41- Minhas duas ventanias, meus dois mundos

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Aqui é da segunda parte do livro em diante.
Dos passos de meu Despertar.

A ventania quente no ar do mar
Tocando minha face
Agora anda junto
Com a ventania gelada
Trincando meus ossos

Está tudo se fundindo
Dentro de mim
Como ver a neblina
Ou neve caindo nos cabelos
Das pessoas

Agora é tudo tão bonito
Aquelas pessoas rindo e
Brincando com as bolas e os bonecos de neve

Ó, Ventanias!

Tanto no verão
Quanto no inverno
Quis muito encontrar a beleza
Nos climas ou fenômenos físicos da Terra

Os que não me são muito bonitos
Ou aconchegantes

Eu acho que agora consigo
Sim, eu consigo.
Gostar do dia nublado e gelado
Estando numa praia

A chuva forte destruidora de vidas
E trazendo caos aos lugares
Há que ser necessária e bonita também
Eu sei

Mas por que o caos?

Por que as belezas da natureza que tanto custei a amar
Elas também trazem sofrimentos?

Talvez seja para eu aprender a aceitar as situações boas e ruins
Convivendo juntas ou
Em paralelo

Eu não consigo aceitar coisas ruins
que já me aconteceram
Ou que me acontecem no meu mundo paralelo
Ou que acontecem aos outros ao meu redor
Ou que acontecem lá do outro lado do mundo

Você me entende?...

Quando a Mãe Natureza está violenta,
veloz ou forte
Trazendo má sorte
Eu nunca aceitava

Estou aprendendo
Estou começando a viver
Não preciso dos porquês
Não preciso
Preciso é saber conviver

Com essa dualidade
Com os paralelos
Ou com as fusões

Como as doenças terminais
Que me trazem à tona esses
questionamentos
Tudo que não aceito

E nunca brigo com o sagrado
Seja qual ele for
Nunca reclamo
Mas eu choro
Mas me sufoca

Eu não aceito as partes negativas
De qualquer coisa ao meu redor
Mas estou aprendendo
Mas ainda é meu sofrimento.

Adriana Cristina Valderramas
Escrito hoje em 13 Maio 2018.

Adriana Cristina ValderramasEscrito hoje em 13 Maio 2018

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