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Irídia

Todos procuram nossa ajuda por que acham que somos grandes bruxas e por isso temos que saber tudo a toda hora e todo momento. Mas antes de sermos bruxas muitos esquecem que também somos pessoas comuns e normais. Moramos em uma casa toda feita de madeira com um aspecto envelhecido por fora mas por dentro é linda e aconchegante, escondida na imensidão da floresta de Terrier.

Longe de todos aqueles que nos desejam fazer mal.

Temos sentimentos como toda e qualquer mulher. E talvez por isso eu e minhas irmãs as vezes nos esquecemos e acabamos trazendo homens até a nossa humilde morada, claro que isso muitas vezes foge do controle e temos que apagar partes de suas memórias. E claro que não deveríamos nós envolver em problemas da realeza mas Clarindia a mais nova insiste em namorar o príncipe George. Não que eu discorde só acho que não deveríamos nos envolver tanto assim com os problemas reais.

- é mas vive ajudando a tal Neiva não é? - diz Clarindia entrando no quarto com uma cesta repleta de maçãs.

- você e essa sua mania de ler os pensamentos dos outros. - jogo uma almofada nela que o repele com um campo de força mágico.

- eu já lhe disse que ela precisa de mim de nós, todas nós.

- quem precisa de nós?- Artenzia aparece de repente no quarto.

- a tal menina que Iridia foi encontrar outro dia na taverna. - esclareceu Clarindia.

- e por que temos que fazer isso mesmo? - Artenzia pergunta comendo uma das maçãs.

- ainda não sei. Mas logo descobriremos. Essa mulher que ela vai visitar tem grandes respostas para ela e para todos nós. Inclusive já se livraram das bruxas da fênix? - pergunto fazendo as duas se olharem.

- ainda não. Parece que elas estão sempre armando alguma coisa. - Artenzia responde com o pensamento alto.

- e eu não entendo a mania delas de sempre querer ajudar a quem quer levar elas para a fogueira. - concluiu Clarindia.

- pois é irmãs, cada um tem o direito de escolher seu próprio caminho seja ele cravado de espinhos ou cheio de pétalas de rosas. E elas já escolheram o caminho delas não adianta querer mudar. - as duas se olham.

- então irmãs querem ver o que elas estão fazendo agora? - sugeriu Artenzia. Olhei para Clarindia e também concordei.

- então vamos lá fora. Ao ar livre é sempre melhor para canalizar energias. - caminhamos para fora da casa rumo ao nosso jardim cheio de flores plantas e ervas. Demos nossas mãos formando um triângulo circular. Fechamos nossos olhos mentalizando Judith e Veronice e aos poucos iam surgindo imagens das duas no centro de nós. Abri os olhos e vi o que as duas faziam Veronice mexia em uns potes dizendo algo.

- vamos Judith misture bem essa poção isso tem que ficar pronto logo. A princesa tem que se casar o quanto antes. - Veronice sempre tinha umas idéias piradas e ajudava quem quer que fosse em troca de moedas e Judith era sua cúmplice.

- sinto que estamos sendo observadas. - alertou Judith a Veronice que começou a olhar em volta. Quebrei a conexão largando as mãos de minhas irmãs.

- vocês viram como essas duas são ardilosas. - Afirmei.

- é por isso que sempre digo "não confie em bruxas". - concluiu Artenzia.

- você só esta esquecendo de uma coisa somos bruxas. - disse clarindia rindo e acabamos por rir também.

- mas quem sera essa princesa que precisa casar?- Clarindia pergunta sentando na grama.

AUSTINOnde histórias criam vida. Descubra agora