Capítulo VII - Salve meu filho!

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Maurice estava desesperado

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Maurice estava desesperado. Havia aceitado seu destino quando retornara para casa após fazer o acordo com a fera. Ele nunca pretendera entregar uma de suas filhas. Só queria se despedir dos filhos antes de voltar para o castelo congelado. Esperava que os filhos fossem espertos e usassem o dinheiro para sumirem dali antes que o monstro mudasse de ideia e resolvesse raptar mais alguém. O que ele não esperava era a reação tempestuosa de seu menino.

Angelique e Fleur estavam em prantos desde que viram Damien levar o cavalo e sumir na estrada. O pai ainda tentara correr atrás, mas seu corpo velho e cansado nunca conseguiria acompanhar o galope. O que poderia fazer? Como poderia salvar seu menino das garras daquele monstro?

O velho correu e, sem o cavalo, chegou ofegante à vila um bom tempo depois, ao entardecer. Foi direto até o delegado, porém o outro homem riu e mandou seus soldados o jogarem para fora da delegacia, acreditando que Maurice estava bêbado. O velho ficou desolado, como poderia encontrar auxílio se nem as autoridades queriam ajudá-lo? Mas não podia desistir, era a vida de seu filho em risco.

Havia ainda outro lugar em que poderia pedir ajuda, onde muitos se reuniam durante a noite. Maurice adentrou a taberna e encontrou algumas pessoas já bebendo enquanto alguém tocava um instrumento de corda. Todos pararam para olhá-lo ao entrar esbaforido.

— Por favor... alguém... me ajude...

Um dos homens se aproximou e o puxou para se sentar.

— O que houve, Maurice?!

— Meu filho... meu... filho... ele vai... vai... — tossiu. Sua saúde não estava boa desde o temporal.

— O Damien? O que tem ele? — perguntaram sem entender.

— Ele... ele vai — tossiu de novo. — Vai prendê-lo... Matá-lo...

— Quem?!

— A fera!

As pessoas cochicharam, alarmadas.

— Que fera, Maurice?!

— Na... na floresta...

Enquanto o velho recuperava o fôlego, os outros homens presentes já se mobilizavam chamando os caçadores e pegando objetos que serviriam como armas. Um dos caçadores se aproximou e perguntou:

— Em qual parte da floresta o senhor viu a fera?

— Na parte congelada.

Os caçadores se entreolharam.

— Não é inverno ainda, Maurice.

— Eu sei! Mas... Mas aquela parte lá estava congelada! E tinha um castelo! A fera mora lá! — o velho respondeu aflito.

— Sei... Uma fera que mora em um castelo — o caçador zombou.

— É-é verdade! Eu me perdi e acabei parando lá! A fera me atacou!

A Maldição de VilleneuveOnde histórias criam vida. Descubra agora