capítulo 10

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Nesse tempo que eu fiquei na casa dos meninos, pensei em diversas coisas e como nós somos imprevisíveis. Podemos estar aqui nesse momento e no outro estarmos mortos. Nós podemos morrer a qualquer momento sem fazer o que deveria ser feito, o que tinha vontade de fazer e é isso que a vida é. A vida é imprevisível e foi somente nisso que eu pensei enquanto estava na casa deles.

O Rick ficava no quarto. A morte se sua mãe arrancou - lhe algo, algo que estava fazendo ele não ser ele mesmo, isso me preocupava mais que tudo.

O James ficava sempre comer, ficava apenas paralisado. Eu tinha que levar comida para o mesmo em sei quarto e insistir para que comece, então ele sempre comia. Ele estava abalado, contudo, para o mesmo ainda não tinha caído a ficha.

O pai dos dois ficava em seu escritório particular chorando ou quando não estava chorando, estava bebendo e não era pouco. O mesmo fedia por não ter tomado banho desde que chegou.

Todos eles estavam abalados com a morte da tia Cláudia, isso é fato. Eu me sentia com o coração nas mãos por não conseguir ajudar nenhum deles, porque quando eu mais precisei quem estava para mim foram eles.

Eu comecei primeiro com o o tio Zach. Fui até seu escritório, o mesmo estava bebendo um Wisky caro. Sua roupa estava toda melada, a sala fedendo porque a tia Cláudia morreu, quem ficou fedendo foi ele. Levo ele até o banheiro, tiro sua roupa e lhe dou um banho. Deixo a água cair sobre seu corpo, ele estava vomitando, eu deixei pois era a melhor solução naquelas horas. Depois que ele termina de vomitar, deixo ele uns três minutos debaixo do chuveiro, em seguida tiro o levando até seu quarto. Faço ele vestir uma roupa bem leve e depois dormir, já fazia dois dias que ele não dormia, sem contar com uma semana no hospital, ele necessitava bastante de dormir.

Fui ao quarto do Rick, liguei o seu vídeo game, coloquei o jogo que tinha comprado no shopping com ele. Conectei os dois controles ao aparelho, lhe entreguei um dos. Ele não podia recusar, já era uma tradição não recusar o convite do seu melhor amigo para uma partida em um jogo. Ficamos por mais ou menos duas horas jogando aquele jogo que tiro que eu não achava graça porque sempre perdia para ele que era bem ruim nesse jogo, que me fazia pensar ser um merda. Quando finalmente jogamos a última partida, ao invés dele chorar ou coisa do tipo, se jogou na cama e foi dormir.

Agora só faltava o Tyler. Ele poderia estar precisando bastante de uma ajuda, mas eu não sabia se podia ajudar, ele me beijou e desde então não nos falamos muito. Fui ao seu quarto, bati na porta para depois entrar. Quando entrei, ele só estava de cueca em sua cama, reviro os olhos indo até o mesmo. Sento ao seu lado na cama.

- Como você está? - Olho em seus olhos já para não olhar lá em baixo.

- Eu tô bem mesmo que não pareça, só é estou cansado dessa pergunta. Vamos mudar de assunto? - Ele olha em meus olhos e ficamos nos encarando por um longo tempo.

- Desculpas por ter perguntado, é que essa pergunta é automática. O que você fez nesse tempo todo que ficou no quarto? - Me deito por já estar cansado.

- Eu pensei em nosso Beijo, como tudo isso me fez pensar em outras coisas que eu prefiro deixar guardado apenas para mim. - Ele sorri de canto para mim.

- Esse Beijo causou várias coisas em mim, porém acho que você precisa pensar em coisas mais importantes do que isso, não acha? - Minha mão toca na sua por acaso.

- Eu não consigo parar de pensar em você, James. Eu simplesmente não consigo parar de pensar em você e acredite em mim, é mais difícil do que parar de pensar em sexo. Eu desejo sua boca na minha muito, você não faz idéia. - Bom, aquilo me deixou surpreso porque ele deveria estar pensando na morte de sua mãe, não no nosso Beijo. Primeiro eu pensei que ele estivesse louco, agora acho que deve ser a incredulidade falando mais alto. Ele deve estar incrédulo sobre sua mãe e quer desfalcar do foco principal que é ela.

- Mas você sempre me deixa assim que me beija, parece ser algo errado. Por que você faz isso? Por que você sempre que faz algo bom, faz algo ruim? Se me beijar lhe deixa confuso, não deveria me beijar todas as vezes. - Faço cara de bravo.

- Eu quero você, dessa vez eu vou continuar. Beijar você não é ruim e se for ruim, esse ruim tá bom demais! - Ele me beija rapidamente, coloca suas mãos na minha nuca. Eu pensei em parar por aí, porém estava tão bom que retribui. O beijo foi intensificando até que não tinha como parar. Beijá-lo era maravilhoso. Coloquei minhas duas mãos na sua cintura. Ele já estava pronto para tirar minha camisa, portanto eu não deixei.

- Para, isso não é uma boa idéia. Isso lhe deixou melhor? Fico bem feliz por você. Eu quero continuar lhe beijando porque eu adoro sentir seus lábios macios em meus lábios, mas isso não pode acontecer agora. Eu vou indo.

Eu estava saindo da cama, mas ele me puxa pelo braço me dando outros Beijos. Eu não iria resistir porque aquilo era bom. Retribuo todos os outros Beijos que ele dava. Me deitou na cama, deu outros Beijos, foi descendo até meu pescoço aonde foi deixando alguns Beijos suaves lá. Levantou minha camisa e deixou um chupão. Sorrio de canto. Deixo ele deitado na cama, fico encima do mesmo, dou lhe um beijo, ele segura minha bunda e eu entrelaço meus dedos em seus cabelos.

- Tenho que ir, agora é sério. - Ele sorriu mais uma vez e eu saí de seu quarto sorrindo até o quarto do Rick aonde eu deito na cama e logo durmo.

Meu Nome [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora