadamente.

- eu só queria me desculpar por ter te deixado na taverna.

- tudo bem George não te culpo, clarindia é muito bonita mesmo. - Rimos com seu comentário, acho que ela não estava muito preocupada com isso nem deu tanta importância assim. Então nós despedimos mas antes de ir embora ela me pergunta algo que me intrigou.

- e aquelas suas amigas você sabe onde elas moram? - Porque ela queria saber isso.

- Não. Não sei mas acho que a moça que trabalha na taverna sabe.

- tudo bem obrigado. - Disse fechando a porta.

Até eu gostaria de saber assim ficaria mais fácil encontrar clarindia, acho que seja bem difícil para elas se mostrarem assim para todo mundo.

Caminho pelo corredor até meu quarto abro e tenho a linda visão da minha cama ultimamente é o lugar mais tranquilo onde pode se estar, levando em conta todos os acontecimentos recentes. Sinto que aquele não foi só um simples treinamento. Mas não quero pensar nisso agora. Vou na casa de banho tomo um bom banho relaxante, volto com a toalha em volta da cintura, e vejo uma das empregadas a arrumar o quarto ela parecia bem tranquila mas quando percebeu que eu estava sem roupa fez uma cara assustada.

- minhas desculpas vossa alteza. Não sabia que já havia retornado. - Disse constrangida. Não sou de notar muito os empregados pois no castelo tem muitas mas ela era realmente bonita e atraente.

- como é mesmo o seu nome?

- Dorothy, vossa alteza.

- Dorothy, sim um lindo nome, e não precisa se desculpar. - Ela sorriu envergonhada saindo logo em seguida.

Linda moça, mas não sou disso ou sou? Enfim não sei. Termino de me vestir e deito-me para dormir o sono dos sonolentos...

Acordo com uma pessoa em meus pensamentos Clarindia. Faço minhas higienes matinais e corro para a cozinha eu devia comer na sala com todos mas não estou no clima então me sirvo de pão e queijo uma salada de frutas e suco natural de morango, frutas sempre são bons nutrientes, só não gosto quando os serviçais ficam me observando e fazendo reverências, até parecem que não estão acostumados a me ver aqui. Termino meu café da manha pego meu cavalo mas antes de sair escuto uma voz era a mamãe.

- oh céus, que mania essa de adivinhar que estou à sair?!

- claro e sempre chego na hora certa. - Rimos com a situação.

- e para onde pretendes ir?

- calma mãe só estou indo ver alguém na taverna.

- aquele lugar de novo!-  Diz sem ânimo. — Sabes o que penso sobre aquele lugar não é?

- sim mãe já sei é um lugar para bêbados e conspiradores.

- e se você não é um bêbado vais conspirar contra quem?

- contra ninguém pode sossegar. - Ela sorriu me dando um leve beijo na testa me despedi seguindo caminho pela floresta até chegar na cidade em direção a taverna entrando na mesma, e como imaginei Clarindia já estava lá sentada em uma das mesas o movimento estava fraco na taverna e assim que ela me notou chamou com uma das mãos.

Fui até a mesa em que ela estava sentando na mesma. Ela bebia um vinho e logo pedi para trazerem um para mim também, a moça trouxe e logo se foi...

- então o que desejas falar comigo príncipe George? - Disse bebendo um gole de vinho.

- sim Clarindia eu gostaria muito de saber porque não me lembro do caminho que fizemos até sua casa? Mas me lembro de ter estado lá?

- ah, sim a noite da festa. É simples meu caro príncipe você estava muito bêbado e como não sabia para onde seu irmão havia ido, te levei para minha casa. E como sabes minhas amadas irmãs não gostam de visitas.

- sim sei elas já me disseram isso muitas vezes.

- e é por isso que encobrimos seu rastro e silenciamos um pouco a sua memória.

- você não poderia ter feito isso.

- sim eu sei mas é assim, eu não poderia ter te levado para o castelo.

- eu sei, mas os reis aceitam vocês, tanto que são as melhores bruxas de todo o reino.

- será mesmo?- Disse duvidando. Claro que eram e livres pelo menos no nosso reino.

- sim não quero mais falar disso. - Disse mudando de assunto mas antes que pudesse falar algo, a dona da taverna da um comunicado.

- hoje teremos a roda de canções, então quem se sentir animado para cantar sintam-se a vontade. - Disse voltando para o que estava fazendo enquanto algumas pessoas ficam em um burburinho. Vi que os olhos de Clarindia brilharam ao ouvir tais palavras cantar de certo era uma das suas coisas prediletas.

- você se importa se eu cantar?

- de modo algum fique a vontade. - Ela foi para um lugar na frete das mesas e começou a cantar:

Com magia e com amor
Esse é o nosso acordo
Natureza toda em flor
Para o dia todo

Uma luz que vem do céu
Guiando seu guerreiro
Que sem querer nasceu
Nasceu um feiticeiro
Que sem querer nasceu
Nasceu um feiticeiro
Que sem querer nasceu
Nasceu um feiticeiro

Ela cantava tão lindamente, tão profundo e a cada música que cantava eu me encantava ainda mais por ela...

Continua...

Apenas um pouquinho da vida de George e seu amor por Clarindia.